Notas iniciais: Boa noite, pessoal! Espero que estejam todos bem.
Atualizando no inicio da noite e espero que gostem.
Passar pra agradecer mais uma vez os vários comentários que recebi, muito obrigada.
Sem mais, boa leitura.
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O homem esticou sua mão direita para o cumprimento, mas Simone ainda estava assimilando as últimas três palavras que o colega de Carlos César havia proferido. Ao longe escutou a respiração pesada de Soraya, olhou vagarosamente para mão ainda estendida e o cumprimentou com a sua esquerda.
Em seguida olhou para Thronicke que forçou um sorriso como quem diz que estava e iria ficar tudo bem, mas o que conseguiu devolver foi um desesperador, a filiada do União Brasil o leu como uma ameaça a Alexandre.
— Chega mais, Rodrigo! — exclamou o outro irmão de Simone se aproximando. — Olha o tanto de engradado da verdinha.
— 'Pô, trouxeram a vermelhinha também. Aí é sacanagem. — riram. — Amanhã sou incapaz de levantar pra pegar o avião. — comentou o irmão Ramez.
Carlos César, Alexandre e os dois irmãos ajudaram a levar as coisas para o quintal a fim de organizar o churrasco. No segundo seguinte Tebet encarou Soraya.
— Soraya.
— Está tudo bem, Simone. — sorriu.
— Eu vou tirar ele daqui.
— Não, não faz isso! — disse um pouco mais alto do que deveria. — Isso só vai causar problema e questionamentos do César, saber disso é a última coisa que ele precisa.
A contragosto a morena concordou.
A ex-prefeita apresentou a namorada como uma colega da câmara alta e ex-aluna. Soraya poderia ter ficado chateada, mas entendia as razões da ministra. A mãe de Tebet fora extremamente gentil e não podia se dizer o contrário da irmã, Eduarda, que a recebeu como se a conhecesse há anos. Maria Fernanda, a outra filha de Simone, apenas a saudou com um aceno e voltou sua atenção ao celular.
Engatou em uma conversa com a irmã da namorada sobre o coronavírus e as dificuldades que ela teve durante aquele árduo período, Simone conversava com a mãe, enquanto Carlos César ingeria uma lata de cerveja atrás da outra, ria, contava piadas sujas. Durante muito tempo, foi a primeira vez que Soraya viu o marido tão animado.
Percebeu ao olhar para a sala de estar através das portas de vidro, Maria Eduarda deitada, sozinha no sofá. Thronicke pediu licença à irmã de Simone e foi até a jovem verificar se estava tudo bem.
— Maria? — a mais nova a olhou. — Está tudo bem?
— Está. — disse entristecida.
— Quer dividir comigo o que aconteceu? — a jovem acenou positivamente e se sentou dando espaço para que a filiada do União Brasil fizesse o mesmo.
— Eu não sei se você vai poder me ajudar. — confessou observando a namorada da mãe se sentar ao seu lado. — Eu pedi demissão do estágio. — Thronicke franziu o cenho. — Eu sei que não parece ser nada demais, mas eu não sei como a minha mãe vai reagir.
— Ela vai entender.
— Eu sei que arrumei o estágio por conta do meu sobrenome, minha mãe sabe disso, todo mundo sabe. — suspirou. — Mas eu saí por que estava esgotada, não imaginava que a carreira de direito fosse tão cruel. — os olhos da mais nova marejaram. — Por sorte, o horário que eu cumpria era o que foi acordado, era uma empresa flexível e o salário era bom, mas o problema é o ambiente. Nunca vi um lugar tão ruim, as pessoas cruéis, uma puxando o tapete da outra.
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Escolhas e Ideais - Simone e Soraya
FanfictionApós a despedida de Simone do Senado, Soraya percebe que a partir dali seus sentimentos pela nova ministra devem ser ignorados. Mas não esperava que as simples coincidências a fariam mudar de ideia. Colocando à prova os seus ideais a partir de suas...