Caoitulo 20

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Tony passou no quarto de Dulce apenas na manhã seguinte. A festa do aniversário de Robert ainda repercutia;Dulce dormiu levemente. Não soube que foi Christopher que foi ao quarto dela, na madrugada, tirando-lhe o livro da mão e cobrindo-a direito.

Tony: Como você está?

Dulce: Vou sobreviver. – Tentou brincar, sorrindo. Tony sorriu, então seus olhos focalizaram algo. O livro, ao lado dela, na cama.

Tony: Dulce, tu roubaste o livro? – Perguntou, alerta.

Dulce: Não. – Disse, e abraçou o livro, na defensiva.

Tony: Como não? Esse livro é da biblioteca particular de Christopher, ele não deixa que ninguém os toque, porque fez isso? – Perguntou, exasperado. Dulce ainda segurava o livro – Anda, me dá.

Dulce: Não! – Disse, descrente.

Tony: Eu vou tentar repor no lugar antes que ele dê falta, anda, me dá! – Insistiu. – Christopher a matará por esse livro, sabe disso? – Ele avançou pra tomar o livro dela.

Dulce: Foi um presente!

Houve um instante de silencio no quarto. Tony olhou o livro luxuoso pro rosto de Dulce.

Tony: Um presente? De quem?

Dulce: De... De mim mesma. Eu mereço. Vou ler, depois reponho.

Tony: Dulce...

Dulce: Me deixa em paz, Tony! – Disse, exasperada – Christopher não vai me matar por esse livro. – A certeza na voz dela quase a denunciou. Mas Tony não fez nada. Apenas negou com a cabeça, saindo dali. Ela respirou fundo, afundando na cama.

Era noite. Madrugada, pra ser mais exata. A chuva açoitava as paredes, e fazia frio. No quarto de Dulce as velas estavam pela metade. Christopher estava deitado de costas na cama, amparado na cabeceira, com ela deitada em cima de si, as costas amparadas em seu peito forte. Os dois estavam cobertos da cintura pra baixo. Christopher tinha os seios de Dulce nas mãos, confortavelmente, como quem ampara, ou mede, o dedão a acariciando ternamente. Uma aliança dourada, que não era dela, brilhava no anular esquerdo dele, mas ela não se importava.

Christopher: Tu tens dormido alguma noite esses dias? – Perguntou, divertido.

Dulce: Tanto quanto tu. – Disse, divertida.

Christopher: Eu te canso? – Perguntou, beijando o ombro dela, que sorriu.

Dulce: Se eu pudesse tê-lo por ainda mais tempo, assim seria. – Disse, virando o rosto, oferecendo-o para ser beijado. Christopher sorriu e a beijou lentamente, de modo doce. Então houveram batidas na porta.

Nina: Dulce?

Dulce: Eu estou deitada, qual o teu problema? – Perguntou, e Christopher mordia a orelha dela, distraindo-a.

Nina: Doce como sempre. Preciso de tua ajuda na cozinha. Anda, te levanta.

Dulce: Mas é madrugada! – Exclamou, e colocou a mão na boca pra não rir pelas cócegas em seu pescoço. A barba dele, por fazer, as vezes pinicava.

Nina: Tu não trabalhaste na festa, é justo que vá ajudar. E não vou discutir. Porque esta porta está trancada? – Perguntou, e houve o barulho da maçaneta sendo forçada.

Dulce: Porque estou dormindo. Tive licença para não trabalhar na festa, e tampouco me levantarei agora. Amanhã, sim. Pelo amor de Deus, que horas são? – Perguntou, incrédula. – Pare com isso! – Sussurrou, prendendo o riso. Christopher a mordia.

Nina: Licença? Quem lhe deu licença? – Christopher revirou os olhos e Dulce respirou fundo.

Dulce: Posso? – Perguntou, em um sussurro.

Christopher: Já deveria. – Autorizou, mordendo os lábios dela.

Dulce:Christopher me deu licença. – Disse, satisfeita. Ele sorriu ao ouvir seu nome na voz dela e beijou sua orelha, enquanto as mãos apertavam os seios dela possessivamente.

Houve um instante de silencio.

Nina: Ah, é claro. Havia me esquecido. Tu és a 'privilegiada'. – Christopher ergueu a sobrancelha, olhando a porta.

Christopher: É sempre tão irritante? – Perguntou, a voz quase imperceptível. Dulce olhou os olhos,pirando

Dulce:Nina eu quero dormir

Nina: Que seja. Me procure amanhã, antes de qualquer coisa. – Disse, irritada.

Dulce sabia que uma tonelada de tarefas lhe seriam entregues, mas se deu por satisfeita por ouvir os passos da outra se afastando..

Dulce: Ela vai me derrubar. – Disse, deixando o corpo amolecer em cima do dele.

Christopher: Eu posso derrubá-la antes. – Propôs, e Dulce riu.

Dulce: Deixa como está. – Disse, manhosa. – As vezes dá uma vontade de ti. – Confessou.

Christopher: Sinto isso o dia todo. Conto as horas para que todos vão dormir e eu possa vir ficar contigo. – Disse, fungando o nariz dela.

Dulce se virou, deitando de barriga pra cima, encarando-o..Christopher a abraçou, acariciando-lhe as costas.

Dulce : Porque eu? – Perguntou, a mão delicada passando pelos cabelos dele.

Christopher: Eu não sei. – Disse, sincero – Eu nunca quis outra mulher, depois de Marie. Mas você... Havia algo diferente. – Disse, uma mão tirando o cabelo dela do rosto.

Dulce : Diferente?

Christopher : Você era tão inocente! Dava pra ver em teus olhos, em teu modo de andar, de falar. Tão pura! E ao mesmo tempo cheirava a pecado. – Ele sorriu – Era intrigante demais, instigador demais. Feitiçaria, como venho a desconfiar. – Brincou, e ela riu – Cigana maldita. – Terminou, mordendo a maçã do rosto dela.

Dulce : Feitiçaria, é claro. Eu devia ter imaginado. – Disse, rolando os olhos, e ele riu – Eu me pergunto...

Christopher : Se pergunta...?

Dulce : Quanto tempo isso vai durar.

Christopher : Não faço idéia. – Admitiu, mas sorriu de canto – Mas temos todo o tempo do mundo.

Ele se inclinou para beijá-la. Dessa vez o beijo se intensificou, se tornando intenso. Ele desceu as mãos das costas dela para as coxas, fazendo-a acolhe-lo entre elas, e provavelmente encaixando os quadris dos dois novamente. Ela, entendendo o que ele queria, enlaçou a mão no cabelo dele, correspondendo ao beijo, os seios esmagados contra o peito dele. Nada mais que foi dito a partir dali fez muito sentido.

Apenas mais uma de amor vondy(Adaptada) | Tema: vondyOnde histórias criam vida. Descubra agora