Dulce parou na cozinha vazia e se amparou na mesa, ofegando, tremula. Como Anahi fora saber disso? Ter a verdade tão perto de Christopher a desestabilizou, ela estava branca, fria, tremia.
Chritopher: Dulce? – Que diabo, ele viera atrás?! – Dulce respirou fundo, se recompondo. Ele apareceu no portal da cozinha – Passa algo? – Dulce negou com a cabeça, com medo da voz traí-la – Porque saiu daquele modo?
Dulce: Por nada. Eu só pensei que estava sendo inútil ali, eu não faço parte disso. – Disse, se resumindo. Pro pânico dela ele se aproximou, puxando-a pro seu abraço.
Christopher: Não diga tolices, tu nunca és inútil. – Disse, beijando-lhe a testa – Está fria. – Disse, estranhando.
Dulce: Não é nada, só uma tontura. – Mentiu. Então a voz de Robert veio do corredor.
Robert: Christopher! – Chamou, a voz forte, fazendo Dulce estremecer.
Dulce: Eu vou pro meu quarto só um instante, sim? – Pediu, e ele pensou que era porque ela realmente não estava se sentindo bem.
Christopher: A encontro em um minuto, só o tempo de mandar Robert ir pro inferno. – Prometeu, e ela sorriu. Ele selou os lábios dela e saiu, ainda mancando um pouco, ao encontro de Robert. Dulce, longe dele, deixou o rosto cair de novo.
Não suportaria. Não suportaria que ele descobrisse, que ele a deixasse. Ela preferia morrer do que sobreviver perante o desamor dele. Ela encararia a morte com um sorriso no rosto. Deus, me ajude...
Christopher foi ao encontro de Dulce pouco tempo depois. Ela havia tomado banho, tentando esfriar os ânimos, e estava com a roupa debaixo. Ele entrou no quarto, fechando a porta.
Christopher: Está melhor? – Perguntou, preocupado.
Dulce: Passou, foi só uma vertigem. – Disse, abraçando-o e afundando o rosto em seu ombro. Ele a abraçou, meio que ninando-a.
Christopher: Anjo, se importa de voltar ao quarto que eu lhe dei? – Perguntou, beijando o cabelo dela – Esse é pequeno demais, úmido demais... Você merece algo melhor.
Dulce: Não, não me importo. – Ela não se importava com nada agora.
Christopher: Vamos sair daqui, então. – Disse, apanhando o roupão dela. Dulce ia protestar, mas ele a calou com o olhar.
Os dois saíram dali de mãos dadas. Christopher a levou pelos corredores, e com um toque do acaso ninguém os viu. Ele retirou a chave do quarto do bolso, abrindo a porta, e entrou com ela. A cama de casal, confortável, estava forrada com lençóis limpos, ele mandara limpar e organizar tudo.
Christopher: Tua chave. – Disse, pondo a chave em cima da cômoda. – Se deite um pouco, vai ajudar. – Disse, abraçando-a por trás e dando-lhe um beijinho no ombro.
Dulce: Eu sei de algo que vai me ajudar. – Disse, se virando pra ele, abraçando-o – Faça amor comigo, Chritopher. – Pediu, beijando-lhe o rosto.
Christopher: O que? – Perguntou, meio confuso. Ela não estava doente?
Dulce: Quero que faça amor comigo. – Repetiu, e ele trouxe o rosto dela pra si, encarando-a.
Christopher: Não posso fazer isso, está doente, vai piorar. – Disse, acariciando o rosto dela.
Dulce: Ao acaso tu me ouvistes quando eu disse o mesmo, na tua torre? – Perguntou, contra-atacando, e ele riu.
Christopher: Era diferente. – Impôs.
Dulce: É claro que era. – Ela o beijou. Dentre os muitos dons de Christopher, rejeitá-la não se incluía.
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Apenas mais uma de amor vondy(Adaptada) | Tema: vondy
Ciencia FicciónA guerra já durava 5 anos. Parecia que a paz jamais ia retornar, e as lembrança dela já eram tão distantes que nem pareciam mais ser reais. Quando tudo começou, Dulce ainda era menina. Não entendera direito. O rei Pablo envenenara a esposa do rei Ch...