Capitulo 70

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No dia seguinte...

Dulce acordou... Dolorida, cansada e confusa. Parecia que todos os seus ossos haviam se soltado das juntas, mas a dor era gostosa. Ela se virou, se espreguiçando, e deu com o rosto no peito de Christopher. Ela afundou o rosto no peito dele, aspirando seu perfume, e ele suspirou, o braço forte abraçando-a, esmagando-a contra seu peito. Ela riu.

Dulce: Não. – Disse, tentando se soltar. Quanto mais ela tentava, mais ele a apertava, o músculo do braço rígido.

Christopher: Hum... – Brincou, e sorriu com o gritinho que ela deu. Ele se virou, ficando em cima dela, prendendo-a com seu peso – Bom dia.

Dulce: Nem pensar. – Disse, acariciando o cabelo dele.

Christopher: Ia me deixar só de novo. – Acusou, os olhos fechados, a cabeça repousada no colo dela.

Dulce: Eu preciso trabalhar. – Lembrou.

Chrirstopher: Não precisa, não. – Dispensou, apertando-a mais contra si. Dulce arregalou os olhos, apanhando ar.

Dulce: Não posso respirar. – Ela ouviu o riso rouco dele, que afrouxou o abraço – Preciso ir.

Christopher: Se eu digo que não precisa, não precisa. – Disse, prático.

Dulce: Volte a dormir, alteza. – Mumorru, acariciando o cabelo dele levemente.

Christopher: Posso fazer isso. – Respondeu, satisfeito.

Dulce: Não em cima de mim. – Reprovou, rindo de leve.

Christopher: Se eu deixar você vai embora. – Resmungou.

Dulce: Não irei longe. – Disse, descendo as mãos pelo pescoço dele, e lhe acariciando os ombros em seguida. Sentiu os músculos dele se resetarem ao seu toque.

Christopher: Não irá a lugar algum. – Rebateu, e ela sentiu os lábios dele em seu colo, passando só por passar.

Dulce: Não comece... – Os lábios dele se fecharam, nada sonolentos, sob um dos mamilos dela, detendo-os de forma mordida – Christopher! – Reprovou, mas ele viu a pele dela se arrepiando. Ele abocanhou o seio dela, quase inteiro, mordendo-o de modo faminto. Ela suspirou, momentaneamente sem fala.

Christopher: Shhh. – Disse, puxando-a para baixo, modelando os corpos dos dois.

Dulce: Vou me atrasar. – Conseguiu dizer antes que ele a beijasse. Ela não correspondeu. Tinha coisas demais para fazer, ao contrário dele. Ela abaixou o rosto, ocultando o rosto no peito dele, se encolhendo para se esquivar dele.

Christopher: Que está fazendo? – Perguntou, frustrado. Dulce riu do tom de voz dele, ainda escondida.

Dulce: Não é não. Você nunca se cansa? – Perguntou, exasperada. Ele era forte. Se conseguisse beijá-la, a resistência dela não duraria nada.

Christopher: Você disse que me amava. – Lembrou, tentando tirá-la de debaixo de si. Podia fazer isso com facilidade, mas Dulce era tão frágil! Ela suspirou. Chantagem já era demais.

Dulce: E eu amo. – Respondeu, beijando o peito dele sem perceber o que fazia.

Christopher: Quanto? – Insistiu, desvencilhando ela, beijando-lhe a testa demoradamente.

Dulce: Mais que tudo no mundo. – Murmurou. Ela estava perdendo a luta antes mesmo de começar.

Christopher: Então? – Perguntou, a voz tão doce que parecia embriagá-la, conseguindo soltá-la de seu peito.

Dulce: Inferno. – Murmurou, buscando os lábios dele em um beijo. Christopher sorriu, vitorioso, abraçando-a pela cintura, e não foi dito mais nada.

Dulce realmente se atrasou. Muito. Christopher dormia novamente, satisfeito, quando ela se aprontou. Ela ajeitou as cortinas, ocultando a claridade do lado de fora. Chovia muito, o frio ardia no nariz. Ela apanhou um cobertor mais no guarda-roupa, cobrindo-o. Ela se despediu com um beijinho no queixo dele, que continuou dormindo, cansado. Foi direto até o quarto de Bia, mas a menina já havia tomado café. Ela recolheu as roupas da menina para lavar e a deixou com um livro de colorir. Levou tudo pra lavanderia, deixando lá. Voltou e foi até seu antigo quarto, para recolher os lençóis. Havia tempo que não usava, e não queria que nada pegasse mofo. Estava terminando quando houveram batidinhas na porta. Era Tony. Com tudo o que vinha acontecendo, Dulce se revezava entre Christopher e Bia, logo não tivera muito tempo para conversar. Ele observou ela espanar tudo, afastando a poeira, e os dois conversaram e riram. Era bom conversar com Tony. Só que...

Tony: O que é isto? –Perguntou, apontando para a cadeira.

Dulce virou os olhos, seguindo o olhar dele. Ele olhava para a cadeira, no canto do quarto. Na noite anterior, quando voltara, parara ali e pegara uma camisola para vestir. Deixara a capa de Christopher ali, e a esquecera (Ele, resmungão, a carregara e levara, debaixo de beijos e mordidas). Lá estava a capa, o veludo de um negro luxuoso, pesado... E agora tinha feno em alguns pontos. Tony apanhou a capa antes que ela pudesse detê-lo, abrindo-a. O perfume de Tony logo se espalhou no quarto pequeno. Dulce ficou momentaneamente sem reação.

Apenas mais uma de amor vondy(Adaptada) | Tema: vondyOnde histórias criam vida. Descubra agora