Capitulo 71

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Tony: Isso é de Christopher. – Disse, virando a capa – Eu o vi saindo com isso ontem, juntamente com Robert. Como isso veio parar aqui?

Dulce: Eu apanhei para lavar. – Justificou.

Tony: E trouxe para cá? – Perguntou, debochado. Dulce tentou apanhar a capa, mas ele desviou. Nisso um pouco de feno se soltou, caindo pelo ar. Tony olhou a capa. Havia feno em vários pontos. – Você não voltou para cá ontem, conosco. Ficou sozinha lá fora. – Ele olhou a capa novamente – Para onde foi, Dulce?

Dulce: A lugar algum. – Disse, mortificada. Uma coisa era as pessoas suporem; outra era Tony descobrir.

Tony: Eu não acredito nisso. – Disse, encarando-a.

Dulce: Tony... – Interrompida.

Tony: Todos sempre comentaram, e eu nunca acreditei. Eu não queria acreditar.

Dulce: As pessoas são maldosas. – Interpôs.

Tony: Sim, elas são, por isso eu sempre ignorei. Sempre a defendi. Mas isso... – Ele olhou a capa – Ele protege você. Ele lhe confiou Bia. Você tem um quarto novo, afastado dos empregados... Há ouro em seu pescoço. – O escapulário que Christopher lhe dera pareceu pesar 5 quilos no pescoço dela agora – Ele lhe deu. Ninguém pode falar de você, ou olhar para você, sem correr o risco de ser mandado para a morte por ele. – Agora que os olhos dele estavam aguçados ele podia ver a pele do pescoço dela irritada, vermelha. Os lábios inchados e algumas marcas fracas pelo colo e braços. - Você é a amasia dele. – Concluiu.

Dulce: Tony... – Ela não tinha o que dizer.

Tony: Você nunca soube mentir direito. Me encare, olhe nos meus olhos e me diga que não é. Me diga que nunca teve nada com ele. Diga que nunca se entregou a ele. – Propôs.

Dulce: TONY! – Exclamou, meio tremula. Ela tomou a capa dele.

Tony: EU NÃO ACREDITO NISSO! Depois de tudo que foi feito, depois de todo o risco que passamos, depois de todo o esforço para encobrir o teu segredo você vai parar na cama dele, PELO AMOR DE DEUS! – Ele estava nervoso. Iriam descobri-la. Dulce era tola, mas não merecia morrer.

Dulce: Ele me ama. – Murmurou, acuada. Não havia como negar.

Tony: Ele vai matá-la. – Rebateu. Doeu em Dulce como uma bofetada, porque era verdade.

Dulce: Não vai. – A voz dela era só um fio. Ela queria acreditar naquilo... Mas não acreditava.

Tony: Você realmente está cega a ponto de acreditar nisso ou é só para se desviar de mim? – Perguntou, incrédulo – Se não vai porque você não vai até lá agora e conta a ele a verdade. Suponho que você não contou, não é? – Dulce ficou calada – Vai matá-la, maldito seja. – Disse, passando as mãos nos cabelos.

Dulce: Não o amaldiçoe. – Defendeu. Algo a mordia por ver alguém insultando Christopher. Tony a encarou, incrédulo – Eu estou mentindo, não ele. Amaldiçoe a mim, se lhe apraz, mas ele não.

Tony: Está cega de amor, Deus a ajude. – Disse, e havia angustia nos olhos dele – Dulce, Christopher ama Rubi. Ele sempre a amou, desde o dia em que a viu até depois de sua morte. Ele declarou guerra pela morte dela. Ele já matou inocentes em nome dela. Assim como matará você. Não o vê?

Dulce: Eu prefiro a morte em si do que ser obrigada a viver sem ele agora.- Admitiu, agarrada a capa sem perceber.

Tony: Afaste-se dele. Ponha fim nisso enquanto é tempo. – Propôs, e viu o choque nos olhos dela. – Antes que seja tarde demais. Dulce, me ouça. Quando for tarde eu não vou poder proteger você, não vou poder ajudar.

Dulce: Nem se eu quisesse, nem se eu pudesse... Ele não aceitaria. Ele me ama, Tony. Ele me diz isso e há verdade em seus olhos. Acredite em mim.

Tony: Ainda que a ame ele é um rei, e você é uma mulher de Pablo. – Jogou, e ela franziu o cenho.

Dulce: Não sou uma mulher de Pablo, nunca fui, você sabe disso! – Se defendeu.

Tony: Nasceu lá, viveu lá, fugiu de lá. O fato de que não foi para a cama com ele de nada adiantará. – O rosto de Dulce estava vermelho, quente. – Suponhamos que seja inteligente. Há alguém de Pablo aqui dentro, e Robert tem sede pelo sangue dessa pessoa. O amor de Christopher vai defendê-la quando ele souber a verdade? Quando pensar que a espiã é você?

Dulce: Cale a boca. – Ela estava a beira de lágrimas.

Tony: Termine com ele. Se afaste, volte para cá. Volte a sua vida normal. Salve sua vida, Dulce. – Pediu. A angustia de Tony a estava deixando nervosa.

Dulce: Ele não vai me deixar partir!

Carlos: Diga que não o ama! – Ele viu o choque transpassar o rosto dela só pela idéia – Diga que não o ama mais. Diga que há outro. – Dulce levou um instante até responder.

Dulce: Eu opto por morrer. – Disse, séria, os olhos sem emoção.

Tony: É sua palavra final? – Perguntou, cansado.

Dulce: É. – Disse, decidida.

Tony: Seu destino será triste, e não há de demorar agora. Eu realmente sinto muito. Você não merece o final que vai ter. – Disse, mortificado.

Dulce: Já basta.

Tony: Você é diferente do que eu pensava. É uma pena teu pai ter morrido por uma causa tão pequena. – Disse, abrindo a porta. Ele saiu, batendo a porta com força.

Apenas mais uma de amor vondy(Adaptada) | Tema: vondyOnde histórias criam vida. Descubra agora