Capitulo 116

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Dulce levou um instante para responder. Ele ainda a encarava. Que espécie de pergunta era aquela?

Dulce: Eu nunca deixei de te amar. – Respondeu, calma. Não sabia o que aquilo significaria, o que ele queria ouvir, mas era a única verdade que tinha.

Christopher: Apesar de tudo o que eu te fiz?

Dulce: Você salvou minha vida. De todas as maneiras em que eu podia ser salva. – Christopher sorriu, quieto.

Dulce o olhou por um bom tempo. Ele tinha o olhar perdido, distante. Ela não gostava daquele olhar. Aprendera ao passar dos dias, que cada vez que ele ficava assim, sua alma estava sofrendo, torturada. Christopher nem viu o movimento dela, até que ela se amparou em um cotovelo, se erguendo, o apanhou pelo rosto e o beijou.

Por um instante o gosto dela, seu perfume, o inebriou. Ele esqueceu o que o atormentava. Fazia tanta falta! Sentiu a mão dela enlaçando seus cabelos, carinhosamente, e suspirou, sua boca buscando a dela faminta, retribuindo o beijo. Dulce estava feliz. Ele sabia a verdade, ela não morrera, e ao que parecia ele também a amava. Com a outra mão ela puxou ele pra si, na verdade apenas trazendo-o, fazendo-o se inclinar pro lado dela e pra cima dela. Seu corpo se adequou ao dele, que sentiu, satisfeito, a estatura delicada acolhê-lo. As línguas dos dois se encontravam carinhosamente, do mesmo modo como a mão dele acariciava o rosto dela, e a dela, o acariciava os cabelos. Tudo era natural como respirar. Mas...

Christopher: Não. – Disse, emergindo do beijo após sentir que rumo estava tomando.

Dulce: Porque? – Perguntou, frustrada, os olhos sondando ele, buscando a fonte da rejeição.

Christopher: Não vou machucar você outra vez. – Justificou, mas selou os lábios com os dela. Dulce veio notar agora que ele estava apoiado em cima dos braços, sem deixar seu peso tocá-la. – Não vou pôr tudo a perder. – Disse, se lembrando de como a respiração dela era impossível com as ataduras. Dulce sorriu, se inclinando novamente, tomando seus lábios outra vez.

Christopher se permitiu beijar. Estava tão exausto que quase dependia daquilo. Sua maior vontade era se abandonar nos braços dela, e não voltar mais. A realidade o chamou ao sentir a mão dela desabotoando seu colete. Ele se soltou de seu beijo novamente, mas ela lhe beijou o queixo, em seguida o pomo-de-adão.

Dulce: Eu não morri. – Murmurou, empurrando o colete dele, enquanto o acolhia dentre as pernas – Me faça sentir que continuo viva. –Pediu, mordendo o queixo dele. Christopher tinha os olhos fechados, o rosto sem expressão. Ele suspirou. – Não vai me passar nada.

Ele a encarou, parecendo em duvida. Ela, por sua vez, parecia decidida. Ele ergueu o rosto, olhando para a porta. Estava destrancada. Ela viu isso.

Mas Dulce não teve tempo de dizer nada: Dessa vez ele a beijou. Com fome, com saudade. Ela suspirou, satisfeita, desabotoando a camisa dele. Era mais demorado por causa de uma das mãos, imobilizada, mas ela conseguia. Por fim conseguiu, e ele se afastou um instante, se libertando das peças, e quando a abraçou novamente estava de peito nu. As mãos dele, hesitantes quanto a sua costela, apanharam o traseiro dela, apertando com vontade, o que a fez arfar. Tinha a mão boa nas costas dele, as pontas das unhas descendo levemente pelos músculos, e a outra, que não era lá de nenhuma utilidade, apenas pousada de lado, evitando atrapalhar. O corpo de Christopher reagiu ao dela imediatamente, quase como um interruptor. Era sempre assim. Ela era o antídoto para todos os seus problemas, para toda a sua amargura. Para toda a guerra, talvez. Ele deixou os lábios dela, já inchados, buscando-lhe os ombros, surpreendendo-a ao morde-la, mordiscando, chupando. Desceu por seu colo, deixando um rastro quente por onde sua boca passava, e uma das mãos dele subiu até o colo dela, agarrando-lhe o bustiê e arrancando-lhe. Dulce arfou quando ele lhe alcançou os seios, as mãos novamente lhe enlaçando os cabelos, enquanto ele a devorava. Sentira sua falta mais do que podia expressar. Queria que ele parasse de se segurar nos braços, queria sentir seu peso. Christopher sentiu a mão dela tentando empurrar a sua, afastá-la da cama, o que o faria cair por cima dela, mas não permitiu. Sentiu ela arfar, frustrada, ainda tentando, então lhe abocanhou um seio, mordendo-o, levando-o quase todo a boca. Ouviu o gemido surpreso dela, momentaneamente desarmada, e sorriu. Mas logo ela se lembrou.

Apenas mais uma de amor vondy(Adaptada) | Tema: vondyOnde histórias criam vida. Descubra agora