Bia: Me dê as mãos. Não solte por nada. – Ordenou, enlaçando os dedos com os de Matt. Ele apertou a mão dela. Era errado usar uma criança como escudo, mas não podia morrer agora. Então o que ninguém esperava aconteceu: Ela gritou – EU CONTINUO ESPERANDO POR AQUELE QUE VAI TER CORAGEM DE PASSAR POR CIMA DE UMA ORDEM MINHA!
Robert: Meu Deus. – Disse, abismado.
Anahi: O que é isso? – Perguntou, descendo a escadaria.
Alfonso: Nada. Volte para dentro. – Disse, tranqüilo.
Dulce: Anahi! Anahi, me ajude! – Implorou, desesperada. Anahi adoraria ajudar, mas Alfonso quebraria seu pescoço se ela interferisse.
Anahi: O que há aqui?! – Perguntou, se irritando – Robert? – Perguntou, vendo que Alfonso não responderia. Robert a chamou com o dedo. Ela segurou o vestido, descendo até onde ele estava, e ele começou a explicar.
Um dos soldados tentou soltar a mão de Bia. A menina desceu a boca no braço desarmado do soldado, mordendo-o com toda a força que encontrou. O sangue desceu, pingando no chão. O soldado recuou, atordoado. Não podia se defender, ela era a princesa.
Christopher: Bia, eu estou perdendo a paciência. – Avisou.
Bia: Eu já perdi a minha faz tempo. – Rebateu. Dulce ainda tentava se soltar.
dulce: Christopher, ele poderia ter me matado, e não fez nada! Me trouxe de volta, sem nenhum arranhão, e me devolveu para você. Seja racional.
Christopher: Uma boa ação não é capaz de redimir um crime. – Descartou.
Anahi: Mas parece ser capaz de condenar. – Comentou, amparada em Robert. O caos estava armado.
Dulce: Você não sabe porque ele teve se fazer isso. Christopher, por favor. – Pediu, se debatendo.
Christopher: Tampouco me importa. MATEM-O, AGORA! – Rugiu.
Foi difícil. Os soldados avançaram. Bia olhou em volta. Anahi encarou a menina, urgente, e alertou sem som: "O pescoço!". Bia pulou no colo de Matt, como se fosse abraçá-lo, mas envolveu o pescoço dele com os braços, protegendo-o. Ninguém podia ferir a princesa. Ela já estava toda suja de sangue, e cada mão que tentava pegá-la levava outra mordida. Matt estava quieto, trêmulo. Dulce se debatia com toda a força que tinha. Era, resumidamente, o caos.
Dulce: O QUE ACONTECEU COM NÃO JULGAR ANTES DE CONHECER?! – Gritou, pra se fazer ser ouvida, e Christopher a encarou. – Por favor.
Christopher parou por um instante, observando a esposa. Ele respirou fundo, e olhou o alvoroço que eram ia e os soldados, tudo para proteger o maldito homem. Por fim suspirou.
Christopher: Soltem-no. – Disse, de cara fechada. Os soldados se dispersaram – Ele será julgado.
Bia: Eu tenho sua palavra? – Perguntou, descendo do colo de Matt, o queixo inundado de sangue, que descia manchando seu vestido. Anahi sorriu de canto, observando. – Perante todo o reino. – Ela elevou a voz para que todos ouvisse. O silencio era opressor – Meu pai, eu tenho sua palavra de que não matará esse homem antes que ele tenha um julgamento justo?
Christopher: Tem minha palavra. – Disse, e todos ouviram. Christopher suspirou, duas lágrimas caíram por seu rosto – Prendam-no. – Ordenou, então olhou a esposa – Soltem-a.
Dulce tropicou, mas não foi pros braços do marido. Ela desceu até o ponto onde Matt estava sendo algemado.
Matt: Obrigado, alteza. – Agradeceu, sincero.
Dulce: Você poupou minha vida. – Agradeceu. – C hristopher só está com raiva. Não tema, nada lhe acontecerá. – Matt a encarou – Ele não vai matá-lo, e como prova de minha gratidão conseguirei asilo para tu e para Caroline, a salvo, aqui no reino. – Matt soluçou, caindo no choro, então se ajoelhou. Estava algemado, as mãos nas costas – Shhh. Ficará tudo bem. Eu prometo.
Matt: Obrigado. Muito obrigado. – Então ele abaixou o rosto e beijou os pés dela. christopher observou a cena, quieto.
Dulce: AGORA EU QUERO QUE TODOS ME OUÇAM CLARAMENTE. – Disse, o rosto repentinamente duro – ESSE HOMEM NÃO DEVE SER TORTURADO SOB NENHUMA HIPOTESE. ESSA É A MINHA ORDEM: ELE AGUARDARÁ JULGAMENTO NAS MASMORRAS, E NINGUÉM O MACHUCARÁ. A PESSOA QUE ME DESOBEDECER IRÁ PARA A FORCA POR MINHA ORDEM. – Encerrou. Os súditos se curvaram em reverencia.
Robert: O poder da realeza está começando a dominar o sangue dela. – Comentou com Anahi, que assentiu, divertida.
Dulce: Se levante. – Disse, e Matt se levantou – Ficará tudo bem. Tu tens minha gratidão.
Christopher: Levem-no. – Ordenou. Matt foi levado – Bia. – A menina o encarou. – Você está de castigo até que o sol fique negro. Não vai sair do quarto, não vai ver ninguém. – Disse, os olhos parados na filha – Suma da minha vista. – Bia passou por ele, muito digna, subindo as escadarias. – E tu. – Ele se virou para Dulce – Ficará deitada, em repouso, daqui até que o bebê nasça. Fui claro? – Dulce assentiu. – Suma daqui.
Dulce: Não me mande sumir. – Ela o abraçou, beijando-lhe o queixo – Vou precisar de ajuda, pra tomar banho, me alimentar... E eu não quero ficar só. Venha comigo. – Pediu, acariciando o rosto dele, enquanto o encarava.
Christopher: Voltem todos para suas casas. O problema foi resolvido. – Ordenou.
Christian: Graças a Deus, nosso senhor. – Suspirou.
Christopher: Porque eu não consigo te dizer não? – Perguntou, o rosto fechado, mas acariciando a maçã do rosto dela. – Vamos, venha para dentro.
Tudo resolvido. Por enquanto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Apenas mais uma de amor vondy(Adaptada) | Tema: vondy
Ficção CientíficaA guerra já durava 5 anos. Parecia que a paz jamais ia retornar, e as lembrança dela já eram tão distantes que nem pareciam mais ser reais. Quando tudo começou, Dulce ainda era menina. Não entendera direito. O rei Pablo envenenara a esposa do rei Ch...