Dulce: SUA ALTEZA! – Disse, possessa, abrindo as duas portas do quarto dele. Christopher, que saíra do banho, abotoava o punho da camisa.
Christopher: Jesus, me proteja. – Murmurou para si próprio, vendo a entrada dela.
Dulce: Christopher, o que é isto? – Perguntou, mostrando o folheto a ele. Christopher suspirou, passando a mão no rosto. Ela o observou – Eu ainda tive esperanças de que tu o negasse, MAS OLHE ISSO! – Disse, furiosa, largando o folheto no chão.
Christopher: Se acalme. – Pediu, olhando para ela.
Dulce: Você me disse... Me prometeu que não se casaria. – Disse, e ofegava de raiva – Prometeu olhando nos meus olhos. Eu nem acredito nisso.
Christopher: É necessário. Tente entender, carinho. – Pediu, sem saber como falar.
Dulce: Eu entendo. – Disse, encarando-o, e ele esperou. Ela tirou uma chave do decote, a chave do seu quarto, e atirou na direção dele, que se esquivou – Entendo completamente. Obrigada por tudo. Me esqueça. Adeus. – Disse, e deu as costas, batendo em retirada.
Christopher: Nem mais um passo. – Rosnou, irritado. Christopher bem tentava controlar seu temperamento perto dela, mas algumas vezes era impossível! Tipo agora. Dulce respirou fundo, se virando.
Dulce: Precisa de algo, majestade? – Perguntou, formalmente.
Christopher: Está sendo infantil. – Observou. A raiva dela piorou consideravelmente com isso.
Dulce: Como o senhor preferir. Com licença. – E tentou sair de novo, mas...
Christopher: DULCE! – Rugiu, fazendo-a parar.
Dulce: NÃO GRITE COMIGO! – Rebateu, se virando. Christopher ergueu as sobrancelhas.
Perdeu o juízo, mulher?
Christopher: O conselho estava todo indo embora, o que queria que eu fizesse?
Dulce: Não é da minha conta. Eu sou só uma criada. Meus sinceros votos de que seja feliz com a princesa que escolher, senhor. – Disse, debochada.
Christopher: Eu não vou brigar com você, você está com raiva. – Agora ele também estava – Tome. – Ele catou a chave no chão – Vá para o seu quarto, e se acalme. Mais tarde conversaremos. – Para surpresa dele Dulce gargalhou, a cabeça caindo para trás, segurando a barriga. Era ironia. Christopher odiava ironia. Ele deu as costas a ela, se bloqueando da visão, tentando por tudo não se irritar mais...
Dulce: Que pensa, alteza? Que irá se casar, e quando tua esposa dormir tu irás escapar, em silencio pela madrugada, me procurar e que eu te aceitarei?
Christopher: Tu não tens escolha. – Lembrou, em voz baixa. Ela via os ofegos de raiva dele. O peito forte subia e descia conforme ele respirava. Assustaria qualquer um. Mas não agora, ela estava com ódio demais.
Dulce: Pois me deixa te dizer uma coisa, Christopher. – Disse, e agora não havia ironia em tua voz. Ela falava sério, em tom baixo – A partir de hoje tu não me tocas mais. Uma vez sendo casado, esquece que um dia colocastes as mãos em mim. Aliás, guarde como uma boa lembrança: Você tirou minha pureza. Mas não se equivoque, acabou aqui. Com sua licença
Dulce ia sair, quando a mão dele apanhou os dois lados da porta, batendo-os com força. O som ecoou pela escadaria. Alguns andares abaixo, Anahi, que conversava com o marido e com Christian, ergueu os olhos delicadamente, sorrindo de leve. Christopher arfava atrás de Dulce (Que por sinal estava encurralada entre ele e a porta). Ela podia sentir o hálito dele em seu ouvido. A mão dele a apanhou com força pelo braço, virando-a para ele.
Christopher: Não se equivoque tu ao pensar que pode me deixar. – Disse, também em tom baixo, os olhos faiscando de raiva – Isso só termina quando eu disser que acabou, Dulce. Me casarei com quem bem entender e tu estará em minha cama na hora em que eu bem desejar, para satisfazer todas as minhas vontades.
Dulce: Isso é o que nós vamos ver. – Debochou, atrevida.
Ela só sentiu o peso da mão dele em seu rosto. Christopher a esbofeteara. O rosto dela se virou com a bofetada, os cabelos caindo por cima da pele que ardia absurdamente. No andar debaixo Anahi ergueu os olhos de novo, passando a mão no próprio rosto, como se achasse graça de algo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Apenas mais uma de amor vondy(Adaptada) | Tema: vondy
Ciencia FicciónA guerra já durava 5 anos. Parecia que a paz jamais ia retornar, e as lembrança dela já eram tão distantes que nem pareciam mais ser reais. Quando tudo começou, Dulce ainda era menina. Não entendera direito. O rei Pablo envenenara a esposa do rei Ch...