Luke
Chegamos a casa, já na Austrália.
Bella deita-se no sofá, por cima de mim, enroscando-se nos meus braços.
Beijo a sua face.
-Dorme.- digo suavemente. Ela precisa de descansar.
-Não quero. Tenho medo de sonhar com ele.
O meu coração aperta-se. Não consigo dizer nada que a consiga descansar.
-Precisas de descansar, não vais sonhar com ele, pelo menos tenta, por favor, eu vou estar aqui se acontecer alguma coisa.
-Prometes?- Diz e sinto a minha mão molhada pelas suas lágrimas.
-Prometo. Sempre.- Sussurro.
******
Oiço alguém bater á porta.
Bella já está a dormir á uma hora, e parece bem calma.
Levanto-me lentamente para não acordar a mesma.
Abro a porta.
Calum.
-Como é que estão?
Calum entra.
-Tal como devíamos estar, mal. Anda para o escritório, falamos melhor lá. Demorei muito tempo a adormecê-la.
Dirigimo-nos para um pequeno escritório bem iluminado, no piso de baixo. Não costumo usá-lo muito, mas é muito bom para ter conversas privadas.
Deixo a porta semi-aberta.
-Ela ficou muito mal. O pai dela pediu-me para tartar dela, e ele confiava em mim. Isso assusta-me. Tenho medo de não fazer as coisas como devo fazer, tenho medo de a desiludir.
-Só podes estar a brincar! Tu és o Luke Hemmings, tu consegues tudo, não a vais desiludir, o Ben confiou em ti e isso é o mais importante.
-Tens razão. Não a posso desiludir.
-Sim, e eu e a Megan também estaremos sempre lá para ela, não estão sozinhos!
Calum fala de mim e dela como se fossemos um casal, faz de certa forma um certa impressão, porque não temos uma relação, simplesmente partilhamos a mesma casa. No entanto, não nego que não me agrada.
-Como é que ficou o assunto dela e do Michael?- Pergunta, mostrando interesse.
Eu e Calum estamos incrivelmente a fazer progressos, e agora é que me apercebo que até agora não tinha amigos, posso dizer que ele é o meu primeiro amigo, graças a Bella.
-Eu não esqueci o que ela me fez, fiquei muito decepsionado com ela e vai ser difícil esquecer, mas se não fosse o pai dela, acho que não a teria desculpado.
-Sim, ela precisa de um apoio, não de mais um fardo.
-Só não quero que ela sinta que está sozinha.
Bella
Acordo repentinamente. Por momentos não me lembro de nada, e preferia que assim fosse para sempre mas não demorou para que me lembrasse do que se passava.
Sinto-me como se uma facada tivesse tirado uma parte de mim que não pode voltar a ser recolocada, um sufoco impossível de aguentar.
Tenho a visão turva e doi-me a cabeça.
Mas o mais estranho... Onde está o Luke?
Levanto-me e vejo que a porta do escritório está entreaberta. Sei que devia ser menos bisbilhoteira, mas é um velho vício.
Oiço o Luke:
- Eu não esqueci o que ela me fez, fiquei muito decepsionado com ela e vai ser difícil esquecer, mas se não fosse o pai dela, acho que não a teria desculpado.
O meu consiente não me deixa ouvir nem mais uma palavra, porque os meus pensamentos armazenados na minha cabeça misturam-se e decidem atacar-me.
Foi preciso ficar orfã para ser perdoada por ele, porque tudo o que me resta é que tenham pena de mim... É demasiado triste pensar que é assim que me veem.
Não aguento. Preciso de... não posso, prometi que não o faria...
Subo as escadas com lágrimas a escorrer.
«Nada mais consegue ultrapassar a dor de uma perda.» Excepto...
Sei que me vou arrepender, mas nada mais me intressa agora.
A lâmina...
Encosto a lamina no meu braço e comprimo os olhos com força. Prefuro a pele e e desliso a lamina pelo meu braço, deixando o sangue escorrer.
Devia doer, mas não doi. Nada mais doi doque este sofrimento.
Sinto a cara molhada, não só pelo suor dos nervos, mas pelas lágrimas que vão escorrendo pela minha cara.
Quero desaparecer, não viver isto.
A lamina volta a escorregar no meu braço, fazendo com que o sangue voltasse a transbordar. O chão está escorregadiu, molhado pelas minhas lágrimas, que neste momento são indestinguíveis, pois encontram-se misturadas com o sangue que cobria o chão.
Sinto uma dor vácua no meu peito, que me quer fazer gritar, mas o ar prende-se na garganta, fazendo com que o ar apenas chegue para respirar e pouco mais.
Não aguento o peso do meu corpo e deixo-me caír no chão.
Mais um corte, e outro, e outro. E eu apenas me limito a ver o meu sangue escorrer do meu braço, como se o meu sangue nunca acabasse.
A dor parecia ter desaparecido, a do meu peito e a do braço. Estou fraca, apenas consigo ficar a observar o vermelho do meu braço, em breve deixará de ter esta cor, mas a marca estará lá sempre, para me lembrar que sou fraca e que me tento suicidar por isso.
Fico á espera que Luke entre por aquela porta na esperança que me salve outra vez. Mas não acontece.
Estou sozinha, sabia que era bom de mais para Luke me ter desculpado.
Estou deitada no meio do chão, a banhar-me no meu próprio sangue que continua a verter. A vista está a pesar, não consigo manter os olhos abertos. Fecho-os... E desligo-me do mundo.
Para sempre, espero eu...########
Oi Oi maltinha!
Não refilem comigo eu sei que o capitulo está mais pequeno que o habitual, mas se continua-se não ia ficar bem.
Não sei se repararam, mas eu ando a atulizar muito depressa! Acontece que ando bastante inspirada e que estou anciosa por chegar ás 1000 visualizações! Tá quase!
Bem, eu gostava de saber se voces gostaram que eu puzesse um pouco da vida da Megan e do Calum, se gostaram eu posso continuar a publicar o seu romance perfeito!
Assim me despeço não se esqueçam de votar.
Love you! Kiss
Nocasbow*.*
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Smoking Heart | L.H.
Romance" No final, fiquei sem nada... sem amigos, se é que lhes possa assim chamar. Até os meus únicos verdadeiros amigos, Calum e Megan perdi. Sem amor, felicidade e sem familia. Mas o que me doi mais foi mais uma vez ter perdido Luke, que por tudo o que...