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Já tinha tomado meu banho e agora estou com a t-shirt dele vestida. Na verdade só tenho isso mesmo vestido. Procuro meu telemóvel entre a roupa e não o encontro. Com certeza tinha caído enquanto dormia e agora está à chuva. Pego minha roupa e a meto no roupeiro até arranjar um saco para a meter dentro.

Saio do quarto e vou até ao andar debaixo. Procuro no hall de entrada por um guarda-chuva mas acabo por não encontrar nenhum. Procuro por Nacho e acabo por o encontrar na cozinha depois de passar algumas divisões. Esta casa era mesmo enorme e eu a pensar que a sala por onde entrei era a única.

- Ei. - chamo-o

Ele olha para mim e noto seu olhar a percorrer todo meu corpo. Ele está encostado ao balcão a beber água.

- Tens algum guarda-chuva? - pergunto.

- Para que queres?

- Ir buscar meu telemóvel que deve ter caído enquanto dormia.

- Eu vou lá.

Ele sai da cozinha pela janela da mesma o vejo a correr na chuva. Sai do meu campo de visão mas passados uns segundos o vejo de novo. Ele volta à cozinha e entrega-me o telemóvel.

- Ficaste todo molhado. - digo.

- Parece que agora também tenho de tomar banho. - ele aproxima-se mais de mim.

Eu começo a andar para trás e acabo por bater com minhas costas no balcão do centro da cozinha. Ele ri-se com aquilo e sai da cozinha e deixa-me ali sem saber o que fazer. Fico mesmo um tempo ali a olhar para o nada.

Quando finalmente resolvo mexer-me volto para o andar de cima e abro a porta do quarto ao lado do dele. Era um quarto bem diferente do dele. Já não é tudo de vidro e tem paredes a separar as divisões. A casa de banho neste quarto fica ao lado da cama e em frente a cama é o closet. Entro e fecho a porta. Dirijo-me à cama e deito-me na mesma e viro-me para o lado da janela. Tapo-me com o lençol e tento dormir.

Mais uma vez Nacho vem a meus pensamentos. Seus olhos, seu sorriso, seu corpo tudo nele é perfeito. A nível da forma de ser ainda não posso dizer muito pois o conheço há pouco tempo mas posso dizer que ele apesar de já não ter sido muito simpático comigo algumas vezes, a maior parte das vezes o é. E no meu ponto de vista até parece alguma vezes ser protetor em relação a mim.

Ouço a porta do quarto a abrir e finjo estar a dormir. Ouço passos e depois sinto o colchão a afundar-se ao meu lado. Ele puxa o lençol para tapar-se também e depois envolve seu braço em minha cintura e ficamos na famosa posição de conchinha.

- Dorme bem minha princesa. - ele sussurra em meu ouvido.

Acabo por adormecer em seus braços.

No dia seguinte acordo e Nacho já não está ali. Levanto-me e vou até à casa de banho, depois de sair da mesma saio do quarto e dirijo-me ao andar debaixo. Ao chegar lá vejo pela janela da sala Nacho na piscina. Sim existia uma piscina ali, o que não fazia muito sentido pois o mar era mesmo em frente.

Saio pela janela e sento-me numa das espreguiçadeiras a olhar para ele a nadar. Podia ir embora mas ainda não apetecia-me voltar para casa.

Ele para de nadar e vê-me ali. Vem até à beira da piscina em minha frente e fica ali a olhar para mim.

- Bom dia. A minha empregada já meteu a tua roupa a lavar. - ele diz

- Obrigada.

Estranho aquilo pois quando sai do quarto e dirigi-me aqui não vi ninguém pela casa.

- Anda dar um mergulho.

- Só tenho isto vestido. - aponto para a sua camisola que ele emprestou-me para usar.

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