Acordo com a claridade a bater em meu rosto. Levanto-me e vejo que já passa do meio dia. A minha vontade é passar ali o dia naquele quarto e é isso mesmo que resolvo fazer. Mais uma vez peço comer e desta vez peço uma massa carbonara.
Quando trazem eu pego no prato e sento-me num dos sofás da varanda a comer enquanto vejo o mar. No fim de comer fico ali só sentada a apreciar o mar.De repente alguém bate na porta do quarto. Estranho estarem a bater na mesma mas podia ser algum empregado do hotel a dar algum recado ou alguma outra coisa.
Saio da varanda e vou até à porta. Abro a mesma e Nacho entra que nem um foguete pelo meu quarto adentro.Fico sem entender como ele descobriu que estava ali naquele preciso hotel pois eu não contei a ninguém que vinha para ali. Talvez tivesse me seguido mas quando eu sai ele não estava em casa.
- Como encontraste-me aqui? - pergunto a ele que senta-se na cama.
- Depois de passar a noite à tua procura pensei que tivesses vindo para um hotel e bem não estava enganado. - diz enquanto olha para mim e eu encosto-me à porta da casa de banho.
- Mas não disseste como encontraste-me?
- Vi as câmaras de vigilância do hotel. - ele diz enquanto levanta-se e vem até mim.
- E como acedeste às mesmas? - pergunto a gaguejar por causa da proximidade que estamos.
- Este hotel é da minha família. Na verdade quase todos os negócios daqui da zona pertencem à família Matos.
- Ah. - digo eu já tinha mais ou menos noção de que eles eram donos de muitos estabelecimentos mas não sabia quais.
- Tal como a discoteca onde vais, ela pertence a mim.
Quando ele diz isso podia me ter surpreendido mas meio que eu já desconfiava disso. Ele sempre que eu lá ia está lá e os seguranças obedecem às ordens dele. E depois de naquele dia sairmos pelas traseiras eu meio que desconfiei dele ser mais que um cliente ali.
- Ok, podes afastar-te? - peço a ele.
- Porquê? Ficas nervosa comigo próximo de ti? - ele pergunta aproximando-se ainda mais e corta qualquer distância que exista entre nós.
- Não. - digo e não olho para cima pois sei que se o fizer fico muito próxima dos seus lábios.
Ele mete sua mão em meu queixo e lentamente levanta meu rosto até eu encontrar seus belos olhos. Sem eu contar ele beija-me. Um beijo rude, um beijo que demonstra que ele está chateado comigo. Parece que naquele momento ele que mais punir-me do que beijar-me.
Nacho segura meu pescoço enquanto beija-me a certo momento aquilo deixa de ser prazeroso quando parece que ele me vai estrangular com a sua mão à volta do meu pescoço. Paro o beijo e dou um murro em seu estômago para ele largar meu pescoço.
- Estás louca? - ele pergunta com a mão na barriga enquanto afasto-me dele.
- Isso pergunto eu? Que raio estavas a fazer? Querias estrangular-me? - pergunto com raiva mas medo ao mesmo tempo.
Noto a raiva que ele tinha nítido em seu rosto começar a desaparecer e ser substituída por um olhar preocupado. Ele caminha até mim e eu com receio ainda mesmo ao ver seu ar de preocupado afasto-me dele e acabo por bater com as minhas costas no vidro da varanda.
- Desculpa. - ele diz e olha para mim triste.
Nacho vira costas para mim e sai do meu quarto sem dizer mais nada. Naquele momento posso estar a ser uma idiota, mas senti pena dele. Saio do quarto e corro até ele que está à beira do elevador. Ele olha para mim e quando o alcanço abraço-o. No momento que o abraço ele pega em mim ao colo e eu entrelaço minhas pernas há volta da sua cintura. Ele dá um suspiro que mais parece de alívio e continuamos ali abraçados.
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Escolho-te
FanfictionInspirado nos filmes 365 days. Esta é a história de Nacho e Astrid. Duas pessoas que o destino assim quis que se conhecessem.