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- Peço desculpa. - o empregado diz e sai dali quase a correr.

Começamos os três a comer e Amelia fala comigo de um livro que anda a ler. Nacho só ouvia nossa conversa sem dizer nada. Acabamos nosso almoço e pedimos os três torta de limão de sobremesa. No final de comer Nacho vai pagar sem deixar Amelia o fazer.
Saímos os três do restaurante e vamos em direção aos carros. Nacho tinha estacionado ao lado de Amelia.

- Astrid vens comigo. - ele diz e mais uma vez trata-me pelo meu nome.

- Ei, roubas-me a companhia assim? - Amelia reclama.

- Vai mas é tratar da tua vida que deves ter algo para fazer. - Nacho diz de forma rude.

- Astrid, vais com ele? - ela pergunta-me.

- Senão te importares sim. - Eu não sabia se era boa ideia por ele ainda estar mal humorado, mas queria estar com ele.

- Ok, até logo amiga. - Amelia dá-me um abraço e vai para seu carro.

Eu e Nacho entramos no seu carro. Ele sai do estacionamento e conduz a uma velocidade um bocado excessiva. Assusto-me quando ele quase bate num carro a ultrapassar outro.

- Acho que devia ter ido com Amelia. - penso mas acabo por falar alto.

Ele olha para mim mas não diz nada. Olho para a vista que na verdade mal via pois era só borrões. Meu cabelo deve estar lindo que vontade de dar um soco em mim mesma por ter decidido vir com ele no descapotável.

De repente um carro se cola à traseira do nosso. Outro que com certeza estava com pressa. Nacho olha pelo espelho e sai da estrada e trava. Quase que bato com a cabeça no vidro da frente. Nacho sai do carro e eu olho para trás e vejo ele a ir falar com a pessoa que está no outro carro. Não vejo a pessoa pois os vidros são escuros e a mesma não sai do carro.

Passados uns minutos o carro vai embora e Nacho volta e quando entra bate a porta com força.

- Tenho de ir a casa da minha família. - ele diz e logo arranca de novo aquela velocidade.

- E eu? - pergunto.

- Ficas à minha espera no carro. - ele diz.

Não digo mais nada e mais uma vez o silêncio instala-se. Em poucos minutos chegamos à casa da família dele. Os portões altos abrem-se e vemos a mansão que na verdade é um género de castelo. Era enorme muito maior que a mansão de Nacho na praia. Sua arquitetura impressionava-me e eu já criava cenários em minha cabeça naquele lugar. O caminho que fazemos é completado por um belo jardim e existem vários seguranças ali naquela zona.

Nacho pára à beira de um segurança e sai do carro. Eu acabo também por sair. Ele diz algo ao segurança que não entendo e depois vai para dentro do castelo. O segurança vem ter comigo.

- Menina peço que não saia da beira do carro. - ele diz.

- Eu preciso de ir à casa de banho. - eu estava mesmo aflita já.

- Venha comigo.

Acompanho o mesmo para dentro do castelo. Fico impressionada mal entro, uma grande escadaria que dá para o andar de cima. Passamos por baixo da escada e vamos para um corredor. Em todos os sítios que passo vejo sempre belas obras de arte em todo o lugar. As cores neutras das paredes mal se notavam com tantos quadros nas mesmas. Eram obras tão belas que eu ia sempre a parar para apreciar as mesmas. Claro que o segurança não está nada agradado com aquilo e passa o tempo a pedir para continuar.

- Aqui menina.

Ele abre uma porta e eu entro e logo ele fecha a mesma atrás de mim. A casa de banho era um sonho. Só naquela casa de banho devia estar uma fortuna. Tudo é em tons dourados e acredito que algumas coisas devem ser de ouro. Existem cabines onde estão as sanitas. Aposto que esta é a casa de banho que usam quando recebem visitas.

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