7° Capítulo

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NARRAÇÃO...

Brunna: Quando que eu vou embora? -  Resmungou deitada naquela cama hospitalar.

Jorge: Mais tarde, filha - Falou - Os médicos só querem ter certeza de que você realmente está bem.

Havia chego o dia em que a Brunna seria liberada do hospital. Ela havia feito fisioterapia nesses dias que ficou no hospital, para que pudesse caminhar normalmente.

Jorge: Você não está nem um pouco curiosa de como está o mundo, sua vida, nada? - O pai da mulher era o único presente na sala, já que a Mia sentia que não era bem-vinda no lugar e preferiu não forçar a sua presença.

Brunna: O que tem a me contar? - Ela já estava entediada de ficar ali deitada naquela cama.

Jorge: À Emmy te contou que vocês abriram uma academia, né?

Brunna: Contou? - Perguntou confusa - É que às vezes eu ignoro o que ela fala.

Jorge: Contou sim. Vocês abriram uma academia lá perto da sua casa.

Brunna: Da nossa casa, né? Minha e da Emilly.

Quando completou 18 anos, a Loira havia feito questão de sair de sua casa e alugar um apartamento juntamente com Emilly, já que ambas já trabalhavam na área de sua faculdade.

Jorge: Você casou, lembra? - Ela já havia esquecido disso - Você mora com sua esposa e com seus filhos naquele bairro que você sempre quis morar.

Brunna: É o quê? - Se assustou - Então a gente é muito rico, né?

Jorge: Você tem uma academia muito bem movimentada e Ludmilla é uma arquiteta renomada. Vocês têm uma vida financeira bem estável e boa.

Brunna: Por que eu casei com ela? - Perguntou confusa.

Jorge: Aí é coisa do seu coração, meu amor.

Brunna: Eu não tenho coração.

Jorge: Tem sim. Você ama sua esposa e seus filhos, só não se lembra por causa do acidente.

Brunna: Que, pelo que entendi, foi causado por ela, que não dirige com precaução - Arqueou as sobrancelhas.

Jorge: Não foi causado por ela, Brunna. O ônibus que não respeitou a placa de 'pare'.

Brunna: Tá, e o resto?

Jorge: A Luane segue casada com o mesmo marido, Emilly se casou com a Ramana, depois que você parou de implicar com ela. Minha empresa Tá cada vez melhor. A Luiza já tá quase indo para o ensino médio e...

Brunna: To doida para ver meu corpo em um espelho - Jorge suspirou com a frase da filha, pois sabia que ela havia ignorado tudo que ele falara.

Jorge: Por quê?

Brunna: Quero ver se todos meus cuidados deram certos. No meu rosto eu já vi que sim. E as pessoas ainda me julgavam por fazer botox na testa com 22 anos - Deu uma risadinha irônica.

Jorge: Você continua linda, filha - Ele sorriu.

Brunna: Por que eu resolvi fazer essa besteira no cabelo?

Jorge: Não é besteira, você ficou ainda mais bonita Loira, sabia? - Acariciou as mechas macias da mulher - Quando você e Ludmilla completaram um ano de namoro, você decidiu que não queria mais ser morena. Eu não sei o porquê, só sei disso. E depois que o Léo nasceu você resolveu alongar, mas quando a Nina nasceu, você voltou para o tamanho normal, pois ela ficava puxando seu cabelo o tempo todo.

Brunna: Deformou minha aparência. Não sei porque as pessoas insistem em ter filhos - Revirou os olhos.

Jorge: Filho é um amor incondicional, filha. Eu tenho certeza que, mesmo não se lembrando dos seus filhos, você sente alguma coisa por eles.

A Loira engoliu seco com a frase pois aquilo era real. Ela sentia a necessidade de não tratá-los mal e muito menos magoar eles.

Médico: Preparada para ir embora, senhorita? - O médico chegou no quarto.

Brunna: Até que enfim! - Suspirou.

Médico: bom, eu vou dar algumas recomendações para você. Como você perdeu a memória, o essencial é que você busque resgatar tudo que está perdido aí dentro. Então sugiro que você siga a mesma rotina de antes, peça ajuda para as pessoas próximas a você, para que sua mente venha a se lembrar das coisas que aconteceram - Ele suspirou, Pois agora o assunto seria mais delicado - Posso te pedir um favor?

Brunna: Se não tiver que gastar mais com isso - A sinceridade fez o médico rir.

Médico: Não. Mas eu vou precisar que você fique morando com sua Esposa e Seus Filhos. Eu sei que pode ser desconfortável por você sequer conhecer eles, mas é necessário para o bem da sua saúde mental.

Brunna: Eu vou ter que morar com a Ludmilla?- Ela olhou para o pai.

Jorge: É para o seu bem, filha - Ele segurou sua mão.

Médico: E continue vindo fazer fisioterapia pelo menos por um mês. Você ficou muito tempo parada e, como trabalha com essa questão do físico, vai ser melhor se você fizer isso, aí vai poder voltar a dar aulas mais rápido - Deu um sorrisinho - É isso. Você está liberada. - Ele sorriu e saiu do quarto.

Jorge: Precisa de ajuda para trocar de roupa, filha? - Perguntou para a morena.

Brunna: Não, eu consigo.

Jorge: Então eu vou ali fora fazer uma ligação e já volto - Ele saiu do quarto.

A mulher pegou a mala que seu pai havia levado e deixou encima da cama. Ela pegou uma das peças que havia ali dentro e analisou.

Brunna: Pelo menos eu continuei com bom gosto.

Vestiu uma camisa azul de botões e uma calça jeans preta.

Brunna: Não acredito que vou ter que usar sapatilhas - Resmungou jogando o par no chão e calçando nos pés - Por que será que minha calça agora é 38?

Na época que era Morena, a mulher tinha o corpo muito mais magro do que agora, vestindo 36, só que depois da gravidez tudo mudou, partes como seus seios e sua bunda acabaram ficando maiores e ela trabalhou muito mais isso na academia para transformar a gordura, principalmente dos glúteos, em massa magra.

Jorge: Tudo pronto aí? - Entrou no quarto e viu a filha já vestida.

Brunna: Sim.

Ele pegou a mala e então os dois partiram para o carro.

Brunna: Arrasou no carro hein, pai? - Olhou para o veículo e logo entrou dentro dele.

Jorge: Eu te falei que a empresa tava indo bem - Ele sorriu.

Brunna: Eu tenho um carro melhor também? - Questionou.

Jorge: Você tem um Mobi branco.

Brunna: Esse carro é bom?

Jorge: Sim - Ele respondeu - A Ludmilla que te ajudou a escolher e ela entende bastante de carros.

Eles seguiram o resto da viagem em silêncio. Jorge estacionou em frente à uma grande casa branca e Brunna ficou olhando impressionada.

Brunna: Essa é a minha casa?

Jorge: Sim, filha. Essa é a casa que você mora com sua famiília - Ele sorriu observando a admiração da loira - Vai lá, eu já falei para Ludmilla que você viria.

Ela deu uma última olhada para o pai e abriu a porta.

Jorge: Vai dar tudo certo, minha filha.

Ela respirou fundo e desceu do carro.

A mulher parou em frente ao portão e empurrou, já que ele apenas estava encostado. Entrou e foi para frente da porta. Contou até dez antes de dar duas pequenas batidas. Não demorou nem um segundo e a porta foi aberta pela mulher morena com um pequeno sorriso nos lábios.

Ludmilla: Bem-vinda de volta, Brunna.











gostando da maturidade de vocês kkkk por entendendo o lado da Bru nessa história e não tá julgando ela, pois sabemos que ela não tem culpa de agindo assim né?

Quase Tudo Perdido...Onde histórias criam vida. Descubra agora