NARRAÇÃO...
Léo: Mama? - Chamou a Ludmilla enquanto ela dirigia rumo a sua escola.
Ludmilla: Que foi, filho? - Respondeu sem tirar a atençãoda pista.
Léo: A mamãe vai ir ver a minha apresentação? - Questionou.
Ludmilla: Claro que ela vai, meu amor - Disse confiante, mas não estava com essa confiança toda - Acha mesmo que ela ia perder de ver você dançando na escola? - Sorriu para ele o olhando através do espelho retrovisor.
Léo: Eu não sei, ela acordou estranha do acidente - Deu de ombros.
Ludmilla: Ela ama vocês da mesma forma, meu filho - O assegurou - Pode ter certeza disso.
Léo: Por que ela não fica mais nos abraçando o tempo todo, como antes então? - Fez um bico.
Ludmilla: Porque ela não lembra mais como demonstrar os sentimentos por vocês, mas eu te asseguro que vocês são tudo o que ela mais ama na vida! - Sorriu novamente.
Léo: E você? - Se referiu ao amar.
Ludmilla: Chegamos! - Mudou de assunto ao estacionar o carro para não ter que responder.
Ela desceu do carro com o filho e foi até a porta de sua sala.
Ludmilla: Lembre-se, se comporte e ensaia bem direito porque eu, a mamãe e a Nina vamos vir pra ver você dançando - Sorriu e beijou a testa do filho.
Léo: Até mais, mama! - Beijou o rosto da mãe e entrou para a sala de aula.
Ludmilla foi para seu escritório e começou seu expediente de trabalho. Quando deu seu horário de almoço, que ela sabia ser o mesmo da Brunna, ela ligou para o celular dela.
Ludmilla: Por que não atende? - Já era a quarta vez que ela ligava.
Brunna tinha a mania de só atender ao celular na terceira vez que ligavam, pois aí ela tinha certeza de que era importante e não perderia seu tempo.
Brunna: Alô? - Na quinta vez ela pôde ouvir a voz dela do outro lado da linha.
Ludmilla: Por que demorou tanto a atender? - Questionou.
Brunna: À academia tá uma loucura hoje - Falou um pouco ofegante - Tô treinando umas cinco pessoas ao mesmo tempo. Não consegui nem parar pra almoçar.
Ludmilla: Eu já falei que você e a Emmy deveriam contratar mais pessoas pra trabalhar. Só você, a outra e duas estagiárias não dão conta.
Brunna: Pois é, acho que vamos ter que fazer isso mesmo e transferir o setor administrativo pra outro andar pra poder expandir a musculação - Suspirou - Aconteceu alguma coisa?
Ludmilla: Não. Hoje tem a apresentação do Léo na escola, lembra que eu falei?
Brunna: Sim.
Ludmilla: Você vai conseguir ir?
Brunna: Eu queria muito, mas não sei se vai dar - Sua voz tinha um tom de lamento - Tá cheio demais e eu só não chamei a Emmy pra ajudar, porque ela tá triste ainda com aquele assunto.
Ludmilla: Amor, faz esse esforcinho por favor - Pediu - Ele quer muito que você vá e veja ele dançar.
Brunna: Prometo que farei o possível para ir. Mas não o deixe com expectativas! - Tarde demais, a morena já havia confirmado que ela iria.
Ludmilla: Eu sei que, quando você quer, você da seu jeito. Então te espero lá. Começa às 16:00, não se atrase! - Exclamou.
Brunna: Eu já falei que se der eu vou, para de me pressionar, sua chata! - Falou em tom de brincadeira - Se eu não conseguir ir, grava pra eu ver.
Ludmilla: Não vou, por que você vai! - Disse com convicção - Agora para de falar já que você tá cheia de trabalho.
Brunna: Você que tá tagarelando, eu hein! - Resmungou.
Ludmilla: Vou desligar, amor, bom trabalho!
Brunn: Pra você também - Mandou um beijo.
Ludmilla: Te amo!
Brunna: Eu também! - Dito isso ela desligou o celular com um sorriso no rosto.
O sorriso sumiu imediatamente no momento em que ela se ligou no que havia falado. Foi tão expontâneos que não teve como segurar. Era verdade? Ela realmente sentia isso por ela ou saiu apenas no calor da emoção?
Brunna olhou para o celular ainda perplexa. Não sabia se a esposa havia ouvido, e agradeceu aos céus por ter desligado no exato momento. O celular começou a tocar novamente indicando o número da Ludmilla e ela quase entrou em pânico.
Se atendesse ela iria querer falar sobre isso, e ela não estava com tempo para isso. Brunna desligou o celular e guardou no bolso do seu colete para voltar ao trabalho.
(...)
Nina: E a mamãe? - Perguntou enquanto elas estavam dentro do carro a caminho da escola do Léo.
Ludmilla: Ela vai direto do trabalho - Falou ainda pensativo.
Ludmilla ficou em choque quando ouviu as palavras da esposa. Ela não estava esperando por aquilo, não imaginou que aconteceria tão cedo. A mulher tentou ligar para ela para poder dizer mais vezes que a amava e para perguntar se ela havia ouvido bem, mas ela desligou a chamada e depois apenas caía na caixa postal, indicando que ela havia desligado o celular.
Ela já estava um pouco inseguro e com medo de que ela realmente não fosse na apresentação, mas agora havia triplicado o sentimento. Ela conhecia a Brunna de antes e sabia que ela fazia de tudo para fugir de sentimentos. Por mais que ela já tenha se declarado apaixonada por ela, o amor era algo muito mais forte e que ela não sabia lidar.
No início do namoro foi assim, mesmo depois de ter admitido a paixão, a Loira fugia do amor. Sempre que a morena ia falar que a amava, ela cobria a boca dela com a mão ou a beijava para que não tivesse que ouvir suas palavras e, quando ela falou sem querer que a amava pela primeira vez, A ignorou durante uma semana para não ter que lidar com o sentimento, mas acabou não aguentando de saudade e correu para os braços dela.
Ela sabia que as chances de ela fazer isso novamente eram grandes, por isso estava com medo.
Chegaram até a escola e ficaram esperando por um tempo no saguão para ver se a loira não chegava.
Nina: Mama, a gente não vai conseguir sentar na frente! - Falou vendo que muitas pessoas ja entravam no auditório.
Ludmilla suspirou e pegou a filha no colo adentrando o local também. Elas conseguiram no lugar na terceira fileira. Ainda estava com uma pontinha de esperança da esposa chegar, mas mesmo assim pegou apenas o seu lugar e o que a filha estava sentada, sem guardar um para ela.
Depois de um tempo as luzes se apagaram, indicando que a apresentação iniciaria, mas a mulher não havia chego. A turma do Léo entrou no palco e todos começaram a aplaudir. Ludmilla olhou sorrindo para o filho, que estava bem à frente no palco, mas o menino não sorriu de volta já que viu que a mãe não estava ali. A morena sentiu seu coração partir em pedaços quando viu o olhar triste do filho, mas logo a expressão do menino mudou e ele abriu um largo sorriso, deixando Ludmilla confuso.
Brunna: Tem um lugar pra mim?
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Quase Tudo Perdido...
Любовные романыVocês sabem que sou dessas de que quando quer deixar vocês curiosos, eu deixo né? Então sem Spoiler kkkkkkkk. FIC INTERSEXUAL