71° Capítulo

1.3K 91 8
                                    

Brunna: Amor, é sua vez de trocar ele - Disse estendendo Benjamin na direção da esposa.

Ludmilla: Mas fui eu que troquei nas últimas duas vezes - Resmungou.

Brunna: Lembre-se que, durante a semana, eu troco ele o tempo todo - Arqueou as duas sobrancelhas e a morena suspirou se dando por vencida.

Já havia se passado duas semanas desde que Brunna e Benjamin saíram do hospital. Como ela tinha licença maternidade, ficava em casa com o filho, enquanto Ludmilla estava trabalhando.

As crianças viviam fazendo desenhos e contando histórias para ajudar a mãe a se lembrar dos dois últimos anos de sua vida, e ela adorava, mas infelizmente não ajudava muito.

Ludmilla: Pronto, mamãe. Já to limpinho! - Voltou para a sala e se sentou ao lado da esposa com o filho nos braços.

Brunna: Eu tô com saudade da Nina de do Léo - Fez um bico.

Ludmilla: Amor, eles foram lá para sua mãe ontem à tarde - Falou rindo.

Brunna: Eu sei, mas queria eles juntinho de mim o dia inteiro - Resmungou e pôs a mão na mãozinha de Benjamin - Pelo menos você fica o tempo todinho com a mamãe né, meu amor?

Ludmilla: Eu queria ficar com vocês o tempo todo também - Deu um selinho nela - Mas o importante é que trabalho com a certeza de que minha linda família vai estar em casa, me esperando a noite - Sorriu.

Brunna: Nossos filhos são lindos, né? Não é palavras de mãe, é a pura verdade - Passou o dedo pelo nariz de Benjamin.

Ludmilla: Eles são lindos demais - Concordou olhando para o filho - Vão dar trabalho quando crescerem.

Brunna: Igual a gente deu para os nossos pais?

Ludmilla: Eu espero que não - Falou assustada.

Brunna: Você era terrível, hein, moça - A olhou com os olhos semicerrados.

Ludmilla: O que falar de você então, Brunna Carolina?- Devolveu o olhar - Terrível era um apelido.

Brunna: Mas nossos filhos são perfeitos demais - Sorriu orgulhosa - Educados, simpáticos, bonitos, gentis... nunca ouvi nenhuma reclamação deles.

Ludmilla: Isso é porque a gente se empenhou para eles serem pessoas melhores do que nós éramos. E com esse pequeno não vai ser diferente - Acariciou o narizinho do filho.

Brunna: Sabe... eu tava analisando ele e... você tava certa. Ele tem cara de Benjamin mesmo - Sorriu acariciando o rosto do filho.

Ludmilla: Eu falei! - Disse orgulhosa, mas logo notou algo estranho - Espera. Isso eu falei antes... - Ficou olhando para a esposa que tinha um sorriso nos lábios - Não acredito! É sério? - Ela assentiu com a cabeça - Você recuperou a memória total?

Ela assentiu novamente e Ludmilla puxou o carrinho deixando Benjamin nele, logo puxou a esposa pela cintura e pela perna a fazendo montar em seu colo.

Ludmilla: Que bom, meu amor - Segurou a cintura dela com força beijando seus lábios - Que bom! Quando aconteceu?

Brunna: Foi tudo de uma vez só. Eu tava deitada na cama com o Ben ontem e simplesmente começou a vir tudo na minha mente - Explicou - Lembrei de todos os sentimentos, até o de quando eu achei que havia te perdido - Seu olhar ficou triste.

Ludmilla: Oh, meu bem - Segurou os dois lados dos rostos dela com as mãos - Já passou. Tudo está bem e nós estamos juntos e felizes novamente.

Ela sorriu e assentiu com a cabeça. Ela puxou seu rosto e colou os lábios aos da esposa.

Ludmilla: Eu te amo - Sussurrou ainda com os lábios colados aos dela.

Brunna: Eu te amo muito - Ela respondeu logo sugando o lábio inferior dela.

Elas iniciaram um beijo apaixonado e calmo. As línguas se tocavam sem pressa, transbordando todo o amor que sentiam pelo outro. Ludmilla encaixou a mão nos cabelos da esposa e intensificou mais o beijo, lateralizando a cabeça para ir mais profundamente na exploração da boca da Loira.

Brunna: Amor - Ela resmungou quando sentiu ela sugar sua língua com força e descer a mão apertando sua cintura.

Ludmilla: Xiii

Adentrou a blusa dela com as duas mãos e ficou acariciando e apertando as costas da esposa, fazendo ela ficar com o corpo ainda mais colado ao seu.

Ludmilla: Saudade do seu corpo - Sussurrou em meio ao beijo e desceu uma das mãos encaixando na bunda dela e movimentando seu quadril, causando uma fricção.

Brunna: Não - Falou alarmada, mas seguiu com os movimentos.

Ludmilla: Faz amor comigo - Ela pediu enquanto beijava o vão entre seus seios na abertura da blusa.

Brunna: Eu não posso, amor - Segurou o cabelo dela tentando se controlar - Não acabou o resguardo.

Foi necessário apenas isso para a mulher segurar a cintura da esposa com força e parar tudo o que fazia a encarando.

Ludmilla: Me desculpa - Acariciou seu rosto que estava avermelhado por conta do momento que estavam - Eu tô muito feliz e queria comemorar.

Brunna: Eu também, meu amor - Suspirou - Mas infelizmente ainda não podemos - Deu um selinho nela - Se quiser eu posso...

Ludmilla: Não, depois eu dou um jeito... nisso - Apontou para a calça.

O choro fino de Benjamin ecoou pela sala.

Brunna: Oh, meu amorzinho - Desceu do colo da esposa e foi até o carrinho - Desculpa por isso - Pegou ele no colo e beijou seu rostinho - Tá com fome, meu bebê?

Ela se sentou no sofá e desceu um lado da blusa, iniciando a amamentação do filho. Enquanto sugava o leite, ele tinha os olhinhos fechado e a mãozinha apoiada no seio da mãe.

Brunna: À mamãe recuperou a memória, meu filho. Lembrei direitinho como era sentir você se mexendo, sentir cada pequeno movimento que você fazia. Era muito bom - Acariciou a cabeça dele.

Ludmilla observava tudo com um olhar apaixonado. Ela adorava ver a esposa amamentando, isso desde o nascimento do Léo. Lembra direitinho como sentiu seus olhos cheios de lágrimas quando viu aquela cena pela primeira vez. O Léo era tão pequeno e Brunna o segurava com tanto amor que fez seu coração transbordar todo o amor que sentia por ambos.

Ludmilla: Eu sou apaixonado por esse seu lado mãe, sabia? - Beijou o ombro da esposa.

Brunna: E eu também sou apaixonada pelo seu lado mãe - Olhou para a esposa - Ver o cuidado que você tem com os nossos filhos, é lindo. Você é um ótimo mãe, amor.

Ludmilla: Você é uma mãe maravilhosa - Sorriu e deu um selinho nela, mas logo parou ao ouvir Benjamin resmungando - Calma, ciumento, era só um beijinho! - Falou fazendo a Loira rir.

Finalmente tudo havia entrado nos eixos. Brunna já tinha 100% da sua memória e tudo se encaminhava para serem ainda mais felizes do que já eram.

Quase Tudo Perdido...Onde histórias criam vida. Descubra agora