57° Capítulo

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Lúcia: Você... tem certeza? - A outra mulher perguntou assustada.

Brunna: Eu... Não, não pode ser - Deu uma risada tentando convencer a si mesma - Minha esposa não tava lá, eu tenho certeza disso - Se levantou da cadeira procurando a bolsa que havia largado ao adentrar o local - Ela não ia abandonar a mim e aos nossos filhos desse jeito - Pegou o celular com as mãos trêmulas - Eu vou ligar e ela vai atender, quer ver? - Acionou o contato dela, mas dizia que aquele número estava desligado. - Ela vai atender - Seus olhos demonstravam o medo, mas ela não queria se render.

Lúcia: Brunna - Se aproximou lentamente e tocou seu braço.

Brunna: Não pode, Lúcia! Ela não! - Tentou mais algumas vezes, mas a mesma mensagem - Eu vou ligar para a mãe dela.

Lúcia: Querida - A enfermeira tirou o celular da mão dela - Se acalma, você vai acabar tendo um colapso nervoso.

Brunna: Eu... minha mulher - Começou a respirar com dificuldade - Ela não pode - Seus olhos se encheram de lágrimas.

Lúcia: Se ela estava lá mesmo, vai sair viva, pode ter certeza disso! - A enfermeira a puxou para um abraço apertado.

Brunna: Por que ela? Era pra eu morrer antes. Ela é uma ótima pessoa - Sentiu as lágrimas em sua bochecha enquanto a mulher a envolvia em um abraço reconfortante.

Lúcia: Não fale uma coisa dessas! - A repreendeu - Ela está bem, você vai ver.

O celular da Brunna tocou e então Lúcia a ajudou a se sentar, já que ela não estava em condições de fazer nada e atendeu.

Ligação On


Lúcia: Alô?

??: Quem fala? - Uma voz nervosa perguntou do outro lado da linha.

Lúcia: Sou Lúcia, enfermeira do hospital onde a senhora Brunna está fazendo o tratamento - Pela voz da mulher, Silvana já conseguiu identificar.

Silvana: Ela tá bem?

Lúcia: Recebeu uma notícia não tão boa, então está um pouco nervosa.

Silvana: Ela já ficou sabendo? Passa o celular para ela por favor.

Lúcia: É claro.

A mulher deu o celular para a Brunna e ela pôs no ouvido.

Brunna: Por quê? - Foi a única coisa que ela disse no telefone antes de desabar em lágrimas.

(...)

Ludmilla abriu os olhos confusa. Não sabia onde estava, então piscou várias vezes e conseguiu retomar o foco identificando que estava no aeroporto.

Ela pegou o celular que estava em sua mão e ao tentar ligá-lo, viu que estava sem bateria.

Ludmilla: Merda! - Olhou para o relógio vendo que já eram 23:00 e havia perdido o voo - Que merda! - Exclamou irritada.

Estava tão cansada e entediada que simplesmente apagou no aeroporto e não havia nada que a acordava. Ficou a tentar horas ouvindo música que o seu celular acabou a bateria, e nem mesmo isso foi capaz de fazê-la despertar.

Ludmilla: Por que tudo da errado comigo? - Se levantou da cadeira e chutou a mala que estava ao seu lado.

Ela pegou suas malas e resolveu ir comprar outra passagem, mas estava tão irritada que sabia que acabaria destratando algum funcionário e não queria isso. Ela desistiu de comprar a passagem e apenas pegou suas malas saindo do local. Pegou um táxi e resolveu ir para a casa tomar um banho e por seu celular a carregar, já que estava completamente morto.

Quase Tudo Perdido...Onde histórias criam vida. Descubra agora