15° Capítulo

1.1K 108 21
                                    

4/?


Ludmilla acordou na madrugada ao ouvir um alto barulho vindo da cozinha. Ela se levantou rapidamente da cama e desceu as escadas correndo.

Ludmilla: Tá tudo bem? - Encontrou Brunna na cozinha segurando a própria mão com força e uma panela no fogão com um pote de vidro quebrado - O que aconteceu? - Se aproximou da mulher e pegou sua mão vendo o sangue na palma.

Brunna: Eu não consegui dormir e fui fazer um doce, só que essa porcaria resolveu me surpreender e explodiu - Ela apontou para a panela com a outra mão.

Ludmilla: Foi só esse corte? Você tá bem? - Seguiu segurando a mão da mulher e levou a outra até seu rosto.

Brunna: Tá tudo bem sim - Falou - Mas minha mão tá ardendo um pouco.

Ludmilla: Vamos para o sofá, que eu cuido disso - Pôs a mão em seu ombro, a guiando até o sofá - Vou ver se não tem pedaços de vidro aí dentro.

Ela a sentou no sofá e subiu as escadas correndo. Pegou um kit de primeiros socorros no banheiro e desceu rapidamente.

Ludmilla: Me da sua mão.

A mulher estendeu a mão e ela olhou o corte.

Ludmilla: Foi um corte pequeno, então não precisa ir para o hospital - Segurou a mão dela e pegou um dos objetos da mala botando soro e limpando aquele machucado - Tá ardendo?

Brunna mordia o lábio inferior, enquanto olhava para o rosto dela.

Ludmilla: Hein? - Quando subiu seu olhar se deparou com os olhos castanhos brilhantes da mulher a encarando.

Ela parou o que fazia por se perder naquele olhar, mas logo voltou quando ela deu um gritinho, por ela ter pressionado o local sem querer.

Brunna: Você é médica ou é arquiteta? - Olhou para o curativo que ela havia feito em sua mão.

Ludmilla: Sou arquiteta, mas também sou mãe. Aprendi a me virar com pequenos cortes - Sorriu ainda segurando a mão da mulher.

Brunna: Eles se machucam muito?- Retirou a mão da dela por estar sentindo algo diferente em seu corpo, por conta do contato.

Ludmilla: À Nina é bem arteira, então costuma se machucar mais. Mas nunca foi nada muito grave - Ela não conseguia desviar os olhos daquele rosto que considerava perfeito - Por que você perdeu o sono? - Perguntou curiosa.

Brunna: Na verdade eu já deitei sem sono. Fiquei me revirando na cama o tempo todo - Revelou olhando nos olhos dela.

O clima na sala era de pura sedução, as
duas estavam hipnotizadas com os olhos da outra e não demoraria muito para o foco ser em outras coisas.

Ludmilla: Ficou com frio? - O tom de voz baixo que usavam deixava tudo mais tentador ainda.

Brunna: Na verdade eu tava quase fritando naquela cama - Desceu os olhos para os lábios finos da mulher, mas logo voltou para seus olhos.

Ludmilla: Por que não me procurou? - Apoiou a mão no sofá e se sentou mais para frente, deixando sua perna encostando na dela e os corpos mais próximos.

Brunna: Pra que? - Ela apoiou a sua mão boa no sofá e lateralizou um pouco a cabeça deixando o olhar ainda mais sedutor.

Ludmilla: Eu poderia apagar seu fogo - Já não estavam nem aí para nada, que não fosse a boca e os olhos da outra.

Brunna: Quem disse que era isso? - Inclinou seu tronco sutilmente para frente ficando separadas apenas por uns 20 cm de distância.

Ludmilla: Eu tô vendo nos seus olhos e no jeito como a sua boca tá implorando - Fez o mesmo movimento da Loira, deixando agora apenas 15 cm de distância.

Brunna: Eu não consegui parar de pensar na proposta que você fez antes de sair do quarto - As vozes agora já eram sussurros.

Ludmilla: Por que não foi lá? Não estava mais aguentando a situação, queria os lábios da esposa para si.

Brunna:  Talvez isso não seja saudável para nós - Seu corpo reagiu diferente de suas palavras, já que se inclinou mais deixando os narizes quase em contato.

Ludmilla: E quem é que liga para isso? - Levou sua mão direita até a lateral do rosto da mulher e grudou seus lábios aos dela.

A sensação dos lábios da esposa contra os seus, fez a morena suspirar. Ela já não aguentava mais a distância que mantinha dela e, beijar sua boca depois de um pouco mais de 1 ano, a fez ter a mesma sensação de quando se beijaram pela primeira vez.

Ela separou os lábios para iniciar um beijo de verdade, mas, vendo que a mulher não realizou nenhum movimento, tirou a mão do rosto dela e separou os rostos abrindo os olhos.

Ludmilla: Me desculpa.

Brunna olhou para os lábios dela por alguns segundos e segurou seu rosto com as duas mãos, a puxando em sua direção. Dessa vez a sensação foi melhor ainda. A Loira sugou o lábio inferior da esposa para dentro de sua boca e passou a língua por ela da forma mais calma que conseguiu.

Ludmilla levou sua mão até a perna dela, enquanto a sentia se deliciar em seus lábios. Brunna se afastou mordendo a boca dela e então segurou os fios longos na nuca da mulher e a puxou com força, já botando a língua em ação. Quando sentiu a língua da esposa tocar a sua naquela brutalidade, a morena gemeu e apertou a pele quente da coxa dela com força. Nenhuma das duas estavam dispostas a serem românticas, ambas apenas queriam matar a vontade que estavam uma da outra.

A morena subiu sua mão livre e encaixou nos cabelos dela, dando uma puxada que a fez suspirar em sua boca. A mulher sentou em uma de suas pernas para que pudesse colar mais seu corpo ao dela e Ludmilla aproveitou puxando a outra perna dela botando encima das suas e apertando com mais força ainda.

As línguas se exploravam com voracidade, parecia que era a primeira vez que se encontravam. O casal dava pequenas pausas quando o fôlego acabava, mas aproveitavam para beijar outras partes do rosto ou apenas ficar mordendo o lábio da parceira.

A mão de Ludmilla invadiu a blusa do pijama da espisa e subiu dando uma apertada em seu ombro. Ela tirou a mão de lá e apoiou no sofá descendo o tronco e levando o da Brunna junto. Quando já estavam deitadas no sofá, a morena tirou a mão do cabelo da esposa e segurou a sua perna passando pela lateral e se encaixando no meio das duas. Ela apoiou um braço ao lado da cabeça dela para não soltar o peso e a outra segurou a perna enquanto voltava a beijar sua boca com vontade.

A mulher apertava os cabelos da morena com uma mão e a outra usava para empurrar a bermuda dela para baixo, enquanto apertava sua bunda com força.

Ludmilla: Gostosa - Sussurrou subindo a mão da coxa para a bunda dela e logo subido até o seio desprovido de sutiã.

Brunna pôs uma de suas mãos na parte de dentro da calcinha box da mulher arranhando sua bunda e, quando passou pela lateral para chegar em seu destino, Lud parou o beijo e se ajoelhou no sofá tirando a mão dela dali.

Brunna: O que foi? - Perguntou ofegante.

Ludmilla observou aquela lábios inchados de tanto beijar, e a posição de entrega que ela estava abaixo dela.

Ludmilla: Desculpa - Lamentou e se afastou mais dela, se levantando do sofá.

Brunna: O que aconteceu? - Ajeitou seu pijama e sentou, a olhando confusa.

Ludmilla: Você tá certa, isso não vai ser saudável para nenhuma de nós duas - Suspirou.

Brunna respirou fundo e se levantou. Ela entendia a mulher, já que ela mesma havia explanado isso.

Brunna: Tá tudo bem - Falou para a tranquilizar - Eu vou ir lá limpar a sujeira que fiz.

Ludmilla: Não se preocupe com isso, amanhã a gente dá um jeito, se aproximou dela e pôs uma mecha de seu cabelo para trás da orelha - Vai descansar.

Brunna: Essa ação toda acabou com a minha energia mesmo - Brincou - Boa noite.

Ludmilla: Boa noite - Beijou sua testa e observou a mulher subir as escadas.

Tudo que ela mais queria era continuar o que acontecia e ter sua mulher se entregando para ela novamente, mas não da forma como iria acontecer.





👀👀👀👀👀👀👀

Quase Tudo Perdido...Onde histórias criam vida. Descubra agora