75° Capítulo

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Depois daquele dia, Brunna passou a ficar estranha com a esposa. Ela parecia sempre cabisbaixa e sempre parecendo querer falar algo para ela, só que não conseguia achar o momento certo para isso.

Ludmilla: Meu amor - Chamou a esposa que estava distraída olhando para os filhos.

Brunna: Oi? - Olhou para ela.

Ludmilla: O que aconteceu? Por que você tá tão caidinha assim? - Perguntou preocupada e acariciando o rosto dela.

Brunna: Nada - Deu um pequeno sorriso.

Ludmilla: Eu sei que há algo errado - Se aproximou mais dela e beijou seu rosto - Você sabe que pode me contar tudo, né? - Olhou nos olhos dela.

A mulher deu um longo suspiro e se levantou segurando a mão da esposa. Elas subiram as escadas indo para o quarto.

Ludmilla: Algo errado? - Viu que ela fechou a porta e se escorou na mesma fechando os olhos.

Brunna: Eu... eu não sei como te falar isso - Suspirou.

Ludmilla: Pode falar, meu amor. Não precisa medir as palavras pra falar comigo? - Já estava ficando preocupada.

Ela ficou mais alguns minutos em silêncio e então decidiu começar a falar.

Brunna: Olha, eu sei que estamos com muitos gastos agora, que nossa casa recém começou a ser construída, que as crianças estão em uma escola mais cara agora. Eu sei de tudo isso, e juro que, se eu pudesse voltar atrás, eu teria tomado as devidas providências...

Ludmilla: Você tá me deixando preocupada - Se afastou um pouco dela esperando o que viria a seguir.

Brunna: Eu... eu sei que deveria ter prevenido antes e que isso é culpa minha. Eu disse que não queria, mas meu inconsciente queria e era por isso que eu não conseguia... - Falava de maneira afoita.

Ludmilla: Fala logo, amor - A interrompeu.

Brunna: Eu tô grávida de novo - Mordeu o lábio inferior preocupada com a reação que ela teria.

Ludmilla pôs as duas mãos na boca e ficou olhando para ela em silêncio.

Brunna: Eu sei que não é algo que queríamos, mas... - Não conseguiu terminar, pois a esposa se aproximou a abraçando fortemente e a tirando do chão.

Ficaram alguns minutos abraçadas e então ela a pôs no chão, segurando seu rosto e a enchendo de selinhos.

Brunna: Você tá feliz? - Perguntou ansiosa.

Ludmilla: É lógico que eu tô feliz, meu amor! - Deu mais um selinho nela - Não sei de onde você tirou a ideia de que isso é algo ruim.

Brunna: É que você não queria nem cachorro.

Ludmilla: Mas é um filho nosso! - Sorriu com os olhos marejados - Não importa quantas vezes isso aconteça, eu sempre vou ficar feliz da mesma maneira ao saber que nossa família vai crescer - Ela limpou as lágrimas - Você me deixou preocupada.

Brunna: Me desculpa. É que eu tava um pouco assustada ainda - Revelou - Não era algo que minha mente queria, mas acho que meu coração já tava se preparando há um tempo pra isso.

Ludmilla: Como você descobriu? - Acariciou os cabelos dela.

Brunna: Eu fiz exame de sangue para poder ingressar nas aulas de luta da Ramana e acabei descobrindo - Deu uma risadinha - Ainda bem que ela é bem rígida com essas coisas.

Ludmilla: Eu te amo tanto - A levantou novamente com os lábios grudados aos dela - Não vejo a hora de ver o rostinho.

Brunna: Você tem noção de que nosso bebê recém fez dois anos e nós já vamos pro quarto filho? - A olhou com as sobrancelhas arqueadas.

Quase Tudo Perdido...Onde histórias criam vida. Descubra agora