Brunna: É estranho! - Falou enquanto se olhava no espelho com a camisola levantada, dando a visão de sua barriga já aparente.
Ludmilla: O que? - Ela, que estava enviando alguns emails pelo notebook, parou o que fazia para observar a esposa.
Brunna: Saber que tem alguém se formando na minha barriga - Passou o dedo de cima a baixo.
Ludmilla: É a coisa mais linda do mundo - Sorriu apaixonadamente - Deve ser gostoso demais sentir isso.
Brunna: Tirando os enjoos, é bom mesmo - Ficou de lado para ver o tamanho que estava - Quatro meses e já tá desse tamanho.
Ludmilla: Acho que nosso meninão vai ser grande, amor.
Haviam descoberto no mês passado que o bebê que estavam esperando era um menino, então já estavam até discutindo a questão do nome do filho.
Brunna: Nem me fale - Desceu a camisola novamente - Imagina isso aqui passando pela minha... - Parou de falar e fez uma expressão de dor.
Ludmilla: Você pode ter de cesária, amor - Sugeriu.
Brunna: Credo, Ludmilla! Não quero ser cortada - Voltou para a cama e se sentou ao lado dela - Eu gosto da minha barriguinha sem cicatrizes.
Ludmilla: Você fica linda de qualquer jeito - Pôs a mão na barriga dela - Com essa barriguinha de grávida então... Tinha esquecido como era apaixonada por isso - Levantou a camisola dela e beijou a pele de sua barriga.
Brunna: Você sabe que eu não lembro as sensações de estar grávida, né? - Acariciou o cabelo da mulher, que se manteve na altura da barriga dela.
Ludmilla: É muito estranho para você? - Ela assentiu com a cabeça - Lembro como você ficou quando engravidou do Léozinho. Foi uma gravidez acidental, então você surtou.
Brunna: Por que? - Perguntou confusa.
Ludmilla: Você não queria ter filhos - Estava entretida com a barriga dela, enquanto a Loira a olhava estranha - Foi nosso combinado desde o início do casamento.
Brunna: Achei que tinha mudado esse pensamento depois que a gente casou - Não sabia dessa parte de sua vida.
Ludmilla: Não. A gente entrou bastante em conflito por causa disso. Eu sempre quis ter filhos, era meu sonho desde crianças, mas aí meu amor por você foi maior do que qualquer plano que eu fazia, aí eu aceitei sua decisão - Deu um beijinho na barriga dela - Eu tentei argumentar com você por um tempo, mas aí cheguei à conclusão de que te escolhi pelo que você era e não pelo que eu queria que você fosse.
Brunna: Tadinha de você - Passou os dedos pelos fios castanhos.
Ludmilla: Mas tudo se desenhou com o tempo - Deu de ombros - O Léozinho veio sem querer e aí você se apaixonou. Reclamou a gravidez toda dizendo que ele te deixava gorda, que você vivia vomitando, que estava ficando feia, mas foi só ver o rostinho dele pela primeira vez, que você se apaixonou - Olhou para a esposa e sorriu - Lembro até hoje o brilho no seu olhar e o sorriso no seu rosto quando você pegou ele no colo, logo que a obstetra tirou ele da sua barriga.
Brunna: E a Nina? - Ficou curiosa com esse seu lado.
Ludmilla: Você amava o Léo e nós duas vivíamos babando nele - Sorriu se lembrado da época - Mas mesmo assim você não queria mais filhos. Dizia que era muito gasto e cansaço, mas essa ideia evaporou da sua cabeça quando descobriu a gravidez da Nina - Segurou a mão dela e entrelaçou os dedos - Você ficou me xingando por uma hora inteira, mas logo você percebeu o quanto isso era bom e a gente fez amor no banheiro do hospital - Revelou rindo.
Brunna: Eu sou terrível - Negou com a cabeça e pôs a mão no rosto.
Ludmilla: Por isso que você me completa - Beijou a mão dela - O que você tá sentindo com essa gravidez?
Brunna: Sabe quando a gente se sente realizada? - Ela assentiu com a cabeça - Parece que eu acabei de realizar o maior sonho da minha vida, mesmo que isso fosse algo que não estivesse nos meus planos.
Ludmilla: Nós somos péssimas nisso de planos - Falou rindo - As coisas só dão certo quando a gente não planeja.
Brunna: Somos imprevisíveis - Sorriu de volta - Como eu reagi nos primeiros dias em casa com o Léo?
Ludmilla: Você chorava todas as noites achando que não era boa o suficiente pra cuidar dele - Seu sorriso diminuiu - Eu ficava com o coração apertado de ver você amamentando ele e chorando por achar que ele estava nas mãos erradas.
Brunna: Pra variar - Revirou os olhos.
Ludmilla: As vezes que ele chorava e a gente não sabia o que era, corríamos para casa da minha mãe - Sorriu - Parecia um casal de adolescentes perdidas no mundo com um bebê.
Brunna: Acha que agora eu vou ser uma mãe melhor?
Ludmilla: Juntamente com a minha mãe, você é a melhor mãe do mundo - Beijou a barriga dela - Não importa se há inseguranças ou não, o amor que você dá para os nossos filhos é maior do que qualquer medo.
Brunna: Você me passa tanta segurança, que eu não consigo imaginar isso que você tá me falando - Mordeu o lábio inferior.
Ludmilla: Eu era bem insegura também. Sempre quis ter filhos, mas a realidade é bem diferente - Suspirou - Mas nós amadurecemos e com a Nina tudo foi mais fácil. Posso te afirmar com toda a certeza que com o Benjamin nós vamos estar mais seguras ainda.
Brunna: Eu confio em você, meu amor - Ela sorriu e segurou o rosto dela, a fazendo se deitar encima dela e beijar sua boca.
Ludmilla: Eu também confio em você - Deu vários beijos em seu pescoço - Eu nunca vou me cansar de dizer o quanto nós nascemos uma para a outra.
Brunna: E eu cada vez mais acredito nisso - Sorriu - Nós somos perfeitas juntas!
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Quase Tudo Perdido...
RomanceVocês sabem que sou dessas de que quando quer deixar vocês curiosos, eu deixo né? Então sem Spoiler kkkkkkkk. FIC INTERSEXUAL