Quase Tudo Perdido...

38° Capítulo

CONTINUAÇÃO...

Nina: Mamãe! - Disse animada e levantou os dois bracinhos.

Ludmilla: Você veio - Estava séria, pois ainda não estava acreditando que ela realmente estava ali.

Brunna: Óbvio que sim! Agora eu preciso que essa princesa sente no meu colo ou eu vou ficar em pé a apresentação inteira - Falou para Nina, que ficou em pé na cadeira.

Ela passou pela frente da esposa e pegou a filha no colo, se sentando e a sentando em suas pernas.

Nina: Por que você tá de roupa de ginástica, mamãe? - A pequena sussurrou.

Brunna: Eu vim direto do trabalho, meu amor - Deu um beijo no rosto dela.

Ela ficou muito feliz com a reação dos filhos ao vê-la, mas a esposa parecia tão apática, que fez sua felicidade dar uma vacilada.

À apresentação do Léo começou. A feição concentrada do menino fez a mulher sorrir a apresentação inteira de orgulho, ele claramente gostava bastante do que estava fazendo. Vez ou outra ele olhava para a plateia e sorria para a mãe.

Quando a apresentação acabou, todos ficaram de pé aplaudiram os dançarinos. Iriam ter outras apresentações ainda, então teriam que ficar ali.

Brunna: Tá tudo bem? - Ela virou seu olhar para Ludmilla e ela entendeu ao que ela se referia.

Ludmilla: Tudo ótimo - Abriu um sorriso apaixonada olhando em seus olhos - Não teria como estar melhor.

Ela respirou aliviada depois da frase dela.

Ludmilla: Você tem que voltar a trabalhar? Ou vai embora conosco? - Mordeu o lábio inferior esperando a resposta.

Brunna: Na verdade eu chamei um cara pra uma entrevista e como o currículo dele era perfeito, já deixei ele trabalhando - Revelou rindo.

Ludmilla: Você sabe como resolver problemas - A acompanhou na risada e beijou sua bochecha.

Nina: Eu só queria ver o Lê - Disse impaciente olhando as outras crianças que se apresentavam.

Brunna: À gente não pode simplesmente sair no meio da apresentação dos outros, filha - Falou acariciando os cabelos castanhos da pequena - Você ia gostar se alguém saísse no meio da apresentação do Lê? - A menina negou com a cabeça - Então a gente vai ficar aqui até o final, dar um beijão no seu irmão e depois vamos ir no Happyland comemorar a apresentação linda dele, o que acha?

Nina: Acho perfeito! - Bateu palmas e sentou virada para a frente novamente.

Ludmilla: Amor, é dia de semana, eles não podem ficar...

Brunna: Hoje é um dia especial - Olhou nos olhos da esposa, sabendo que assim o convenceria - Eles merecem - Ficou em silêncio apenas a olhando - E nós também.

A morena deu um longo selinho nos lábios da esposa e virou para a frente. No meio das apresentações ela pôde sentir a mão da mulher na sua e os dedos dela se entrelaçando aos seus. Ela levou a mão dela até a boca e deu um pequeno beijo, logo contando a atenção ao espetáculo.

Brunna: Que coisa mais linda, meu amor! - Exclamou pegando seu filho mais velho no colo e o abraçando fortemente.

Elas já haviam saído do auditório e Léo foi ao encontro delas.

Léo: Você gostou mesmo, mamãe? - Olhou ansiosamente para a mulher.

Brunna: Eu amei. Você arrasou demais! - Beijou o rosto dele diversas vezes.

Ludmilla apenas observava sorrindo. Aquilo com certeza era uma reação da Brunna de antes do acidente.

Léo: E você, MamA? - Chamou a atenção da mulher.

Ludmilla: Você arrasou mesmo, filho! - Se aproximou beijando a bochecha do menino - Tava linda a dança.

Nina: À gente pode ir no Happy logo, que eu to com fome? - Falou os olhando com cara de tédio.

Ludmilla: Ciumentinha! - A pegou no colo e deu vários beijos pelo rosto dela - Vamos que eu também tô faminta.

Eles foram para o estacionamento onde estavam os carros.

Ludmilla: Vamos no meu, depois a gente pega o seu aqui - Disse para a esposa.

Brunna: Não, não vou deixar meu carro aqui.

Léo: Eu vou com a mamãe! - Disse e Nina imediatamente se agarrou mais a Ludmilla indicando que iria com ela.

Eles foram até o local e se divertiram bastante. As duas optaram por não falar sobre o assunto pendente ali pois queriam uma conversa mais íntima.

Quando terminaram de comer e viram que as crianças já estavam exaustas, resolveram ir para a casa. Elas chegaram no local e imediatamente botaram os filhos no banho e logo cada um foi pôr um para dormir.

Brunna: Você acha que o Papai Noel vai te dar presente, sendo que você chupa chupeta? - Perguntou acariciando a testa da filha, enquanto estava ajoelhada ao lado de sua cama.

Nina: Posso te contar um segredo? - Perguntou sussurrando após tirar a chupeta da boca.

Brunna: Sim - A mulher falou no mesmo tom se aproximando um pouco mais da menina.

Nina: O Papai Noel não existe - A Loira fez uma cara de assustada fingindo estar surpresa.

Brunna: Quem falou isso pra você?

Nina: Eu vi a mama botando os presentes na árvore no natal passado - Revelou - Ela acha que o Papai Noel existe, então eu finjo que existe também.

Brunna: Não podemos desiludir a sua mama, né? - A menina assentiu com a cabeça.

Nina: Eu contei pro Lê sem querer o que eu vi, então ele também finge pra mama.

Brunna: Vocês são muito espertos - Falou sorrindo - Agora fica quietinha e dorme que amanhã cedo você vai lá pra sua Vovó.

Nina: Como sempre - Foi a última coisa que falou antes de por a chupeta.

Brunna: Boa noite, meu amorzinho - Beijou a testa dela - A mamãe te ama.

A menina ficou sentindo o carinho da mãe e então pegou no sono rapidamente. Brunna deu um último beijo na testa dela e foi até o quarto do Léo. Vendo que ele já dormia, ela apenas o observou sorrindo e partiu para o seu quarto.

Adentrou pela porta e teve a visão da esposa já adormecida na cama. Pelas roupas e o jeito que estava deitada, ficou claro que ela adormeceu a esperando. Ela sorriu a olhando e foi para o banheiro. Tomou um rápido banho e logo foi até a esposa para tirar pelo menos as roupa mais pesadas que ela vestia.

Ela tirou os sapatos e as meias, logo desabotoou a calça dela. Quando estava descendo a peça, a mulher despertou.

Ludmilla: Amor - Ela sussurrou com os olhos quase fechados.

Brunna: Dorme, meu bem - Ela terminou de tirar a calça dela e começou a subir sua camisa.

Ludmilla: Eu dormi sem querer - Resmungou levantando o tronco para ela tirar a camisa.

Brunna: Pronto, pode dormir agora - Deu um beijinho nos lábios dela e pôs o edredom encima de seu corpo.

Ludmilla: Eu não tomei banho.

Brunna: Amanhã você acorda e toma - Desligou a luz e deitou atrás dela a abraçando pelas costas.

Ludmilla: Boa noite, meu amor - Deu um beijo na mão dela e fechou os olhos.

Brunna: Boa noite... meu amor - A última parte ela sussurrou quase inaudível e apertou a esposa entre os braços logo adormecendo.

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