44° Capítulo

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CONTINUAÇÃO...

Brunna: Eu não sei ainda - Ela a olhou apreensiva.

Ludmilla: Vamos conversar sobre isso com calma quando chegarmos em casa, tá bom? - Ela tirou a mão do câmbio e pôs na coxa dela, dando uma pequena apertada.

Brunna: Tá.

Elas foram até a casa da Mia e pegaram os filhos, logo partindo para a própria casa.

Brunna: Acho que alguém tá precisando de um banho - Falou se abaixando e cheirando o pescoço do filho.

Léo: Eu não tô fedendo - Ele tentando escapar das cócegas que a mulher fazia.

Brunna: Não tá, mas tá precisando de um banho mesmo assim - Beijou a bochecha dele e se levantou - Vai indo lá separar sua roupa, que eu já vou te ajudar.

O menino sorriu animado e subiu as escadas correndo.

Brunna: Não é pra correr, Leonardo! - Gritou lá de baixo.

Nina: Ele é teimoso, mamãe - Falou negando com a cabeça.

Ludmilla: À senhorita acha mesmo que vai escapar do banho? Pode indo lá, que depois nós vamos ver um filme juntos.

Os quatro tomaram banho e, após tomarem café da tarde, se sentaram no sofá para assistir a um filme na Netflix.

Léo: Eu vou sentar do lado da mamãe! - Disse animado e correndo para o sofá.

Nina: Não! Eu que vou! - Resmungou tentando alcançar o irmão.

Brunna: Tem dois lugares ao meu lado, parem de brigar - Abraçou um filho com cada braço quando eles se sentaram ao seu lado.

Ludmilla: E eu fico sozinha? - Fez um bico.

Nina: Pode me abraçar também, mama - Falou já que estava entre a Loira e a morena.

Ela se aproximou dela, segurou a mão da menina e da esposa ao mesmo tempo.

O filme que viram não era tão legal, mas os constantes comentários de Nina faziam com que todos rissem.

Nina: Eu não entendi nada, mamãe - A menina reclamou.

Brunna: Nem eu, filha - Falou rindo.

Ludmilla: Esse filme é uma grande porcaria! - Concluiu.

Léo: Tinha que ser escolha da mama mesmo - Falou baixinho, mas Ludmilla ouviu.

Ludmilla: Tá dizendo que eu tenho mau gosto?- Fingiu estar brava.

Brunna: Pra essas coisas você tem, amor, desculpa - Apoiou o filho, rindo.

Ludmilla: É complô? - Franziu as sobrancelhas - Agora vocês vão ver!

A mulher se jogou encima dos três e começou a fazer cócegas onde alcançava.

Nina: Para, mama! - Nina era a mão atingida por ser a que estava mais próxima dela.

Brunna: Se você não parar, eu vou morrer! - Exclamou dessa vez.

Ludmilla: Exagerada! - Parou o que fazia e deu um selinho na boca da esposa - O que acham de pedir uma pizza?

Brunna: Ué, mas não é pesado pra eles? - Arqueou as sobrancelhas.

Ludmilla: Ainda é cedo, amor, até eles dormirem já fizeram a digestão.

Ela pediu um pizza, comeram e ainda levaram um bom tempo para deixarem os filhos na cama e irem para o próprio quarto.

Ludmilla: Que livro é esse, amor? - Perguntou sentando ao lado da esposa na cama.

Brunna: Cidades de Papel - Mostrou a capa para ela e seguiu lendo.

Ludmilla: É bom? - Puxou a coberta e cobriu as pernas, ficando com o tronco nu de fora.

Brunna: Não - Falou rindo - Mas eu não consigo começar um livro e não terminar. ( auto: Pois eu paro viu kkk)

Ludmilla: Sei bem - Deu um beijo no braço dela.

A mulher pôs o marcador de página, fechou o livro, o pôs no criado-mudo e olhou para a esposa.

Brunna: Eu tô seriamente cogitando a possibilidade.

Ludmilla: De quê?

Brunna: De ir para Portugal participar do tratamento experimental. O que você acha?

Ludmilla: Eu acho que é uma grande oportunidade que caiu do céu pra nós nesse momento - Pegou a mão dela e começou a acariciar - Mesmo que não seja algo certo, vai ser a tentativa que mais lhe passará confiança, não? - Ela assentiu com a cabeça - Então eu acho que você deveria se inscrever mesmo.

Brunna: O único problema vai ser ficar longe das crianças - Suspirou - Não queria me afastar deles de novo.

Ludmilla: Como assim? - Largou a mão dela estranhando a fala dela - Você não vai ficar longe de ninguém, amor, nós vamos com você!

Brunna: Lógico que não, Ludmilla! - Ela rebateu - São seis meses! Eles não podem mudar de rotina tão drasticamente assim. O Léo tá na escola e...

Ludmilla: Eu não vou te deixar sozinha! - Se virou de frente para ela.

Brunna: Amor - Suspirou - Você não pode deixar nossos filhos aqui. Você tem que apoiar eles enquanto eu tiver fora, não quero que achem que eu os abandonei de novo.

Ludmilla: Primeiro de tudo, você nunca os abandonou - Pôs a mão no rosto dela - E segundo, eu não consigo mais ficar esse tempo todo longe de você.

Brunna: Eu também não, Ludmilla! Mas em pouco tempo, eu estarei de volta - Acariciou o rosto dela.

Ludmilla: Eu sei, mas... Tem que haver um jeito de nós irmos junto com você.

Brunna: O melhor a se fazer é você ficar aqui com nossos filhos e eu entro em contato todos os dias. Não vai ser tão ruim.

Ludmilla: Eu quase entrei em colapso quando você ficou um ano sem poder vir pra casa por causa do coma - Seu olhar demonstrava desespero.

Brunna: Só que dessa vez eu vou estar acordada e sempre mantendo contato com vocês, amor - Acariciou o cabelo moreno dela.

Ludmilla: Seria egoísta se eu pedisse para você não ir?

Brunna: Seria, Você sabe que isso é melhor, e eu queria muito vocês três lá comigo, acredite, eu queria demais, mas não podemos expor nossos filhos a essas mudanças repentinas. São apenas seis meses, você vai aguentar - Beijou a testa dela.

Ludmilla: Então você tá decidida? Vai se inscrever mesmo? - Olhou nos olhos dela.

Brunna: Eu vou - Deu um pequeno sorriso - Só assim eu vou conseguir viver em paz. Se der certo, ótimo, se não der, a minha consciência vai estar tranquila por eu ter tentado.

Elas ficaram apenas se olhando por alguns minutos.

Brunna: Não me olha assim, você sabe que isso é o melhor.

Ludmilla: Eu sei, meu amor - Ela mordeu o lábio inferior - Eu tô feliz pela oportunidade, eu só não queria ter que ficar longe de você - Deu um sorriso triste.

Brunna: Que tal a gente não pensar nisso agora? Eu nem sei se vou passar nos testes - Tentou amenizar o clima.

Ludmilla: Tá bom.

Brunna: Vamos aproveitar esse tempo juntinhas. Vem - Ela se deitou e puxou a esposa, a abraçando com força - Eu adoro ficar com o rosto enfiado em você - Falou com o rosto no pescoço dela.

Ludmilla: Eu sinto de madrugada, quando você respira minha pele - Deu uma risadinha.

Brunna: Seu cheiro é gostoso - Ela desligou o abajur e voltou a abraçar a mulher - Dorme bem, meu amor, te amo!

Ludmilla: Eu também te amo! - Deu vários longos selinhos na esposa e então elas pegaram o dono ainda abraçadas.

Quase Tudo Perdido...Onde histórias criam vida. Descubra agora