18° Capítulo

1K 112 35
                                    

NARRAÇÃO...


Ludmilla: Você tá com a camiseta do lado contrário - Sorriu ao ver a loira com o desenho da camisa virado para as costas.

Era o dia da estreia do filme do Capitão América. A morena sempre foi fã do super-herói e insistiu que a Brunna a acompanhasse na estreia.

Brunna: Eu só tô indo, por que você que pagou - Falou retirando a camiseta e botando da maneira correta.

Ludmilla: Eu sei, você já repetiu umas cinco vezes  - Deu uma risadinha segurando a cintura dela e dando um selinho em seus lábios.

Brunna: Se eu dormir no meio do filme, não vem me encher o saco - Avisou.

Ludmilla: Se eu ver que você ficou com sono, eu te encho de beijos. Pode ser? - Olhou apaixonadamente para ela.

Brunna: Tá perigoso esse trem aqui, Ludmilla - Ela mordeu o lábio inferior olhando para ela.

Ludmilla: Você acha isso ruim? - Acariciou a pele macia de seu rosto.

Brunna: Eu não sei, mas temo que não - Deu um sorrisinho.

Ludmilla: Então vamos logo ou vamos pegar a fila gigantesca - Deu alguns beijinhos no pescoço dela e se afastou pegando sua carteira e a chave.

Silvana: Já vão? - Perguntou ao ver o casal saindo do quarto de mãos dadas.

Ludmilla: Sim, temos que comprar coisas para comer ainda - Disse.

Brunna: Me deseje boa sorte - Brincou com a mulher mais velha.

Silvana: Boa sorte, minha filha - Sorriu - Juízo vocês duas.

Ludmilla: A gente é adulto, mãe - Revirou os olhos - Tchau!

Elas foram para a moto da morena e então partiram em direção ao shopping.

Brunna: Quanta gente - Olhou impressionada para a fila.

Elas compraram pipoca e refrigerante e entraram na sala de cinema. Enquanto esperavam os trailers terminarem, o casal ficou trocando alguns beijos e carícias.

Brunna: Quando vai acabar? - Perguntou entediada quando não havia passado nem meia hora de filme ainda.

Ludmilla: Mal começou - Sorriu - Você tá entediada? - Tirou os olhos da tela e encarou os castanhos profundos da loira.

Brunna: Sim - Fez um biquinho.

Ludmilla: Como é manhosa - Sorriu e encaixou uma mão na nuca dela a puxando para um beijo.

Aquele filme tinha grande importância para ela, mas nada valia mais do que a presença daquela mulher ao seu lado e ela largaria qualquer coisa por ela.

Durante o beijo, a morena desceu a mão pelo braço da companheira e levou até o bolso da frente da calça.

Brunna: Eita - Sorriu vendo onde a mão dela estava - Eu gosto de adrenalina, mas não acho uma boa ideia fazer isso aqui no cinema.

Ludmilla: Deixa de ser besta - Sorriu e tirou duas alianças pratas de dentro do bolso - Você quer namorar comigo?

Ela olhou para os olhos dela que brilhavam e logo direcionou o olhar para a aliança.

Brunna: Você não é nada romântica - Deu uma risadinha.

Ludmilla: Eu sei que não, me desculpe - Elas sussurravam por estar no meio do filme - Mas eu não quero me envolver com ninguém mais, que não seja você, por isso estou propondo esse compromisso.

Brunna: Nós duas somos péssimas com essas coisas - Mordeu o lábio inferior.

Ludmilla: É, nenhum de nós esteve em relacionamentos sérios, mas tenho certeza que vamos conseguir fazer dar certo. Você aceita? - A olhou com expectativa.

Brunna: É claro que eu aceito....





Brunna despertou ofegante e se sentou na cama rapidamente. Aquele sonho parecia muito real, como se fosse algo do passado vindo à tona.

Brunna: Que merda é essa? - Resmungou pressionado os olhos com as mãos - Por que até nos meus sonhos essa mulher aparece?

Ela se levantou da cama e foi até o banheiro. Lavou seu rosto e logo voltou. Tentou todas as posições possíveis para voltar a dormir, mas o sonho havia mexido com sua mente. Ela estava com uma vontade quase que incontrolável de ir até o quarto em que Ludmilla estava, mas sabia que aquilo seria um perigo total.

O sonho havia feito ela se recordar do beijo dela, mais uma vez e a necessidade de sentir os lábios da mulher se fez presente.

Brunna: Era só o que me faltava - Resmungou suspirando a apoiando aos braços no rosto - Eu não posso querer essa mulher desse jeito.

Brunna deu um soco na cama e se levantou da mesma. Ela saiu do quarto lentamente e caminhou até o quarto do lado, que era o de hóspedes. Pensou em bater na porta, mas não queria que a morena acordasse, então apenas a empurrou lentamente tentando não fazer barulho.

Ludmilla: Algum problema? - Ele abriu os olhos assustada e viu a mulher na porta.

Brunna: Que sono leve - Reclamou.

Ludmilla: Tenho dois filhos pequenos, até passos me acordam.

Brunna: Eu só... nada, tchau - Ela já ia sair, mas ela chamou seu nome.

Ludmilla: Você deve ter vindo aqui por algum motivo - Se sentou na cama esperando as palavras da mulher.

Brunna: Eu tive um sonho esquisito - Resolveu falar.

Ludmilla: Tipo um pesadelo? - Tentou entender.

Brunna: Não, um sonho mesmo. Não sei se foi sonho ou lembrança, mas me fez ter sentimentos estranhos - Parecia uma criança descobrindo as cosias.

Ludmilla: Quer sentar aqui e me contar o que foi?- Bateu no colchão.

Brunna se aproximou lentamente com uma batalha mental se deveria ou não se sentar ali.

Brunna: Foi bobeira - Decidiu ouvir a razão.

Ludmilla: Não foi bobeira, se você acordou e veio até aqui, é porque foi sério - Se levantou e ficou de frente para ela.

Brunna: Não, foi besteira mesmo - Não se afastou, apenas olhou para os lábios dela - E acho que não é uma boa idéia a gente conversar assim - Seu olhar foi para o corpo dela coberto apenas por uma calcinha box.

Ludmilla: Desculpa, não esperava visitas - Ela nem tentou esconder o corpo.

Brunna: Eu vou voltar pra lá - Ela ia se dirigir para a porta, mas a morena puxou seu braço, a fazendo se chocar em seu peito.

Ludmilla: Tem certeza que não veio aqui com algum objetivo? - A proximidade fez com que as respirações ficassem misturadas.

Brunna: Que objetivo eu poderia ter? - Ela estava quase fechando os olhos agora.

Ludmilla: Não sei, me diz você - Passou o nariz pelo dela.

Brunna: Acho que eu vou ir deitar - Ela roçou seus lábios nos dela.

Ludmilla: Vai, sua cama tá te esperando - Pôs a língua para fora e passou nos lábios dela sutilmente.

Brunna: Para - Ela sussurrou levando as mãos até a nuca dela.

Ludmilla: Para você - Ela rodeou a cintura dela com os braços.

Os lábios estavam quase se encostando, quando foram interrompidos por uma voz.

??: Mamãe? - A voz de Nina os fez se afastarem rapidamente.

Brunna: Oi, meu amor? - Estava tão desconcertada que nem reparou como chamou a menina.

Nina: Posso dormir com você? - Coçou os olhinhos.

Brunna: Pode - Balançou a cabeça para voltar a si - Boa noite - Falou para Ludmilla e já saiu do quarto, segurando a pequena pela mão.

A morena se jogou na cama e suspirou. Com certeza não seria nada fácil resistir áquilo que se passava.













A tensão dessas duas não para brincadeira kkkkkkkkkkkkk

Quase Tudo Perdido...Onde histórias criam vida. Descubra agora