NARRAÇÃO...
Ludmilla: Você tá com a camiseta do lado contrário - Sorriu ao ver a loira com o desenho da camisa virado para as costas.
Era o dia da estreia do filme do Capitão América. A morena sempre foi fã do super-herói e insistiu que a Brunna a acompanhasse na estreia.
Brunna: Eu só tô indo, por que você que pagou - Falou retirando a camiseta e botando da maneira correta.
Ludmilla: Eu sei, você já repetiu umas cinco vezes - Deu uma risadinha segurando a cintura dela e dando um selinho em seus lábios.
Brunna: Se eu dormir no meio do filme, não vem me encher o saco - Avisou.
Ludmilla: Se eu ver que você ficou com sono, eu te encho de beijos. Pode ser? - Olhou apaixonadamente para ela.
Brunna: Tá perigoso esse trem aqui, Ludmilla - Ela mordeu o lábio inferior olhando para ela.
Ludmilla: Você acha isso ruim? - Acariciou a pele macia de seu rosto.
Brunna: Eu não sei, mas temo que não - Deu um sorrisinho.
Ludmilla: Então vamos logo ou vamos pegar a fila gigantesca - Deu alguns beijinhos no pescoço dela e se afastou pegando sua carteira e a chave.
Silvana: Já vão? - Perguntou ao ver o casal saindo do quarto de mãos dadas.
Ludmilla: Sim, temos que comprar coisas para comer ainda - Disse.
Brunna: Me deseje boa sorte - Brincou com a mulher mais velha.
Silvana: Boa sorte, minha filha - Sorriu - Juízo vocês duas.
Ludmilla: A gente é adulto, mãe - Revirou os olhos - Tchau!
Elas foram para a moto da morena e então partiram em direção ao shopping.
Brunna: Quanta gente - Olhou impressionada para a fila.
Elas compraram pipoca e refrigerante e entraram na sala de cinema. Enquanto esperavam os trailers terminarem, o casal ficou trocando alguns beijos e carícias.
Brunna: Quando vai acabar? - Perguntou entediada quando não havia passado nem meia hora de filme ainda.
Ludmilla: Mal começou - Sorriu - Você tá entediada? - Tirou os olhos da tela e encarou os castanhos profundos da loira.
Brunna: Sim - Fez um biquinho.
Ludmilla: Como é manhosa - Sorriu e encaixou uma mão na nuca dela a puxando para um beijo.
Aquele filme tinha grande importância para ela, mas nada valia mais do que a presença daquela mulher ao seu lado e ela largaria qualquer coisa por ela.
Durante o beijo, a morena desceu a mão pelo braço da companheira e levou até o bolso da frente da calça.
Brunna: Eita - Sorriu vendo onde a mão dela estava - Eu gosto de adrenalina, mas não acho uma boa ideia fazer isso aqui no cinema.
Ludmilla: Deixa de ser besta - Sorriu e tirou duas alianças pratas de dentro do bolso - Você quer namorar comigo?
Ela olhou para os olhos dela que brilhavam e logo direcionou o olhar para a aliança.
Brunna: Você não é nada romântica - Deu uma risadinha.
Ludmilla: Eu sei que não, me desculpe - Elas sussurravam por estar no meio do filme - Mas eu não quero me envolver com ninguém mais, que não seja você, por isso estou propondo esse compromisso.
Brunna: Nós duas somos péssimas com essas coisas - Mordeu o lábio inferior.
Ludmilla: É, nenhum de nós esteve em relacionamentos sérios, mas tenho certeza que vamos conseguir fazer dar certo. Você aceita? - A olhou com expectativa.
Brunna: É claro que eu aceito....
Brunna despertou ofegante e se sentou na cama rapidamente. Aquele sonho parecia muito real, como se fosse algo do passado vindo à tona.
Brunna: Que merda é essa? - Resmungou pressionado os olhos com as mãos - Por que até nos meus sonhos essa mulher aparece?
Ela se levantou da cama e foi até o banheiro. Lavou seu rosto e logo voltou. Tentou todas as posições possíveis para voltar a dormir, mas o sonho havia mexido com sua mente. Ela estava com uma vontade quase que incontrolável de ir até o quarto em que Ludmilla estava, mas sabia que aquilo seria um perigo total.
O sonho havia feito ela se recordar do beijo dela, mais uma vez e a necessidade de sentir os lábios da mulher se fez presente.
Brunna: Era só o que me faltava - Resmungou suspirando a apoiando aos braços no rosto - Eu não posso querer essa mulher desse jeito.
Brunna deu um soco na cama e se levantou da mesma. Ela saiu do quarto lentamente e caminhou até o quarto do lado, que era o de hóspedes. Pensou em bater na porta, mas não queria que a morena acordasse, então apenas a empurrou lentamente tentando não fazer barulho.
Ludmilla: Algum problema? - Ele abriu os olhos assustada e viu a mulher na porta.
Brunna: Que sono leve - Reclamou.
Ludmilla: Tenho dois filhos pequenos, até passos me acordam.
Brunna: Eu só... nada, tchau - Ela já ia sair, mas ela chamou seu nome.
Ludmilla: Você deve ter vindo aqui por algum motivo - Se sentou na cama esperando as palavras da mulher.
Brunna: Eu tive um sonho esquisito - Resolveu falar.
Ludmilla: Tipo um pesadelo? - Tentou entender.
Brunna: Não, um sonho mesmo. Não sei se foi sonho ou lembrança, mas me fez ter sentimentos estranhos - Parecia uma criança descobrindo as cosias.
Ludmilla: Quer sentar aqui e me contar o que foi?- Bateu no colchão.
Brunna se aproximou lentamente com uma batalha mental se deveria ou não se sentar ali.
Brunna: Foi bobeira - Decidiu ouvir a razão.
Ludmilla: Não foi bobeira, se você acordou e veio até aqui, é porque foi sério - Se levantou e ficou de frente para ela.
Brunna: Não, foi besteira mesmo - Não se afastou, apenas olhou para os lábios dela - E acho que não é uma boa idéia a gente conversar assim - Seu olhar foi para o corpo dela coberto apenas por uma calcinha box.
Ludmilla: Desculpa, não esperava visitas - Ela nem tentou esconder o corpo.
Brunna: Eu vou voltar pra lá - Ela ia se dirigir para a porta, mas a morena puxou seu braço, a fazendo se chocar em seu peito.
Ludmilla: Tem certeza que não veio aqui com algum objetivo? - A proximidade fez com que as respirações ficassem misturadas.
Brunna: Que objetivo eu poderia ter? - Ela estava quase fechando os olhos agora.
Ludmilla: Não sei, me diz você - Passou o nariz pelo dela.
Brunna: Acho que eu vou ir deitar - Ela roçou seus lábios nos dela.
Ludmilla: Vai, sua cama tá te esperando - Pôs a língua para fora e passou nos lábios dela sutilmente.
Brunna: Para - Ela sussurrou levando as mãos até a nuca dela.
Ludmilla: Para você - Ela rodeou a cintura dela com os braços.
Os lábios estavam quase se encostando, quando foram interrompidos por uma voz.
??: Mamãe? - A voz de Nina os fez se afastarem rapidamente.
Brunna: Oi, meu amor? - Estava tão desconcertada que nem reparou como chamou a menina.
Nina: Posso dormir com você? - Coçou os olhinhos.
Brunna: Pode - Balançou a cabeça para voltar a si - Boa noite - Falou para Ludmilla e já saiu do quarto, segurando a pequena pela mão.
A morena se jogou na cama e suspirou. Com certeza não seria nada fácil resistir áquilo que se passava.
A tensão dessas duas não tá para brincadeira kkkkkkkkkkkkk
![](https://img.wattpad.com/cover/333784577-288-k601646.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Quase Tudo Perdido...
RomanceVocês sabem que sou dessas de que quando quer deixar vocês curiosos, eu deixo né? Então sem Spoiler kkkkkkkk. FIC INTERSEXUAL