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Scarllet Le Blanc

Paro para respirar, sinto minha garganta arder de tão seca. Respiro fundo e abro minha garrafinha de água.

É a terceira volta que eu dou pelo terreno, preciso me exercitar, se eu ficar mais um minuto lá dentro vendo aquelas garotas se derretendo por aquele infeliz é capaz de eu pular da sacada do meu quarto.

Faz dois dias que meu pai esteve aqui, estou esperando ansiosa pela minha expulsão, talvez eu tenha que falar com a mãe dele. Eu só quero ir embora daqui.

Ainda tenho a droga de outro jantar com ele.

Vejo Reggie se aproximar com uma roupa de treino.

- Estava correndo ? - assinto - Tem uma área de treino aqui estou indo pra lá, você quer ir?

- Quero, não sabia que você treinava

- É tipo isso.

Concordei e segui ele.

[...]

Coloco a barra de ferro de volta no lugar e vejo dois dos seguranças treinando corpo a corpo.

Viro meu rosto pro Reggue, "é tipo isso" o cara tá com uma coca-cola na mão e um salgadinho no meio das pernas assistindo os caras lutarem.

Me arrasto pro lado desse sedentário.

- Você vem pra comer?

- Eu pensei que você ia comer comigo - ele levantou outro pacote de salgadinho mas você veio treinar - ele faz cara de nojo.

- Esse é o objetivo do lugar Reggie.

- Pra que vou aprender a socar alguém se quando eu saio meus seguranças vão juntos - revirei os olhos e volto a olhar os seguranças.

Aprender a lutar foi uma escolha minha, claro que tive que aprender escondida meu pai nunca aceitaria isso. Por que uma mulher que está se preparando para ser submissa ao marido vai aprender a socar?

Bom se você pensou: pra socar o marido, está certíssima.

Eu morro logo em seguida mas devolvo soco.

[...]

Coloquei um vestido e desci pra sala de estar.

A sala estava vazia, ele está atrasado.

Aposto um rim que não é por motivos de negócios. Tô Falando sério quando digo que a futura senhora Cole vai servir de rena pro papai noel.

Vou até o mine bar que tem no canto da sala e me sirvo, só bêbada pra aguentar aquele machista. Devo estar no meu quarto copo, quando noto ele se aproximando.

- Já tá enchendo a cara?

- Tenho que aturar você - ergo o copo- único jeito.

Vinnie Hacker

Tem algo nessa garota que me incomoda muito. E eu nem sei dizer o que é.

- Perdão pelo atraso - me sento, estou uma hora atrasado.

Não vou mentir dizendo que foi trabalho porque não foi.

Ela vira pra mim com um sorriso no rosto

- Por favor, não se desculpe, quanto menos tempo ao seu lado melhor.

Meu Deus se eu chegar a cogitar casar com ela alguém me dá um tiro bem no meio da testa.

- Soube que estava treinando com os meus seguranças hoje.

Pego um copo pra mim também, ouvi de um dos segurança que a garota sabe socar

- Sim, treino desde os 13 - ela da um gole na bebida.

- Não sabia que o Lee tinha treinado você - Que eu saiba as garotas não recebem treinamento tático.

- Não treinou, aprendi sozinha - ela sorriu - posso muito dedicada.

- Nem tanto - ela me encara - Sua dedicação pra manter as pernas fechadas não foram muito boas.

Sinto algo atingir meu rosto, abro o olho, não acredito que ela jogou a bebida na minha cara.

- Vai se fuder seu babaca - passo a mão pelo rosto - Não gosta de mim ? Me manda embora, mas não tenta ficar pisando em mim.

- Só falei a verdade - minha mão está coçando pra revidar.

- Não, eu não sou Virgem - ela me encara com raiva - Transei com 2 homens em toda a minha vida e beijei três, o primeiro cara que eu beijei tinha 14 anos e isso me custou duas costelas quebradas.

Ok, não posso negar que o negócio das costelas foi meio agressivo.

- E você? Quantas pessoas beijou, ou melhor transou? - Fiquei quieto.

- Você não faz ideia e mesmo assim acha que tem moral de ficar me xingando tenho certeza que você tava comendo alguém enquanto eu estava aqui te esperando.

Ela levanta e pega a bolsa.

- Por que você não fez a porra de um contrato com alguma outra máfia, sério uma seleção? Você tá achando que é a porra de um príncipe de alguma distopia?

- O contrato não seria viável - digo entre dentes.

- Por que?- ela quase grita.

- Por que a garota que meu pai queria era você, ele só aceitaria um contrato se fosse você.

Por sorte minha mãe interferiu

- Que? - os olhos se arregalam

- Se eu tivesse feito a porra de um contrato - me levanto ficando de frente pra ela - Você seria minha esposa nesse exato momento - estamos muito perto, perigosamente perto.

- Garanto que a coisa mais útil que você fez na vida foi não assinar o contrato - ela tinha um sorriso nos lábios pintados de vermelho, mas eu sabia que ela estava nervosa, vi ela engolir em seco quando eu me aproximei.

Gostei da reação, talvez a repulsa que ela sente por mim não seja assim tão grande.

- Por que você está nervosa querida ?- ela me encarou e se aproximou mais um pouco, ela estava muito perto, suas mãos arrumaram a minha gravata e seus dedos subiram e roçaram meu maxilar ela deu um sorriso de canto e duas batidinhas no meu peito.

Droga, por que parece que tem oxigênio de menos nesse lugar?

- Boa noite senhor Cole - ela passou por mim e foi em direção as escadas.

𝖳𝗁𝖾 𝖬𝖺́𝖿𝗂𝖺 {𝖵𝗂𝗇𝗇𝗂𝖾 𝖧𝖺𝖼𝗄𝖾𝗋}Onde histórias criam vida. Descubra agora