At my clothes and trying to look busy

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Recomendo ler esse capítulo escutando a música Human do Rag'N'Bone Man

Draco Pov:

Eu tinha certeza que sabia exatamente o que o amor significava quando tinha 13 anos, eu acreditava que assim que o meu amor aparecesse, eu o reconheceria imediatamente, o meu amor se apaixonaria por mim a primeira vista, o meu amor saberia todas as minhas coisas favoritas, o meu amor iria sempre me fazer sorrir, eu sentiria meu coração acelerar, minhas mãos tremerem e eu saberia naquele momento que eu havia o encontrado.

Sei que pode parecer um sonho adolescente, uma história de romance clichê que só acontece em livros, mas eu acreditei nisso durante anos da minha vida e me senti frustrado por nunca ter encontrado o meu amor, mas a verdade é que eu fui cego o tempo todo, eu não o havia reconhecido, pois a forma como começamos foi totalmente o oposto do que eu imaginei, eu mantive meu amor longe e perto de mim ao mesmo tempo, eu só conseguia implicar com ele, pois era difícil entender que meus batimentos acelerados não eram por raiva e sim por estar totalmente apaixonado e não saber nem ao menos o que isso significa.

Eu estava sorrindo sentado a minha janela enquanto pensava a respeito dos meus sentimentos, passar tempo ao lado de Harry havia me ensinado muitas coisas, eu havia aprendido que mesmo que o amor assustasse no início, ele sempre trazia consigo momentos de conforto, de paz, trazia os abraços quentes, a compreensão, o diálogo, o coração acelerado, o frio na barriga, os beijos apaixonados e acima de tudo trazia a sua companhia para o resto dos dias.

Era engraçado pensar que ele sempre esteve ali e eu não o enxerguei, era como se todo esse tempo eu o olhasse nos olhos e não conseguisse ver todas as constelações que ele tem refletidas ali, era como se eu não conseguisse entender o brilho dos seus olhos verdes, era como se eu tivesse passado todo esse tempo de olhos fechados e agora eles finalmente se abriram, agora eu finalmente enxergava meu amor e havia prometido que o veria de todas as formas possíveis por todos os dias que me restassem.

Eu fechei os olhos por alguns segundos, conseguindo visualizar seu sorriso, seus olhos enquanto ele me olha, seu cabelo bagunçado enquanto ele está deitado em meu peito, eu sentia meu sorriso crescendo a cada lembrança que se passava em minha mente, eu lembrei de cada momento nosso, mas um me fez perder um pouco de ar, era a lembrança da noite na casa dos gritos, onde ele me mostrou as constelações que ele havia desenhado e entre elas estava a minha, no momento eu senti toda a felicidade me consumir ao entender o quanto eu era especial para ele, mas agora, sozinho, apenas com a minha lembrança, eu consigo admitir que o meu peito entrou em chamas, ninguém nunca havia demonstrado qualquer sentimento que chegasse perto disso por mim, ninguém nunca havia me dito que eu sou especial, ninguém nunca havia tocado meu coração assim como ele tocou.

Eu estava completamente perdido em meus devaneios, quando um grito me chamou atenção, eu rapidamente abri os olhos e me direcionei até o meu comunal, quando cheguei lá, meu estômago embrulhou completamente, meu pai estava ali, junto com outros 2 comensais, eles intimidavam todos os alunos, esses que por sua vez, tentavam se proteger.

Meu pai parecia escanear o local, como se ele fizesse uma varredura para me encontrar, eu sabia que ele queria me achar, sabia que não existia como fugir e para o bem dos meus colegas, decidi acabar com aquilo de uma vez, eu forcei minha perna a começar a andar e passo a passo eu me aproximei, tentando parecer o mais confiante possível, meu pai sorriu sadicamente quando finalmente me encontrou e eu sabia que aquilo não poderia ser algo bom, mas eu já estava ali, não havia como voltar atrás, eu respirei fundo e tentei buscar toda a minha coragem existente, juro que pensei no meu griffinório, afinal, ele sempre me fazia sentir forte.

- Olá pai.

Eu disse assim que me aproximei, ele andou lentamente em minha direção, como se estivesse escolhendo qual seria minha punição dessa vez, o sorriso sádico nunca abandonou seu rosto, o jeito que ele tinha a expressão dura me mostrava que ele estava completamente irritado, mas não faria nada enquanto estivéssemos em público, mas eu sabia que isso não duraria muito tempo, pois ele exigiria que saíssemos dali.

The story of us - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora