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*Riko On*

Jiraya estava de braços cruzados e me olhou de cima a baixo, cerrando os olhos quando encarou meus olhos.

— Você é bem diferente, confesso que me enganou direitinho. — Mordi minha bochecha, tentando disfarçar a preocupação.

— Não foi tão difícil assim. — Ele sorriu.

— A voz é a mesma...sinto muito por aquilo, você é só uma garota, estou um pouco envergonhado. 

— Eu já tenho 18 anos, não sou nenhuma garotinha. — Ele riu baixo e balançou a cabeça.

— Imagino que não, você é bem esperta, então me entregue o garoto. — Eu não me movi e o homem soltou um suspiro. — Assim vai ser mais difícil para você, Riko Wamuro.

Konoha já sabia sobre mim então não me surpreendeu que ele também já soubesse.

— Se quer ele então venha o pegar. — Jiraya me encarava seriamente, bem diferente daquele velho tarado de ontem.

— Não tenho muitas informações sobre suas habilidades, mas sei que você luta a curta distância...parece arriscado me aproximar sem saber o que você pode fazer.

Parecia piada, eu literalmente poderia ter o matado ontem mesmo, e me perguntei por que não fiz aquilo quando avistei o corvo de Itachi...acho que eu estava querendo só sair dali o mais rápido possível.

— Até que você é menos idiota do que parece vovô. — Joguei Naruto no chão ao meu lado e Jiraya o encarou. — Pode o pegar, se conseguir chegar perto é claro.

Jiraya me olhou e cerrou as sobrancelhas, ele deveria estar me achando uma idiota, e talvez eu fosse, mas eu não precisava ser mais forte que ele. Eu só precisava o tocar por uns vinte segundos, e ele estaria morto. Mas sei que seria difícil o pegar desprevenido agora, eu precisaria ser muito rápida. Tirei as sandálias que usava, juntamente da capa da Akatsuki e as joguei por cima de Naruto. Jiraya me olhou e não se aproximou diretamente, mas um sapo invocação surgiu e saltou por cima de Naruto, tentando o colocar dentro de sua boca, mas as raízes logo envolveram o corpo de Naruto, como uma cápsula, protegendo o garoto lá dentro. Jiraya me olhou meio confuso e surpreso.

— Não te vi fazer selos, e que tipo de jutsu é esse? Não parece ser doton.

— Você disse que não tinha muitas informações sobre minhas habilidades, mas eu acho que na realidade você não sabe nada. — O sapo abriu a boca e sua língua pegajosa se envolveu no meu corpo, prendendo meus braços e tronco, ele estava tentando me prender, Jiraya finalmente se aproximou, mas parou assim que o sapo soltou um barulho estranho. A língua dele desprendeu de mim, mas eu a segurei assim que meu braço foi liberado do aperto, eu só precisava encostar em algo para controlar sua alma, mas não apenas com as mãos, meus pés descalços tocavam o solo e meus braços estavam desnudos depois que retirei a capa do meu corpo. — Mas hoje você vai descobrir um pouco do que eu posso fazer.

O animal começou a ficar com um formato estranho, ficando todo deformado e então explodiu completamente, espalhando sua gosma e sangue pelo local, incluindo o meu rosto e o de Jiraya, que abriu os olhos ao ver seu animal morrer. O homem me olhou, seus olhos podiam dar medo em qualquer um naquele momento, até em mim, mas obviamente não me demonstrei estar nenhum um pouco abalada.

— Como você- — Ele saltou quando percebeu que algumas raízes tentaram prender ser pé, mas assim que voltou a encostar no chão mais raízes surgiram, mas ele era bem rápido então desviou mais uma vez ficando em cima de uma árvore, eu sorri de lado. O galho em que ele estava se retorceu, fazendo ele perder o equilíbrio e cair mais uma vez, e ter que desviar novamente para o topo de uma pedra. Ele parecia um pouco preocupado, o que me deixou um pouco aliviada, sinceramente eu sabia que seria quase impossível ganhar dele em uma luta, e ele por enquanto só estava me observando, assim que começasse a me atacar usando ninjutsu seria difícil para eu sair ilesa daquilo, então eu tinha que tentar acabar com aquilo antes que ele tivesse tempo de sacar que eu era quase uma completa falha quando se tratava de ninjutsu. — O que vocês pretendem fazer com a raposa?

A Garota RenegadaOnde histórias criam vida. Descubra agora