Capítulo 22

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- uau! - ele parecia surpreso - por favor envie meus comprimentos a chef

- obrigada - estava orgulhosa por tê-lo impressionado, mesmo não tendo a intenção

- como aprendeu a cozinhar assim? -

- praticando, minha tia cozinhava muito mal e vivíamos de congelados mas conforme fui crescendo fui tomando gosto pela cozinha, principalmente no preparo de massas -

- massas? Curioso... - ele disse mais para si mesmo do que para mim

Aproveitei a deixa para perguntar sobre o contrato que o Bill citou

- Heron me responde uma coisa -

- sim - respondeu entre uma garfada

- do que se trata o contrato que o Bill falou ontem? -

- um contrato de exclusividade - respondeu como se fosse óbvio

- você jura? eu não imaginava?! - respondi com deboche

- o contrato serve para resguardar a boate de qualquer coisa que possa prejudicá-la -

- eu ainda não entendi - sinto que ele não quer falar no assunto mas vou continuar insistindo

- o que impede uma dançarina de encontrar o cliente fora do clube? o contrato! e sem esse controle a casa tem prejuízos. A dançarina, e stripper e ate a puta devem trabalhar apenas e exclusivamente nas dependências da boate e qualquer pagamento deve ser feito a ela, posteriormente repassamos a parte das garotas no pagamento - ele começou a passar a mão na Artemis que acabara de subir na ilha - não sei se sabe mas todos os homens que frequentam a área privativa não são só clientes mas sócios permanentes -

- eles pagam uma mensalidade? -

- sim - ele franziu o cenho - o dinheiro que é transferido para sua conta não é nem metade do que eles realmente pagam, Bill criou os "serviços extras" para dar a elas a falsa sensação de liberdade, a grana fácil as corrompem facilmente e logo estão se prostituindo -

- isso é horrível! - estava borbulhando de raiva - eu estou recebendo menos do que deveria e nem a porra de um bebedouro nos temos? -

- isso já foi providenciado -

- o que? O meu aumento? -

- fala como se fosse um fardo dar para mim mas sei muito bem que adora quando te como da forma que merece -

- isso não vem ao caso - meu rosto corou e ele riu do meu desconforto - se alguém descumprir o acordo e se encontrar com o cliente? -

- o cliente é multado e pode até perder o direito de frequentar por tempo indeterminado - após uma pausa ele continuou - foi isso que separou seus pais -

- o que? sabe quem é o meu pai? -

- calma - ele pegou a minha mão na tentativa de me acalmar mas sem sucesso, estava muito agitada com a novidade - aparentemente a sua madrasta usou o contrato para evitar que eles ficassem juntos e foi o que influenciou na reconciliação dela com o seu pai, acontece que não só o cliente é multado mas a garota também e o valor é absurdo -

- estando grávida e sem grana? ela não quis arriscar! - soltei a mão dele - um contrato bobo foi o motivo dele abandonar minha mãe? -

- sim, eu sinto muito - ele me olhou nos olhos e eu só via pena

- não precisa sentir pena, eu não consigo sentir saudade de quem nunca conheci, só estou chateada em saber que meu pai é um covarde - na verdade eu estava devastada.

Minha - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora