Capítulo 44 - Heron

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Estava dirigindo já sem rumo, completamente transtornado, a cada minuto que passa sem ter notícias dela é um tortura sem explicação, senti a garganta se fechar e os olhos arderem, não me lembro da última vez em que chorei. Meu telefone toca e é o desgraçado do Dario.

- o que foi que aconteceu? - mal atendi e ele já começou a interrogar

- Eleonora descobriu tudo! apareceu do nada e levou a Liz com ela, pai - o informei desesperado

- como? Se acalma e me explica que diabos aconteceu, Heron - seu grito me deixou mais puto ainda

- A ratazana está na cidade e deu um jeito de se aproximar da Liz, parece que as duas se encontraram e foram fazer compras ou algo parecido. Saímos para jantar, Eleonora apareceu no restaurante e na primeira oportunidade apontou uma arma para Liz, bem na minha frente, ela não percebeu absolutamente nada porque a arma estava dentro de uma bolsa pequena - apertei os olhos com força para evitar que as lágrimas rolassem, quase bati na traseira de um carro mas freei a tempo - Eleonora me expôs afirmando que eu conheço Martino, mas Liz não quis me ouvir e foi embora com aquela desgraçada -

- isso só aconteceu porque você se envolveu com ela, e o pior, eu sabia e deixei que continuasse - Dario estava furioso e com razão

- eu amo essa mulher, pai - gritei para ele o que deveria ter sido dito a Liz quando ainda tínhamos tempo - eu sei que errei, sei que Martino me fez prometer que não tocaria em um fio de seu cabelo mas eu a amo mais do qualquer coisa -

- você tem consciência da gravidade disso? Eleonora não vai extorquir apenas ao Martino mas a nós também, ela sabe que não importa o preço você também estará disposto que pagar -

- você quer que eu implore, Dario? - gritei freando em cima de um homem - eu faço o que você quiser porra, mas me ajude a salvá-la, não por mim mas por Martino, seu amigo -

- eu não deveria ter permitido que o seu padrinho deixasse o serviço nas suas mãos, você não é capaz de ver uma mulher sem querer fode-la - Dario falava comigo da mesma forma que fala com seus subordinados, com desprezo e autoritarismo - olha só para você, de quatro pela garota. Você não vai intervir, sou eu quem vou resolver, Martino não vai chegar a tempo -

- não! - rosnei para ele

- não o que? - me retrucou da mesma forma

- você não vai tirar o meu direito de vingança, sou capaz de matar qualquer um que se coloque no meu caminho, até você, Dario - não vou ceder ou ele está comigo ou está contra mim - eu não vou parar, vou deixar um rastro de sangue e corpos até Eleonora, que vai ser morta pelas minhas mãos e não as suas -

- la bestia assetata di sangue! - ele ria ao se referir a mim como uma besta sanguinária - esse é filho que eu criei, e é assim, é louco por sangue que você vai conseguir a vingança que quer -

- me encontre no apartamento - ordenei

- chame o Jota, vamos precisar dele para a extração -

Minha - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora