me divirto, mas não numa festa

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Capítulo onze.

Pov. James.

Arrastado por Sirius, chegamos a comunal da Corvinal. 

Quando entramos, com a ajuda de alguns corvinos, o som é tão alto que tenho que tampar os ouvidos.

Remus ao meu lado faz o mesmo.

Foi uma baita surpresa ver ele se arrumando pra vir. Remus não é alguém de festas. Ele é muito parecido com Snape nesse sentido...

A noite mal começou e eu já pensei nele uma dúzia de vezes. Fala sério.

Remus continua ao meu lado, mas Sirius já se perdeu em meio ao aglomerado de gente.

— Vou buscar uma bebida. — Digo alto por conta da música. Ele balança a cabeça afirmativamente e depois acena para um banco que tem do lado esquerdo da comunal, insinuando que estará lá.

Afirmo e vou para o lado direito, onde montaram um bar improvisado, que funcionava através de magia.

A comunal da Corvinal era mais uma biblioteca. Tinha prateleiras de livros por todos os lados, estátuas da fundadora da casa e também do brasão, um corvo.

Olhando ao redor, desejando estar em qualquer outro lugar.

Sempre adorei festas. Nessas horas eu devia estar com Sirius, no meio das pessoas. Talvez, beijando alguém.

Mas hoje eu realmente queria apenas sumir.

Principalmente quando eu o vi.

Só pela sua cara, é possível notar que, assim como eu, foi arrastado até aqui.

Mesmo arrastado, e mais do que obviamente desconfortável, ele estava lindo...

Seu cabelo estava penteado e poderia jurar que ainda estava um pouco molhado. Snape não usava roupas pretas como todos os dias. E mesmo de longe, eu poderia dizer que, ou não eram dele, ou eram novas.

Suas roupas pareciam caras. Todas as peças, exceto os sapatos que eram brancos, de um azul escuro que contrastava bastante com sua pele albina e funcionava com as cores da comunal.

Sua calça era colada ao corpo, e quando ele virou de costas para falar com alguém que é insignificante, tive uma bela visão de sua bunda.

A pessoa insignificante com quem ele conversava se afastou e Severus ficou sozinho.

Ele tenta não parecer nervoso, mas noto sua mão brincando com a barra da camisa.

Então, pego as bebidas e vou até ele.

Remus não se importaria se eu desse sua bebida ao Severus, né?

Toco em seu ombro e ele se vira assustado para mim.

Logo, seu rosto se transforma em uma cara de irritação.

— Potter. — Ele diz.

É difícil escutar sua voz por conta do som.

— Severus. — Digo com um sorriso no rosto e aumentando meu tom de voz.

Ele diz algo em seguida, mas não o ouço.

— O quê?! — Digo.

Ele repete, dessa vez mais alto, e nem assim escuto.

Como não dava para escutar todo esse som do lado de fora, eu não sabia.

Tenho uma ideia quando ele começa a ficar ainda mais irritado por eu não o escutar.

Seguro as bebidas com apenas uma mão e com a outra o puxo para fora da sala comunal.

Assim que saímos, os copos se desfazem.

Corvinos espertos.

Não tem mais ninguém aqui fora e o som, misteriosamente, não ultrapassa as paredes. Eles devem terem feito um feitiço silenciador muito forte lá dentro.

Severus olha para mim e cruza os braços.

Aqui fora a iluminação é melhor, e como estamos mais perto um do outro, vejo todos os detalhes da sua roupa. E todos os detalhes, que consigo, dele.

Pela primeira vez, olho para o seu rosto de verdade.

Seu nariz é grande sim, e torto, mas parecia dar um ar mais sério para ele. Seus lábios não eram grossos, nem finos, mas um meio termo entre esses dois tipos. Estava em um tom vermelho forte, e eu queria muito descobrir se era assim mesmo ou se ele havia passado batom.

Não sei qual das duas queria que fosse verdade.

Suas bochechas eram um pouco fundas e sua pele hoje não estava amarelada.

Ou Severus estava corado, o que é impossível, ou estava usando blush ou estava irritado.

E a julgar por suas sobrancelhas franzidas, era a última opção.

— Por que você me trouxe aqui fora, Potter?!! — E a julgar pelo seu tom de voz, não era a primeira vez que ele perguntava isso.

Eu não tinha culpa se ele havia resolvido se arrumar como nunca hoje.

— Lá dentro o som estava muito alto. Não dava para te ouvir. — Sua expressão parece relaxar um pouco. Mas só um pouco.

— Que bom, agora não poderemos mais entrar pois não sabemos o enigma.

Fico confuso.

— Enigma?

— É, idiota. É necessário acertar um enigma pra entrar na comunal da Corvinal.

— Oh, eu não sabia disso...— Não sabia mesmo.

— Óbvio que não. Mas tanto faz, eu não queria estar aqui mesmo. — Ele já tinha me dado as costas, pronto para voltar para a comunal da Sonserina.

— Ei, espera! — Ele para de andar e se vira para mim. — É...e-eu não tenho nada para fazer agora...então, já que estamos os dois aqui...sabe...

— Diga logo, Potter. — Merlin, ele se irritava tão fácil.

— P-podíamos fazer algo juntos. Se você quiser, é claro... — Ele parece pensar por uns instantes, e minhas esperanças de que ele diga sim estavam altas.

— Hã...não, não quero. — Ele diz e se vira para continuar andando. A cada passo que dá é uma apunhalada em minhas esperanças.

Mas eu não sou de desistir.

E quando estávamos perto das masmorras, ele finalmente cedeu. Mas com a condição de que seria algo que ele quisesse.

Eu concordei.

Só não esperava que fosse me divertir fazendo poções.

Que fosse me divertir fazendo poções com ele.

◇◇◇◇◇◇◇◇◇◇◇◇◇◇◇◇

* Desculpem a demora! Espero que gostem.

Inveja // SNAMESOnde histórias criam vida. Descubra agora