desculpe

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Capítulo quatorze.

Pov. James.

Eles terminaram.

Eu não sabia o que sentir.

Quando Sirius me contou ontem que havia terminado com Severus, fiquei surpreso.

Não tanto, eu já imaginava que isso aconteceria eventualmente.

Sirius não falou o porquê, só que tinha acabado.

Ontem, segunda, só tivemos uma aula com a Sonserina e, misteriosamente, Severus havia faltado.

Ele nunca faltava as aulas.

Ele tinha ficado tão chateado assim com o término?

Havia tentado falar com ele, mas não o encontrei nos lugares de sempre.

Mas hoje tínhamos poções e transfiguração.

Então eu falaria com ele.

Principalmente porque Slughorn mandou todos sentarem com suas duplas para avançarem no preparo da poção Amortentia.

Ele nunca faltaria as aulas de poções, mesmo tendo faltado as de transfiguração.

Eu não queria saber o porquê dos dois terem terminado.

Eu tinha um objetivo, e esse objetivo era pedir desculpas a ele.

Por sorte, a aula de poções seria a última do dia. Então aproveito para repassar o que iria dizer ao Severus.

Como uma pessoa educada, direi boa tarde.

Então, irei direto ao ponto. Se tem algo que Snape odeia (além de mim e dos meus amigos) é enrolação.

Pedirei desculpas por tudo o que fiz, e irei garantir que ele saiba que são desculpas sinceras.

E depois, a aula irá seguir e ele concordará em fazer o trabalho comigo.

Não tinha como dar errado.

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Quando entramos na sala de poções, as duplas já se organizaram.

Respiro fundo e vou até ele que já está sentado no mesmo lugar de sempre.

Agradeço a Merlin por ele ter vindo.

Quando me sento, ao seu lado esquerdo, digo:

— Oi. Boa tarde, Severus. — O sorriso no meu rosto é amigável, e nem por isso ele responde. Nem me olhar, ele olha.

Seu olhar está fixo em livro de poções, em uma parte onde fala sobre a poção que temos que fazer.

Acho que aquela madrugada significou mais para mim do que para ele.

Mas tudo bem. Não me deixo desanimar.

— É...bom..— Limpo a garganta e me forço a continuar. Não imaginei que pedir desculpas a ele poderia ser tão constrangedor. — Sabe aquele pedido de desculpas que você falou?

Ele não me responde e continua com o olhar fixo no livro.

— Então...eu queria...quero, pedir desculpas a você por tudo o que te fiz. Sei que muitas das pegadinhas te machucaram fisicamente ou danificou seus materiais escolares. Peço desculpas por tudo isso. Também sei que falta apenas alguns meses para o fim do ano letivo, mas gostaria de comprar materiais novos para você...— Ele finalmente me olha. Apenas pelo canto do olho, mas me olha. Eu continuo:

— Sei que é pouco, mas é com sinceridade. — Digo isso olhando em seus olhos como posso. O buraco negro me puxa e puxa e puxa...

Desvio o olhar.

— Não preciso de sua gentileza, Potter. —Sua é baixa, mas rouca como sempre. Fico constrangido quando penso na mesma voz, porém dizendo outras coisas, perto do meu ouvido...

— A-ah...— Limpo a garganta e afasto esses pensamentos. — Severus, estou apenas tentando recompensar tudo o que lhe causei.

— Por que você não faz isso ficando longe de mim?

Uau. Que facada no coração.

— Bem que eu gostaria — Mentira.—, mas temos um trabalho para fazer juntos.

— Já disse que irei fazer sozinho.

— E eu já disse que não posso pegar detenção.

Íamos mesmo voltar a isso?

— Por que você não pode pegar detenção, Potter? — Ele me pergunta, com uma das sobrancelhas arqueada.

— Porque...porque...Hã, t-tenho compromissos. — Fico nervoso: Ninguém na escola sabe que Remus é um lobisomem. Ninguém além de mim, Sirius e Madame Pomfrey.

— Hum. Eu ainda não quero fazer o trabalho com vo...

— Ai, dá pra vocês calarem a porra da boca por um segundo? — Era o Black mais novo. Ele fazia dupla com Remus e estavam sentados a nossa frente.

Foi uma surpresa quando ele entrou na nossa turma já que ele é um ano mais novo do que todos aqui.

— Hã...estamos apenas conversando enquanto o professor não chega. — Digo.

— Caso não tenha notado, Potter — Ele fala o meu nome com o mesmo nojo que Severus. —, ele já chegou.

Olho para a frente da sala e ele está certo. Professor Slughon já havia chegado.

— E...eu e Lupin também estávamos tendo uma conversa. Então, se não for incômodo para você, quatro olhos, então eu gostaria que calasse a merda da sua boca.

Abro a boca para falar algo, mas Remus é mais rápido.

— Ei, não o chame assim.— Ele parecia bravo. Ninguém contraria um Remus bravo.

Black mais novo se vira para mim novamente e diz:

— Desculpe...—Eu estava começando a balançar a minha cabeça, para que ficasse claro que ele não devia se preocupar, quando ele completa: — Quatro olhos.

Ouço a risada de Snape ao meu lado se juntar com a de Regulos.

Por um momento eu me perco nesse som.

Se para ouvir esse som novamente eu tivesse que ser ofendido um milhão de vezes, eu não me importaria nem um pouco.

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Inveja // SNAMESOnde histórias criam vida. Descubra agora