Inveja // SNAMES

nisso, eu o retribuo.

Votem, pfv!

Capítulo vinte e seis.

Pov. Severus.

A vila era simples e todos pareciam se dar bem.

Por Regulos ser o único que fala chinês, ele nos guia entre as casas que eram praticamente coladas umas nas outras.

Uma senhora nos mostra a casa onde iríamos morar por um tempo e eu fico confuso.

Quando ela vai embora e já estamos todos dentro da casa, pergunto:

— Iremos morar todos juntos?

— É, Severus. Achou que cada um teria uma casa? — Regulos diz enquanto olhava a sala.

— Sim...

Ele ri e se vira para mim.

— Pense pelo lado bom: você vai ter Potter 24h por dia.

Arregalo os olhos quando processo a informação.

24h por dia?

Vinte e quatro horas por dia?

Eu...não aguentaria tanto.

— E um Sirius Black também. — Sirius diz. — Sim, gente, eu ainda existo.

— Só não terá um Remus Lupin porque esse é meu. — Regulos diz, logo dando um beijo no mesmo. — Vamos olhar os quartos.

— Tá doido pra inaugurar a casa né, Regulos? — Sirius diz ao meu lado, com um sorriso nada inocente no rosto.

— Sim, e vocês estão nos prendendo aqui.

Os dois vão lá pra cima e eu os sigo, afim de colocar James em uma cama.

—...Então...Severus....— Sirius começa atrás de mim e percebo que está me seguindo.

— Sirius. — Digo, começando a subir as escadas.

— É...você e o James né — Ele ri, mas parece constrangido.

Passo pelo quarto onde Regulos e Lupin estão e continuo a andar.

— Uhum. Eu e James. — Concordo com ele, apesar de não saber o que exatamente tava rolando entre eu e Potter.

— Hum. — Sirius fica ainda mais sem graça, mesmo assim, continua me seguindo.

Paro em um quarto e o olho. Tem uma cama de casal, uma estante vazia, uma cômoda e um guarda-roupa.

Entro e coloco James na cama. Procuro algum cobertor, mas não acho.

Transfiguro uma moeda que tinha em cima da cômoda em um e enrolo Potter.

Sirius ainda está lá, observando tudo.

— Black, se você tem algo a dizer, diga.

Ele suspira e se encosta na parede, ao lado da porta.

— Eu só fiquei chateado, sabe? Eu...eu gostei mesmo de você.

Eu o olho. Então ele age daquele jeito com quem gosta de verdade?

— Gostava mesmo, Sirius?

— Gostava. Pensei que talvez podíamos ter algo fora da escola. Pensei que...poderíamos ter um futuro.

— E você pensava nisso enquanto estava fodendo Lilian?

Ele olha para a cama, onde James está. Olha para mim novamente e pergunta:

— Ele te contou?

Eu solto uma risada seca.

— Não. Regulos me contou. Ele viu vocês dois.

Ele suspira e cruza os braços.

— Olha...eu não queria que acontecesse aquilo. A gente se beijou no jogo e...

— Então você escorregou e seu pau entrou nela. Caramba, que acidente.

— Por que você age como se ligasse?

Ele olha para mim, continuando:

— Você nunca gostou de mim mesmo. Eu era só um caminho mais fácil para você chegar no seu objetivo.

Eu me aproximo dele.

— Você acha que isso te dá o direito de me trair? Acha, Sirius?

— Você acha que tem o direito de exigir que eu ficasse apenas com você sendo que quando eu não tava olhando, você comia o James?

Eu rio da fala dele. Encaro seus olhos enquanto me aproximo ainda mais. É possível notar algumas lágrimas presas.

— Você acha que eu faria isso com você? Você acha que eu me desceria ao seu nível a ponto de fazer isso?

Algumas lágrimas escapam e ele não demora em as secar.

— Eu não sou você, Sirius. Não sou escroto a esse ponto. Sim, sou um babaca por ter usado você, mas nunca me diga que te traí. Nunca.

— Eu me apaixonei por você e dói saber que nunca foi recíproco. E agora você tá com o meu melhor amigo! Isso dói, porra!

Ele chora na minha frente e eu não sei o que fazer.

Sei como é a dor de um amor não correspondido.

— Dói muito. — Ele sussurra, se virando para sair do quarto.

Suspiro e puxo antes que faça.

Eu o abraço, pedindo desculpas em seu ouvido.

Ele agarra minha nuca e ombro enquanto chora.

Tudo o que posso fazer é retribuir o abraço.

Pelo menos nisso eu posso o retribuir.

Meu coração já pertencia a outro alguém.

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