Inveja // SNAMES

aqui é o seu lugar

Desculpem a demora.

Capítulo vinte e cinco.

Pov. Severus.

Faltava pouco para chegarmos, e após descobrir que podíamos usar feitiço de extensão aqui dentro, dormíamos em uma cama que eu havia transfigurado.

Ele dormia.

Seu cabelo estava mais emaranhado que o normal, estava sem óculos e babava em meu peito, grande parte da pele de seu pescoço estava marcada e a de sua cintura para baixo também.

Não fizemos apenas uma vez.

Eu não entendia o que estava sentindo.

Já tinha transado com outros garotos, com garotas também, e nem por isso senti esse sentimento genuíno, que eu não sabia decifrar o que era, que tinha em meu peito sempre que eu olhava para James.

Eu virava outra pessoa perto dele e não respondia por mim.

Meu coração acelerava e a minha respiração prendia.

O mundo em volta deixava de existir e tudo se resumia a ele.

James, James, James...

Eu suspiro e sinto a carruagem pousar.

Demoro minutos para conseguir acordá-lo.

- Já chegamos. Vamos. - Digo, o fazendo ficar sentado.

- Me deixa dormir, Severus. - Ele sobe em meu colo, se preparando para voltar a dormir.

O tiro de cima de mim antes que ele me convença.

- Não, James, temos que ir. - Ele bufa, mas se levanta.

Reclama de dor ao ficar em pé e decide se vestir sentado.

Me sento ao seu lado e pergunto se o machuquei.

Ele ri e termina de pôr as roupas.

- Só se for o tipo bom, Sev. - Ele me dá um selinho e me puxa para cima, me fazendo ficar de pé, mas continua sentado.

Levanta os braços para mim em um claro pedido para eu o carregar.

- James...- Ele franze as sobrancelhas de modo ameaçador e eu me corrijo, era uma ordem, não um pedido.

Eu o pego no colo e faço o possível para que ele não se machuque quando saio da carruagem.

Estávamos em uma área vazia onde só tinha grama.

A porta da carruagem ao lado se abre e Lupin sai dela com uma cara de sono.

A surpresa em seu rosto pelo jeito em que eu e James estávamos não dura muito.

O último citado já estava no décimo quinto sono.

Ninguém mandou querer fazer quatro vezes.

- É...- Limpo a garganta quando percebo a rouquidão em minha voz. - Dumbledore disse para onde temos que ir?

- Ele só disse que próximo daqui tem uma vila trouxa. Que não seria difícil de encontrar. - Lupin responde.

- Bom, ele não avisou que iríamos pousar no meio do nada.

Um estalo soa atrás de uma das carruagens, nos fazendo ficar alerta.

- Você tem que parar de ser assim, Sirius! - Relaxamos quando ouvimos a voz de Regulos.

- Assume, querido irmão, você pode ter sangue Veela, mas o meu pau é maior que o seu!

Logo eles aparecem em nosso campo de visão, e nem eu, nem Lupin perguntamos sobre o assunto que levou àquela fala de Sirius.

- Oi! Chegamos!

- Nem percebemos, Sirius. - Lupin zomba.

- Porra, o que que tu fez com o Potter? - Regulos pergunta e eu sinto o meu rosto esquentar.

- Uiui, pelo visto o negócio tava quente por aqui hein! - Sirius diz e meu rosto fica ainda mais vermelho.

- De verdade. - Regulos concorda.

- Dá pra vocês pararem? Precisamos chegar a vila.

- Okay, mas não pense que esqueceremos que você macetou o James. - Sirius diz.

Eu bufo e começo a andar em linha reta.

Os Black riem da minha irritação e Regulos grita, avisando que a vila fica para o lado esquerdo.

Mudo de direção, ficando longe dos três que faziam piadas maliciosas sobre mim e Potter.

Até Lupin participa.

Sempre soube que ele tinha uma mente suja.

Eu apenas ignoro os três, focando na sensação boa que a respiração de James em meu pescoço e seus braço em volta de mim me trazia.

Mais que desejava que ele não saísse daqui.

Em meus braços era o seu lugar.

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