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Capítulo vinte.
Pov. James.
A lua cheia não foi tão difícil quanto nas outras vezes.
Moony estava muito feliz e brincalhão.
Foi fácil para Sirius e eu cuidarmos disso.
Difícil foi me livrar da sensação de estar sendo observado.
Fiquei com ela a noite inteira e não gostei.
Quando Remus acordou, tinha menos cicatrizes do que o normal. Ele também estava sorrindo.
Nem Sirius, nem Pomfrey, e nem eu, sabíamos o que estava acontecendo com Moony, mas era bom o lobo interior de Remus não o machucar mais como antes.
Esperávamos que fosse assim em outras noites.
Assim que entramos nos terrenos da escola, a sensação de estar sendo observado voltou.
Só que em maior proporção.
Assim que saio do salgueiro lutador, depois de Remus, olho para cima e vejo toda a escola ali.
Olho para Madame Pomfrey e o olhar dela me diz que quando foi para a Casa do Gritos, não tinha ninguém.
- O que tá rolando? - Sirius pergunta para mim.
Eu responderia se soubesse.
- Eu acho melhor...continuarmos. - Damos alguns passos e uma voz nos manda ficar parados.
Não sei de quem é a voz.
Sonserinos, corvinos, grifinórios e lufanos estavam aqui.
Alguns professores também.
A professora de estudo dos trouxas aponta para Remus e grita para que todos ouçam:
- LOBISOMEM!
Remus ofega ao meu lado. Eu olho para Sirius. Como descobriram?
Os alunos e professores gritavam ameaças de morte e ida para Askaban.
Lembro da sensação de estar sendo observado que tive durante a noite toda.
Estávamos sendo espionados.
Digo isso para Sirius e ele me olha.
- Estávamos sendo espionados? Mas por quem? - Ele me pergunta. Eu dou de ombros. Não faço ideia.
Isso parece ser um convite para os outros, que começam a se aproximar.
Vejo que alguns tinham as varinhas erguidas, e com um olhar a Sirius, nos colocamos na frente de Remus e erguemos as nossas.
- Se darem mais um passo, não responderemos por nós. - Digo, e eles notam eu e Sirius.
- Vocês estão o defendendo? - Diz uma voz.
- É claro. Eles provavelmente já até sabiam. - Diz outra, e todos concordam com essa.
As ameaças deixam de ser apenas para Remus e passa a ser para nós três.
Nem por isso eu e Sirius abaixamos a guarda.
Conforme vão se aproximando, tenho visão de algumas pessoas que estão mais atrás.
Eu vejo Severus e Regulos.
Severus tinha os braços cruzados e uma cara nada boa.
O que será que ele tava achando disso tudo?
Nossos olhares se encontram, mas estamos longe demais para eu decifrar o que há no buraco negro.
Desvio o olhar para Regulos que olhava para tudo aquilo com a sua típica máscara de indiferença.
Daria tudo para saber o que ele estava pensando.
Será que estava com nojo de Remus?
Será que o queria morto como todas as outras pessoas?
Será que ele não via que Remus era apenas uma pessoa que foi abusada quando criança e sofre até hoje com as consequências?
Quando já estão perto o suficiente para lançar um Avada, sem chance de escapatória, Dumbledore aparece.
As pessoas gritam sobre Remus. Sobre Sirius. Sobre mim.
Apesar de nunca termos contado nada para o diretor, ele sabe.
Ele sempre sabe.
Ele abre a multidão para chegar até nós e manda todos voltarem para dentro do castelo.
Ninguém obedece, e ele não se importa.
- Peguem nas minhas mãos, meninos.
Nós o obedecemos e logo estamos em sua sala.
Ele nos manda sentar e serve xícaras com chá para nós.
Uma hora dessa e ele nos dando chá.
Espero que tenha o pó que ele usa todos os dias aí.
- Meninos, vocês estão bem?
Eu e Sirius concordamos.
Remus estava encolhido no nosso meio, perdido nos pensamentos.
Sirius põe a mão em seu ombro e repete a pergunta de Dumbledore.
- Sim, estou bem. - Remy diz e não é nada convincente.
- Ei...vai ficar tudo bem. - Digo, passando o braço por detrás dele.
- Estão me ameaçando de morte, James. Querem a minha morte.- Ele diz, e fica óbvio que ele estava perdido em pensamentos nada bons.
- Mas a gente não. E é isso que importa. - Sirius diz, colocando a cabeça de Remus em seu peito. - Juntos, vamos passar por isso. Somos os Marotos. Os três.
Sirius olha para mim, me pedindo desculpas pelo olhar. Depois que Severus me disse que Pads o traiu, fui até ele tirar satisfação.
Acabei descobrindo que ele realmente o tinha traído. E pior, com Evans.
Sirius disse que começou num jogo de verdade ou desafio e eles resolveram continuar após a festa.
Segundo ele não tinha rolado novamente, mesmo com Evans tendo insistido muitas vezes para isso.
Nós dois brigamos e fiquei surpreso por não focar na parte em que ele tinha transado com Lilian e sim na parte em que ele tinha transado com Lilian enquanto ainda namorava Severus.
Ficamos um tempo sem nos falarmos, e mesmo depois de voltarmos a trocar palavras, o clima ainda estava tenso.
Eu aceito suas desculpas e retribuo.
Não iria tolerar ficar nem mais uma hora bravo com ele.
E agora tínhamos que estar juntos mais do que nunca.
- Os três. - Digo, passando o outro braço pela cintura de Remus enquanto Sirius passa seus braços pelo pescoço.
Nós fazemos um sanduíche de Moony e a voz de Dumbledore mal chega aos nossos ouvidos e o mesmo se afasta.
Nunca deixaria Remus. Nunca deixaria Sirius. Ninguém deixa ninguém para trás.
Estaríamos juntos, não importa o que aconteça.
Nós três. Os Marotos.
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Inveja // SNAMES
FanfictionQuando seu melhor amigo começa a namorar, o sentimento que deveria te invadir é felicidade, ou algo parecido, por ele estar tão feliz. Talvez não tanta quando o namorado dele é seu inimigo há anos. Mas, com certeza, o último sentimento que você de...