Extra - Part One

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WILL POV

I was in your wet dream Driving in my car Saw you at the side of the road There's no one else around You're touching yourself, touching yourself Touching your, touching yourself Touching yourself You said, "Baby, do you want to come home with me?

Eu estava dirigindo pela estrada plana e larga em meio ao deserto americano com o som tocando alto.

A viagem de volta da Flórida para Chicago soava perfeita.

Eu estava na minha caminhonete, e não exatamente em uma carro conversível, mas sentia uma liberdade imensa quando atingia uma boa velocidade e o vento das janelas abertas fazia meu cabelo voar. Eu me senti em um misto de vídeo musical e final do filme de Thelma & Louise.

Eu coloquei minha mão esquerda para fora da janela, enquanto segurava o volante apenas com a direita, acelerei e abri a palma contra o vento que a pressionava para trás. Fechei os olhos e ri ao dirigir um tempo com os olhos fechados, uma mão sentindo o vento rápido e apenas a outra no volante.

Deve ser assim que liberdade soa.

Então, abri meus olhos novamente, fechei os dedos da mão e estiquei apenas o indicador e o dedo do meio imitando como se eles tivessem andando contra a paisagem árida do interior dos EUA.

Beam me up (beam me up)
Count me in (count me in)
Three, two, one (three, two, one)
Let's begin
Here we go (here we go)
Here we go (here we go)

- HERE WE GO! - Eu gritei junto com a música em estado de êxtase, voltando minha mão para dentro ao batê-la no volante no ritmo.

Eu olho pelo retrovisor, e vejo Edward sentado no banco de trás me encarando e eu sorrio. Ele sorri de volta.

E então meu sorriso vai se abrindo mais, e eu começo a rir. E a rir mais. Edward me acompanha. E então estamos gargalhando.

Eu gargalho muito, antes de abrir os olhos, sacudir a cabeça e soltar um grito comemorativo.

- YEEEEEEEEAH!

E eu volto a gargalhar, antes de aumentar o som novamente.

Here we go, here we go, here we go

Eu me sinto feliz. Eu me sinto pleno. E eu volto a sorrir enquanto passo a mão pelo meu cabelo para tentar controlá-lo em meio ao vento, enquanto acelero mais ainda, e o meu sorriso aumenta.

Eu não imaginava que matar Liam seria tão libertador. Parecia que havia tirado algumas toneladas do meu peito que prensavam o meu coração em forma de angústia.

Era simples, e estava feito.

***

Eu entrei atrasado no pequeno auditório.

O diabo já estava no pequeno palco falando todo o seu repertório de merdas, com uma foto de Mike projetada contra a tela branca atrás dele.

Hoje é a terceira apresentação que vejo desse pseudo-pesquisador que está se propondo a escrever uma biografia não autorizada do meu marido, e isso me irrita, pois ele sequer ouviu o que Mike tem a dizer, e por isso, escreveu cenas ficcionais sobre sua psicose. Entre estas, que ele teria iniciado a dissociação quando era criança, e criado o T ainda na adolescência, representando-o com um jovem delinquente ao qual o Estado não teve o devido cuidado de punir antes, para evitar que tudo acontecesse, criando assim uma aura mais sombria ao caso, como se esta já não fosse sombria o suficiente.

𝘛 [𝘉𝘺𝘭𝘦𝘳] Onde histórias criam vida. Descubra agora