𝘾𝙖𝙥í𝙩𝙪𝙡𝙤 𝘿𝙚𝙯𝙚𝙨𝙨𝙚𝙩𝙚

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𝐒𝐚𝐤𝐮𝐫𝐚

- Ele já está morto- digo para mim mesma.

Encaro o corpo morto do líder e minhas mãos manchadas de sangue, sentia também os respingos de sangue pelo meu rosto e respiro calma, estranhamente o sangue me alivia a níveis consideráveis.

Parte de mim estava aliviada, aquele homem havia ajudado no massacre do meu clã, não só isso, ele era aliado dos Uchihas. Maltratava os civis a níveis imperdoáveis, os fazia de escravos e não perdoava ninguém. Por que eu teria que perdoar?

Outra parte minha achava o que eu havia feito imperdoável. Não era a primeira vez que eu tirava a vida de alguém, e doía saber que não seria a última. Às vezes pensava como seria se meus pais e irmãos não tivessem sido mortos, eu teria crescido como uma princesa, uma dama com todas limitações possíveis.
Como seria uma vida não sendo pirata?

Virei para não ver mais o corpo caído ali e me deparei com mais dois corpos, os guardas do lugar. Eu era um monstro? Seria eu, igual os Uchihas? Eu não queria bancar a heroína nem nada do tipo, mas aliviava saber que o País da Terra não teria mais monstros no poder, era o que eu esperava.
Hinata havia ido matar o que todos achavam ser o líder, enquanto Neji e Lee cuidavam de todos os apoiadores.

Me sento no meio de todo o sangue e me recordo de quando tirei uma vida pela primeira vez. Era necessário, ser um pirata significava lutar para sobreviver. Significava dormir com um olho aberto e o outro fechado, "confiar é o primeiro passo para se enganar".

Cada membro do meu navio eu conhecia a anos, eles tiveram que provar que eu poderia confiar neles. Até mesmo os Hyuugas não conquistaram minha total confiança no começo.

Penso então no Uchiha e como todas nossas conversas não saiam da minha cabeça, como cada uma delas mexia comigo. E então penso na família dele e no palácio, estava a espera das cartas dos meus infiltrados, eu havia pedido que eles incriminassem uma cozinheira colocando veneno em algumas poucas comidas de famílias importantes, menos naquelas que eram experimentadas, infelizmente pedi para que colocassem para algumas crianças também.

Faziam parte da família, elas poderiam crescer e se tornar seres cruéis ou não, mas eu sempre preferia prevenir do que remediar.

- Capitã, está aqui?- ergo meu olhar e me deparo com Lee me olhando.

Vejo quando ele se senta ao meu lado e pergunta se estou bem. Dou um sorriso que eu esperava que não fosse triste, mas seu olhar me fez entender que não consegui passar a imagem que queria.

- O que houve minha flor de cerejeira?

Solto uma risada e Lee também ria, desde que me tornei capitã e ele se juntou a minha tripulação, ele parou de me chamar assim. Eram 3 anos sem ouvir aquele apelido que por muitas vezes eu odiei.

- Sua?- pergunto divertida.

Ele me abraça e encosto minha cabeça em seu ombro, me permitindo ser abraçada por ele mas não retribuindo o abraço.

- Não gosto de te ver assim.

- Você não precisa, pode sair e me deixar aqui até que eu me acalme.

Ele aperta mais o abraço como se dissesse que não iria a lugar nenhum. Conhecia Lee desde sempre, Guy era um morador do País do Fogo e tinha 9 anos quando todos do Palácio foram mortos, ele era só o irmão de um dos cozinheiros reais, e estava na cozinha cuidando de seu sobrinho, Lee, que era somente um bebê. Rin, que havia recebido da minha mãe a ordem de me levar e de levar qualquer pessoa que encontrasse no caminho, com ela, levou Guy e Lee para os piratas de Jiraya.

Eu cresci com Lee ao meu lado, quando pequenos ele se dizia completamente apaixonado por mim, eu não sentia o mesmo e com o tempo ele se apaixonou por outras pessoas e esqueceu sua paixão de criança. Sempre juntos não importava a ocasião. Estar ali nos braços dele era algo que não acontecia a algum tempo, ocupados e com tanto para fazer, mal conversávamos, isso por que Lee queria sempre que eu agisse como humana, por que de acordo com ele eu não agia assim com frequência.

𝙴𝚗𝚝𝚛𝚎 𝐌𝐚𝐫𝐞𝐬, 𝑅𝑒𝑖𝑛𝑜𝑠 E.. O 𝗔𝗺𝗼𝗿- 𝘚𝘢𝘴𝘶𝘚𝘢𝘬𝘶Onde histórias criam vida. Descubra agora