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4 anos antes

𝐑𝐢𝐧

𝐏𝐚í𝐬 𝐝𝐨 𝐅𝐨𝐠𝐨

Enfim voltei a por meus pés nesse lugar, esse país maldito e amaldiçoado, o mesmo se encontrava do mesmo modo do que quando parti, exceto pela obscuridade e tristeza que eram jogados com o vento, o ar parecia mais forte e nem mesmo as árvores ou a natureza pareciam a mesma. O que era um exagero da minha parte dizer que estava do mesmo modo, talvez em aparência eu não me enganava.
Os moradores não eram mais os mesmos também, seja em qualquer parte principalmente em Konoha, embora a maioria dos moradores da capital fosse a nobreza e a realeza.

Eu sabia onde tinha que estar e como iria encontrar meu alvo, e era por esse motivo que me encontrava caminhando para uma cafeteira com minha mala sendo o único barulho ouvido, era de manhã e ninguém, todos que eu via, ninguém conversava entre si.

Entrei no local e avistei poucas pessoas, mas quem eu queria encontrar ainda não estava, caminhei até o balcão e me sentei, o atendente perguntou o que eu queria, mas eu esperaria que "ele" chegasse para que eu enfim pedisse.

Quando a porta do local foi aberta, me virei disfarçadamente e o encontrei desacompanhado, no mesmo horário que me disseram que "ele" frequentava o lugar. Ele, Obito Uchiha, o homem cujo o clã é temido e, respeitado somente pelas piores pessoas, caminhou até o balcão e se sentou duas cadeiras a minha direita, esperei o momento que ele fosse fazer seu pedido, e entrei em ação.

- Um cappuccino com canela- dissemos juntos, eu não gostava de canela, mas sabia que ele sim e, propositalmente pedi junto dele quando o vi movimentar a boca.

Só então o Uchiha me encarou e percebi seu olhar me analisar de cima abaixo, eu estava sentada mas ainda assim dava para ver como eu me vestia, me sentia desconfortável com aquele vestido azul, era colado na parte de cima e justo em baixo, saltos pretos apertavam meu pé e andar com eles era pior do que andar em uma prancha prestes a ser devorada por tubarões, acredite eu sei! E em vez de ter as costumeiras maquiagens roxas somente uma em cada bochecha como as marcas de nascença que eu possuía na região, usava uma maquiagem totalmente diferente do habitual, nos olhos e bochecha, eu estava usando batom nos lábios e odiava a sensação de tudo aquilo. Por que algumas mulheres se "pintavam" tanto?

Mantive um contato com ele por poucos segundos e sorri minimamente, voltando minha atenção para o atendente sem saber se o outro sorriu ou não em resposta.

Quando enfim fomos servidos, tomei calmamente sem pressa, sabendo que no momento certo as coisas aconteceriam.

- Essa bebida é a melhor coisa para se tomar de manhã- comento para ninguém em questão, sabendo que era isso que o Uchiha ao meu lado pensava, era tão fácil quando sabemos quase tudo sobre a nossa vítima.

Mais uma vez sinto seu olhar em mim, mas dessa vez não retribuo e continuo tomando meu cappuccino, infelizmente ele não puxa assunto algum. Me levanto pagando a bebida e saio, sem olhar para trás.

...

Passei a frequentar o lugar todos os dias no mesmo horário, sempre vendo Obito Uchiha e sempre fazendo o mesmo pedido, o que me enojava.

Como alguém podia gostar daquela bebida?

As roupas, comidas e convivência, todo aquele País regido por aquela família, estava me submetendo aquilo por um bem maior, eu sabia, mas estava sendo cansativo.

Obito não puxara assunto no começo e eu tive que ser criativa para chamar sua atenção, com o tempo, o homem passou a conversar e querer saber mais sobre mim, e isso me divertia por dentro, ter uma nova "identidade", me fazer de inocente e ingênua era bom.

𝙴𝚗𝚝𝚛𝚎 𝐌𝐚𝐫𝐞𝐬, 𝑅𝑒𝑖𝑛𝑜𝑠 E.. O 𝗔𝗺𝗼𝗿- 𝘚𝘢𝘴𝘶𝘚𝘢𝘬𝘶Onde histórias criam vida. Descubra agora