𝘾𝙖𝙥í𝙩𝙪𝙡𝙤 𝙉𝙤𝙫𝙚

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𝐒𝐚𝐤𝐮𝐫𝐚

- Eu estou conseguindo Byakugou, logo vingarei a todos- sussurro enquanto passo os dedos pelo meu querido navio.

Lembro então de 3 anos atrás quando o ganhei, mestra Tsunade me presenteou com o mesmo 3 dias antes de falecer. Ela não era o tipo de mulher que presenteava alguém, aquele foi o primeiro presente que eu ganhara da mesma na vida.
Eu tentei agradecer, mas ela era difícil de se lidar e então só me convidou para beber, como sempre.

Sentia falta dela, embora nunca fosse dizer em voz alta.
A única coisa que restara dela comigo são o conhecimento que adquiri com aquela mulher incrível, lembranças estranhas e divertidas, as péssimas manias que ela tinha e que com o tempo eu passei a ter também e o Byakugou.

- Queria que você pudesse me responder- sussurrei novamente ainda conversando com meu navio. Estava escuro e eu estava sozinha no bombordo.

Uma ventania soprou sobre mim e, se eu fosse uma mulher de crenças mitológicas ou estranhas, poderia até ter visto como sinal ou algo a mais. Mas, eu sou feita de fatos, argumentos e realidade, se algo não fosse dito e, por sua vez, comprovado, então eu não acreditaria.

- Não fique andando por aí de noite e descalço!

- Já disse que odeio quando me dá ordens Hina.. O que faz acordada? Deveria dormir.

- Soube que o Uchiha quer conversar com você, sabe o que é?

- Não e nem ligo.

- Uma aliança com alguém da família seria de ultilidade, pode engana-lo dizendo que não o matará e depois mate-o.

- Eu estava tendo uma conversa calma com Byakugou e você atrapalhou.

- Aposto que esse rapaz entende- disse fazendo uma espécie de carinho no navio.

- Não me traga assuntos chatos, ok? Não tenho interesse nisso.

Observo de longe os tripulantes que estavam fazendo guarda noturna e quando olho para cima vejo Shikamaru observando o céu pela cesto da gávea.

- Tudo calmo e aconchegante, digo, até você chegar com esses assuntos chatos e sem graça sobre uma aliança com as pessoas que eu mais odeio nessa vida.

- Achei que a vida fosse feita de oportunidades, ele é tonto e Rin mesmo disse que ele não é como os outros, agarre isso a seu favor.

- Não!

- Não seja tola capitã, isso dará certo.

- Confiar é o primeiro passo para se enganar.

- Do que adianta não confiar em ninguém?

- Eu confio, confio em você e nos outros, mas... eu não confio nos Uchihas e as pessoas que seguem a eles.

- Por que você tem que ser tão teimosa?

- Esse é uns dos defeitos que eu levo como qualidade.

- Estamos arrumando as coisas para ir para a vila da chuva?- Hina muda de assunto, sabendo que eu não cederia.

- Claro.. lá vamos encontrar com o bando de Pain e confirmar com eles quais são as pessoas que apoiam a família Uchiha, depois iremos em cada país e deixaremos um aviso para que parem de apoiar a eles, embora os que tenham ajudado na matança do clã Haruno, morrerão.

- Justo..- ela falou.

Voltei meu olhos para a frente e, embora o navio não estivesse no mar, me senti navegando por aí com ele. Hinata passa a observar comigo em silêncio.
Meus pensamentos voam livremente, para coisas que eu não queria pensar. Como seria caso eu conseguisse realizar minha vingança? Tudo indicava que eu conseguiria.. Era estranho pensar que eu teria que parar de navegar por ai, o mar sempre foi como meu lar, o navio e seu balançar era o que me acalmava e me fazia dormir.
Imaginar uma vida sem isso, era como imaginar que parte de mim seria tirada, uma parte significativa.

Afinal, eu era uma pirata desde sempre, minhas primeiras palavras foram sobre navios e piratas, eu crescera com essa brutalidade e essa vida, como seria viver sem isso? Sentada em um trono liderando um país. Sempre amei liderar, embora eu me desse bem com o jeito rude e estranho das pessoas ao meu redor, como uma princesa deveria se portar? Teria eu, que me provar muito mais digna do que quando pirata?

E então, os Uchihas vieram a minha mente, assim como as histórias que minha mestra contava para mim. Eles eram monstros que queriam o poder acima de tudo e ditadores que queriam que suas regras ridículas fossem seguidas.

Uchihas são como vermes, fora uma das primeiras coisas que eu aprendi.

"Não é por que um Hyuuga matou outra pessoa que todos os Hyuugas são assassinos"

Olho para Hina e então me recordo de como a conheci.

Tinha 9 anos e estava voltando para meu navio depois de Jiraya, meu capitão, pedir que eu buscasse bebidas para todos. Tsunade caminhava ao meu lado com bebidas na mão quando fomos surpreendidas por uma luta entre um tripulante do nosso navio que parecia querer proteger o dinheiro. Lembro que Jiraya o mandou para recolher um pouco por aqui, e um homem que nunca vimos, um ladrão pelo visto. Na verdade quando chegamos a luta acabara e, o tripulante caira morto no chão.
Minha mestra, irritada com a situação, partiu para cima do homem e então começou a bater no mesmo, que já estava fraco, até mata-lo, o que não demorou muito.

- Não se rouba de ladrões. Esse homem é um Hyuuga- falou para mim enquanto se levantava e limpava suas mãos, eu por minha vez admirava o sangue e sua cor chamativa.

- Como a senhora sabe? E quem são os Hyuugas?

- Eu sei por que seus olhos possuíam cores de uma pérola e os cabelos eram escuros e brilhosos, além é claro de seu modo de lutar. Existe uma lenda sobre os Hyuugas, uma que eu não acredito claro, mas ela explica o por que de seus olhos e cabelos sempre serem assim em cada membro da família... pegue essas bebidas, irei levar o corpo do nosso companheiro.

Voltamos a andar e eu ficara curiosa sobre a lenda, até que um choro alto começou, parecia um choro de bebê e então, viramos nossos corpos e encolhidos em um canto se encontrava duas crianças que pareciam ter mais ou menos a minha idade e um bebê no colo.

- Hyuugas..- eu disse.

- Devemos mata-los- Tsunade disse e riu quando viu minha reação- o que foi? Não viu o que o outro fez? Temos que pensar, não ache que Jiraya irá ajudar ou que eu ajudarei.

- Por favor, não façam nada com a gente- a menina pediu com a voz fraca, eles pareciam cansados e com fome.

Encarei Tsunade e sabia que deveria ajudá-los, afinal não era eles os assassinos ali.

- Eiii, eu estou te chamando, não está ouvindo?

- Hina, vá dormir, eu vou ir resolver algo.

Saio com pressa deixando a garota para trás e vou até onde os reféns estavam. Dessa vez, é Suigetsu e Neji que estão vigiando a porta, digo algo que vem na cabeça no momento e entro na sala.

Havia pouca iluminação ali mas era o suficiente, o péssimo cheiro não me incomodava, afinal nunca estive em muitos lugares cheirosos antes. Vou até os reféns que estão amarrados cada um deitado em uma cama afastados o suficiente um do outro dormindo.

- Ok...

Vou até uns dos baldes limpos no canto e os encho com a mangueira que tinha ali, a água era gelada e mesmo não fazendo frio no ambiente, eu sabia que aquilo não seria bom. Fui até o Uchiha e joguei toda a água nele.

- MERDA.

Ele me encara e eu observo o seu guarda, vendo que nem com o grito o mesmo não acordou, ele era patético!

- O que.. O que você quer?

- Vamos conversar Uchiha.

⭐️

𝙴𝚗𝚝𝚛𝚎 𝐌𝐚𝐫𝐞𝐬, 𝑅𝑒𝑖𝑛𝑜𝑠 E.. O 𝗔𝗺𝗼𝗿- 𝘚𝘢𝘴𝘶𝘚𝘢𝘬𝘶Onde histórias criam vida. Descubra agora