C20

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S/n Cabello Lyonne Point of View

— Eu duvido muito você me pegar! - Lucca grita me subestimando. Me abaixo e pego um bolo de neve fazendo uma bola, corro atrás dele e jogo bem em suas costas. — Vou contar para a minha mãe! - Me dá língua.

— Não cansa de ser um bebê chorão? - Ele corre até mim e pula no meu colo. — Você está pesado, cai fora. - O garoto gargalha e impulsiona os nossos corpos para trás me fazendo cair com as costas na neve e afundar. — Seu pestinha! - Me faz cócegas, o que eu não consigo sentir por conta dos casacos grossos. — Me deixe levantar agora. - Empurro ele que cai de bunda no chão.

— O que acha de fazermos uma festa de boas vindas quando o Isaac nascer? Falei sobre isso com a mamãe, ela disse que é uma boa ideia. - Ele diz se levantando e tirando a neve do casaco.

— Sim, amigão, é uma boa ideia. - Ofereço um sorriso.

— Certo, agora quem chegar por último é a mulher do padre! - Grita e sai correndo pela neve até a casa. Acabo rindo tentando acompanhá-lo.

Viemos para uma viagem em Montana no oeste dos Estados Unidos. Aqui é bem frio e neva quase o tempo todo. Meus pais estão conosco juntamente com os pais e irmãs de Camila, Adelina, suas filhas, irmãs e esposo. Nosso pequeno Max também está curtindo a viagem.

Decidimos fazer algo em família e está sendo bom. Nesse período que meu pai está em tratamento posso dizer que está progredindo realmente, foi algo que na hora que aconteceu me afetou tanto que eu não soube como expressar mas, pensando bem, hoje eu de fato consigo aceitar que, não havia como evitar isso.

Meu coração continua esperançoso e agora mais persistente dessa vez, confiante de que tudo ficará bem em breve e estou acreditando nisso. Tendo fé, primeiramente. O ciclo se encerrou e ele saiu dessa com muita coragem, o que eu agradeço muito, agora é questão de pouco tempo para que tudo volte ao normal.

Confesso que tive dias turbulentos em que a angústia me consumiu completamente, confesso que teve horas que eu achei que era o fim e me encontrei no fundo do posso mas, Camila mais uma vez me fez enxergar as coisas de uma maneira diferente, ela me fez ter esperança, me fez enxergar que não estava acabado.

— Alex, pode me ajudar com isso? - Ouço a voz da minha esposa ao entrar na casa, logo vejo o garoto ajudar ela a colocar o casaco. Sua barriga está enorme e ela quase mal consegue andar direito sem parecer que está pesando para os dois lados.

— Pra onde a donzela pensa que vai? - Ela olha para trás com o nariz vermelho por conta do frio, Ethan aparece com duas xícaras nas mãos e oferece uma para Camila e outra para Alex.

— Fiz chocolate, você quer? - Pergunta atencioso, apenas nego com a cabeça. — Mamãe vai andar a cavalo, eu disse a ela que você não iria deixar.

— Mas não vou mesmo, já viu o tamanho da sua barriga? Não vou deixar você subir em um cavalo! - A mulher me olha de forma petulante, como se eu não mandasse em nada. Só um olhar e eu já sei o que ela quer dizer.

— Não me faça acabar com a sua marra. Sabemos quem manda aqui. - Coço a cabeça, ela é mesmo teimosa demais. — Irei montar nesse cavalo e nada vai me impedir, estou grávida e não morta, logo darei a luz e poderei dizer ao meu filho que sou radical ao fazer isso prestes a tê-lo, farei história! - Diz animada. Mas... O que ela está pensando?!

Ela balbucia sua bebida e deixa em cima da mesa, logo sai do cômodo fechando o casaco que mal fecha em seu corpo por conta do relevo grande. Camila parece um grande boneco andando com os braços e pernas abertos. Corro até a porta e paro em frente impedindo sua passagem.

Welcome (Camila/You G!p) - Segunda TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora