C25

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Agora é só boiolagem.

Camila Cabello Lyonne Point of View

— Que pezinho mais lindo, meu amor! - Estela abre um sorriso manhoso e bem banguela quando deixo beijinhos em seus pés. Estamos sentadas no gramado da nossa casa tomando sol pois hoje o dia está lindo. Os meninos brincam na rua com seus amigos e S/n, eles estão jogando futebol.

Estela faz uns barulhinhos fofos com a boca, ela é muito esperta e observadora apesar de tão novinha.

Meu coração esquenta ao analisar os pezinhos de minha filha e lembrar das vezes que peguei suas roupinhas e imaginei esse momento, me sinto realizada de um jeito extremo. S/n aparece toda suada usando um top e abre um sorriso vindo em minha direção. Nossa filha está atenta olhando para cima tentando se virar e mexendo as mãozinhas.

— Como estão as minhas meninas? - Se senta ao meu lado me fazendo sorrir para ela.

— Estamos bem, esse sol está maravilhoso. - Comento confortável.

— O dia está mesmo lindo, os meninos deram a ideia de irmos para a praia, acha que é uma boa levar Estela? - Pergunta confusa.

— Ela ainda está muito novinha, mas vocês podem ir e eu fico aqui. - Brinco com as mãozinhas de minha filha que sorri banguela.

— Podemos deixar isso mais para frente então, não está com cede? Está calor. - Limpa o suor da testa deixando sua barriga livre para apreciar. Meu coração bate mais rápido e minha garganta fica seca.

— Começou a ficar calor desde a hora que você chegou aqui. - A mulher ri animada pela minha cantada.

— Está dando em cima de mim? Pois saiba que sou casada. - Brinca mostrando a aliança e levantando o nariz. — Mas por você eu até que vou... - Minha boca se abre.

— Ah é? Olha, não me faça bater em você. - Ela gargalha achando graça. — Postei uma foto no Instagram e todos estão comentando. - S/n pergunta qual e eu mostro.

— Que fofo os pezinhos dela. - Olha para Estela sorrindo. — Você é tão linda filha, igual sua mãe. - A pequena sorri para ela se remexendo mais e S/n sorri mais ainda.

Ficamos mais um tempo no gramado até que o sol foi aumentando e eu decidi entrar com o bebê, deixei Estela na cadeirinha após mamar e voltar a dormir e comecei a preparar o almoço.

— O Max está todo sujo. - S/n comenta chegando na cozinha com os cabelos arrepiados.

— Não me diga, não deixe ele entrar em casa. - Só foi eu fechar a boca que o cão entra animado correndo pela cômodo sujando todo o chão de lama. — S/N! - Grito chamando a atenção dela que arregala os olhos e se levanta tentando pegar o cachorro mal-criado. — Tira ele da minha cozinha agora! - Max late animado como se estivéssemos mesmo gostando das artes que ele está fazendo, o cão dribla S/n brincando com ela lhe deixando para trás.

— Ele é muito rápido! - Diz correndo atrás dele. Bufo irritada olhando para o chão com marcas de patas.

Ótimo dia!

[...]

Observo S/n trocar a fralda de nossa filha, a pequena está atenta com as mãozinhas na boca enquanto olha para a mãe interessada. S/n faz caretas e a menina sorri banguela lindamente se remexendo ao adorar as gracinhas de sua mãe.

Estalo o pescoço sentindo meu corpo pesado, é realmente muito difícil cuidar de um bebê, eu e S/n revezamos e na maioria das vezes ela se encarrega de ficar com Estela pela madrugada mas eu acordo para dar de mamar, então S/n fica acordada comigo me dando apoio para que eu não fique com as costas muito doloridas.

— Mãe, está aí? - Ethan coloca a cabeça para dentro do quarto.

— Oi, fala! - Respondo me levantando da cama.

— Elas chegaram. - Avisa.

— Vai lá, já desço. - S/n diz e eu concordo. Desço as escadas vendo Alessia e Ava sentadas na sala conversando com Lucca e Alex.

— Sei que marquei de sair com vocês mas eu estou exausta, já avisando. - Paro em frente a elas.

— Onde está Estela? - Alessia pergunta olhando em volta. Cruzo os braços arqueando a sobrancelha.

— Aliás, por quê estão aqui? - Questiono confusa.

— Oras, para ver o bebê. - Ava responde óbvia. Bato a mão na testa e Alex gargalha.

S/n desce com a nossa filha que logo é paparicada e voltada de atenção.

— Ela se parece tanto com você. - Alessia comenta intercalando o olhar de S/n para Estela.

— A menina é a sua cara, não tem nem como dizer que a filha não é sua. - Ava diz sorrindo.

— É mesmo um absurdo, eu carrego a criança por nove meses e sinto uma dor absurda para tê-la para ela vir com a cara da outra mãe. - Comento de braços cruzados e S/n gargalha olhando para Estela.

— Sério, Estela é S/n todinha. - Alex diz analisando as duas.

— Ela tem os lábios iguais os de Camila e o formato do rosto também. - S/n responde para me recompensar.

Passamos a tarde fofocando e jogando conversa fora, aproveitei para fazer uma sobremesa e assim curtimos juntos.

Mila! - Ouço alguém chamar. Estou deitada no sofá com S/n, nossas amigas já foram embora há um tempo e Estela está dormindo então estamos descansando. Sinto o peito de minha esposa subir e descer, levanto o olhar e vejo ela dormindo. — S/N! - Me levanto devagar para não acorda-lá, eu estava quase pegando no sono também.

Esfrego os olhos caminhando até a porta e abro vendo minha sogra prestes a bater de novo.

— Minha nossa, minha mão quase caiu! Me matei de gritar e ligar. - Reclama emburrada.

— Desculpe Mada, acabamos cochilando no sofá . - Respondo dando espaço para ela entrar.

— Onde está minha neta? - Questiona ansiosa, um bocejo sai de meus lábios e me espreguiço.

— Graças a Deus está dormindo, custou para ela dormir. Estou exausta. - A mulher se vira sorrindo e me abraça apertado. — Como você está? - Pergunto atenciosa. A mulher suspira e segura meu rosto sorrindo carinhosa.

— Com muitas saudades dele. - Responde com emoção em seus olhos. Meu coração se contrai e um suspiro escapa.

— Sabe que pode ficar aqui o tempo que quiser... - Assim que saí do hospital os primeiros dias Madalena passou conosco aqui em casa, ela dizia que não conseguia ficar lá sem lembrar de seu marido e isso a entristecia. S/n queria que sua mãe ficasse com a gente, se mudasse de vez e eu concordei com isso já que nossa casa é grande e Madalena é uma mulher maravilhosa conosco. Mas a mulher não aceitou, mesmo que insistimos muito ela disse que sua casa é o lugar onde ela deveria estar.

Ela suspira fundo a acaricia meu ombro.

— Estou aqui para ver a Teté, ela consegue encher o meu peito de alegria nesses momentos e então me sinto feliz. - Um sorriso fraco se abre em meu rosto.

— Venha, vamos lá pra cima. - Abraço os ombros de Madalena e caminho com ela até o quarto de minha filha. Observamos a pequena dormir tranquilamente sem preocupações, Madalena se mantém em silêncio velando o sono de sua neta.

Estela é absurdamente amada por toda família, e eu tenho a sorte de fazer parte de uma família tão preciosa assim. Eu amo os meus filhos, amo o meu pequeno Lucca, o meu tão inteligente Ethan e minha estrela Estela.

Eu amo minha esposa, com todo o meu coração eu a amo profundamente e ela ao menos tem a ideia da profundidade dos meus sentimentos de tão extensos que são. Ela não sabe que me salvou da solidão, me deu uma família de verdade e me mostrou que o amor não é uma perda de tempo. O amor é a salvação. O amor cura onde dói.

E eu sou grata por isso.

Welcome (Camila/You G!p) - Segunda TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora