Welcome (Camila/You G!p) - Segunda Temporada

C14

Camila Cabello Lyonne Point of View

— Que nervoso! - S/n murmura esfregando as mãos enquanto esperamos na recepção.

— Você fica assim toda vez. - Comento já acostumada com essa afobação dela.

— Se eu perguntar a médica em particular o sexo, vocês vão ficar bravas? - Leo questiona me fazendo rir. — Prometo que não conto pra vocês. - Tenta nos convencer.

— Aí mesmo que sua filha tem um treco do coração. Saber que você sabe vai deixar ela mais maluca. - Comento. S/n está roendo as unhas. Estamos aguardando na clínica para fazer a minha ultrassom, dessa vez Madalena e Leopoldo estão nos acompanhando de novo.

— Sossegue homem, parece uma criança que não aceita ter que esperar dezembro chegar para receber o presente de natal. - Mada reclama batendo na perna do homem. Ele está indo bem na quimioterapia, seus cabelos já caíram e nós raspamos no começo do mês, S/n em homenagem ao pai fez a mesma coisas e cortou seus cabelos em apoio a ele. Ethan também cortou. Foi algo que nos emocionou tanto que eu chorei horrores sem conseguir parar. Os cabelos de S/n cresceram um pouco e ela fez um corte dos lados mantendo grande em cima, está linda como sempre, continua a mulher mais bonita que eu já vi.

Já Ethan está mais carequinha, está crescendo barba e ele está tão bonito e com o rosto tão maduro que me emociona. Ele está de frente ao restaurante devido ao mal estar de Leo.

Apesar do tratamento estar indo muito bem, Leopoldo está pálido e fraco devido aos remédios fortes. Porém estamos otimistas e os resultados dos constantes exames não negam o quão bem está sendo a químio.

— Minha boca está com um gosto amargo. - Leo reclama, S/n tira um chiclete do bolso e entrega para ele que abre a embalagem e mastiga a goma.

— Estou com fome, deveria ter tomado café da manhã antes de sair, achei que não iria sentir nada. - Mada reclama. — Veja se não tem algo para comer aqui, S/n. - Ela diz emburrada.

— Estamos em uma clínica e não em uma cantina. - A mulher murmura, Mada olha para ela com a sobrancelha arqueada não acreditando na resposta desafiadora de sua filha. S/n rapidamente se toca e levanta dizendo que vai procurar lá fora algum lugar que venda comida.

— Como está se sentindo? - Pergunto a ela. Léo está com o olho fechado mastigando o chiclete.

— Cansada, tem sido dias difíceis mas isso irá passar. - Responde sorrindo fraco. — Ele está mais cansado que o normal e não aguenta ficar em pé por muito tempo, sente falta de ar muito fácil e os olhos ardem tanto que as vezes mal consegue abri-los. Tem dias que tudo está muito bem, mas tem horas que não. - Suspira fundo.

— Confio que tudo terminará bem. - Tento confortar ela. Estamos sempre ligadas sobre o estado de meu sogro, S/n está sempre presente e eu tento estar da maneira que posso, apesar de querer muito sempre estar por dentro, tem coisas que não posso fazer para poder me preservar também.

Estou numa fase delicada em que é necessário estar sempre em alerta tendo o máximo de cuidado possível. Definitivamente tive que me mudar para o quarto no primeiro andar pois não tenho mais disposição para subir aquelas escadas todo dia. É até raro ir lá em cima, mesmo que isso me irrite sei que é para o meu bem tomar medidas de segurança necessárias. Não posso fazer muito esforço, não posso me estressar gravemente nem ficar muito nervosa que tudo isso afeta o meu emocional e prejudica a saúde do bebê.

Semana passada acabei no hospital por estresse, Lucca anda muito teimoso e me tirou do sério. Passei bastante mal e fui às pressas ao hospital. A minha obstetra conversou comigo sobre as medidas e eu adotei na hora, conversei com Lucca que se sentiu culpado por ter me estressado e ele chorou tanto achando que tinha feito mal para o bebê que não queria se perdoar. Mas conversei com ele e agora está tudo bem, ele está mais calmo e pensa cinco vezes antes de me estressar. Quando ele tem os picos de humor que toda criança tem, simplesmente viro as costas e deixo para S/n lidar.