Welcome (Camila/You G!p) - Segunda Temporada

C21

Estamos na reta final...

Metas para os próximos capítulos: 180 votos e 150 comentários. O próximo capítulo sai quando os anteriores baterem 200 votos.

Atenção: Capítulo contém gatilhos.

S/n Cabello Lyonne Point of View

Corro pelos corredores do hospital vendo meu pai agonizar e ter convulsões na maca, ele está sangrando e meu coração dói tanto que parece que vou cair, minhas pernas não querem me obedecer mas continuo correndo e correndo desesperada por ajuda. Ethan está preocupado e assustado, mamãe chora demais e não consegue sequer se mover. Estou de frente a isso, preciso ajudá-lo.

— O que aconteceu? - Ester aparece assustada olhando para meu pai, ela pega uma lanterna e abre os olhos dele iluminando para ver seu estado. — Leve ele para a sala de cirurgia, agora! - A mulher grita então os cirurgiões tomam a frente me afastando e empurrando a maca pelos corredores. Fico desorientada e meu corpo só para, meu coração bate tão forte que parece que irei desmaiar ao senti-lo batucar violentamente parecendo que irá parar a qualquer momento.

Tento assimilar tudo, tento entender mas está acontecendo tão rápido que meu cérebro se embola me fazendo reparar com mais lentidão. Parada no corredor olho para onde foram com meu pai e não consigo me mover.

Sala de cirurgia...

Cirurgia...

Meu pai? Ele vai operar?

Ethan aparece ofegante com os olhos esbugalhados.

— Onde ele está? - Me olha segurando os meus ombros, não consigo reagir, olho para baixo vendo minhas pernas tremerem tanto que mal estou conseguindo me manter em pé. O garoto então se dá conta que não consigo mais ficar em pé e segura minha mão. — Fica calma, vai ficar tudo bem! - Em um clique desperto, correndo para o meu armário e colocando meu uniforme, ponho a touca e a máscara e corro para a sala de cirurgia. Sem pensar duas vezes entro na sala vendo todos apressados ao prepará-lo.

— Ei! Alguém tira ela daqui! - O cirurgião diz ao me ver.

— O que está fazendo? Não pode ficar aqui! - Ester me olha assustada e caminha até mim.

— Por favor, você precisa sair pra que a gente consiga fazer nosso trabalho. - Seus olhos tentam me passar confiança, olho para a maca vendo meu pai ali deitado desacordado pronto para ser aberto sem ao menos saber. — S/n, olha pra mim, olha pra mim! - Sua voz chama minha atenção novamente. — Vai ficar tudo bem, nós vamos cuidar dele. - Me garante com o olhar atencioso.

As lágrimas rolam sem dó pelo meu rosto, meus olhos ardem e há um bolo em minha garganta que não consigo engolir.

— Não vou sair daqui, quero ficar aqui com ele segurando em sua mão, ele vai se sentir sozinho! - Olho para ela indignada.

— Nós vamos cuidar dele, eu te prometo que eu vou cuidar muito bem dele, você me conhece, sabe que não aceito falhar, irei fazer um bom trabalho e ele logo ficará bem e você vai conseguir apertar a mão dele, ele saberá disso. Eu te prometo. - Ela me olha com tanto sentimento que não consigo aguentar e desabo em sua frente.

— Eu preciso ficar aqui, preciso ficar com ele... - Tampo o rosto me rendendo ao choro.

— Doutora Lyonne, eu irei segurar a mão dele. - Ursula diz, me olhando emotiva. Ester então me pergunta com o olhar se eu concordo. Respiro fundo sabendo que não posso continuar sendo família do paciente.

— Tudo bem, obrigada. - Coloco a mão na testa me sentindo sem direção.

— A gente se vê depois. - Assinto saindo da sala.