Eu não sou tolerante a álcool

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E lá vou eu me arrumar para mais uma festa que eu não queria ir, com um cara que eu não conheço, mas que já beijei. Dessa vez optei por um vestido que deixa meus ombros a mostra, mangas compridas e saia rodada, o bom e velho cortuno para não ficar cansada de pé, cabelo escovado, perfume, lip tint e rímel, estou pronta para um desconhecido vir me buscar. Ele chegou às 20h, pelo menos era pontual, durante o trajeto até a boate não ousei falar nada no carro até que ele quebra o silêncio.

- Você está linda. – Começou a basbaquice, é assim que começa, um elogio aqui, outro ali, me deu carona, daqui a pouco vai querer algo em troca e eu juro que eu esqueço que ele é chefe da minha melhor amiga e soco a cara dele.

- Hm, obrigado.

O resto do caminho nos mantemos em silêncio, ao chegar lá na boate envio uma mensagem para Yu para saber onde ela estava.

- Ela já está lá dentro. – Digo ao sr. Kim.

- Diga a ela para ir até a área vip, seu nome já está na lista. – Fico lhe olhando incrédula com suas palavras até que ele pega meu celular e envia a mensagem. Sua mão entrelaça a minha o que me causa arrepios.

- Vamos. – E o sorriso que me desconcertava estava ali mais uma vez...

La dentro era o caos, algo que eu não gostava literalmente, bebida, gente aglomerada e música alta. Já na área vip encontro um lugar para sentar, cada um aproveita a festa da forma que quer.

- Vem, vamos dançar. – Yu já me arrastava e eu não queria acompanha-la e também não fazia questão de dançar na frente daquela multidão. Consigo sair do seu campo de visão e volto a sentar.

- Você não gosta de baladas mesmo. – Sr. Kim fala.

- É perceptível, mas acompanho a Yu, ela é uma boa amiga.

- Bebe só um drink Clary, como vai comemorar sem tomar um drink, né sr. Kim? – Eles me encaravam de uma forma que pareciam ver a minha alma. Aceito o drink que não era ruim, era docinho.

- Viu como não é ruim? – Ela sorri.

- Yu, eu não sou tolerante a álcool! – Ela concorda com a cabeça e depois disso foi só ladeira a baixo.

Um garoto que talvez fosse até mais novo que eu piscava para mim lá da pista e não foi só eu que percebi que havia muitos olhares sobre mim, o sr. Kim também percebeu, até porque eu era a única estrangeira na boate, vendo isso ele me pressiona no parapeito e me beija intensamente, aquele beijo de tirar o fôlego e deixar as pernas bambas. Sinto suas mãos subindo até minha cintura e pressionando seu corpo no meu.

Eu nunca fui beijada dessa forma, não com essa intensidade e urgência, era como se o sr. Kim deixasse claro que eu pertencia a ele, fico desconfortável e ele se afasta, ele parecia tão surpreso quanto eu. Yuna nos vê de longe e ergue as mãos para o céu em forma de agradecer a Deus pelo milagre, eu precisava esquecer toda essa situação constrangedora e a única forma era beber; foi o que eu fiz, um copo atrás do outro, sentindo a excitação pós beijo que aquele homem me deixou, eu precisava beber até relaxar e fingir que nada aconteceu.

O resto da noite foi uma tortura e eu já estava bêbada, Yu se esfregava no Ji-hoon e o sr. Kim se manteve longe depois daquele beijo, o maldito beijo que não saia da minha cabeça, eu não poderia me deixar levar por aquilo, só de lembrar me causava arrepios.

Sento num canto e ainda com um pouco de sobriedade tento chamar um táxi.

- Você fica irresistível bêbada! – Aquela voz me perseguia, sr. Kim estava ao meu lado.

- Você parece um pervertido falando isso. E eu sei que estou patética, mas você é educado demais para falar isso.

- Eu te acho muitas coisas Clarice Arandt, mas patética não é uma delas. Você é a mistura perfeita e sexy, doce e meiga, algo irresistível e interessante. E sabe o que é incrível? É que você não se dá conta disso. – Eu nunca me senti tão atraída por alguém como eu senti naquele momento, talvez fosse algum efeito do álcool que eu já tinha ingerido.

- Eu vou para casa, já está tarde. – Levanto e ele segura minha mão causando inúmeros arrepios pelo meu corpo.

- Eu te levo. – Aqueles olhos sedutores, aquela boca em formato de coração, o cheiro dele, o toque quente da sua mão na minha, tudo estava me deixando louca.

- Que se dane! – Lhe beijo intensamente, sentindo o gosto de whisky na sua boca, monto no seu colo sem ao menos pedir seu consentimento, suas enormes mãos deslizam sob minhas coxas as apertando suavemente, sinto suas mãos apertar minha bunda e só aí que me dei conta de onde estávamos.

- Vem comigo! – Lhe puxo até o banheiro feminino ainda recuperando o fôlego, meu Deus o que eu estava fazendo? Assim que entramos na cabine empurrei o corpo do sr. Kim fechando a porta com ele.

- Clary, você está bêbada e eu não quero me aproveitar disso. – Sua expressão era serena, que o deixava ainda mais fofo.

- Por favor, não seja um cavalheiro agora, me mostra só um pouquinho do que você é capaz de fazer.

- Você não deveria ter me pedido isso. – Tudo foi muito rápido, ele já havia me prendido na porta da minúscula cabine, mais uma vez ele me beija de uma forma desesperadora e ali eu já não sentia mais nada além de desejo de tê-lo.

Seus lábios encontram meu pescoço fazendo eu arfar e quando suas mãos apertam meus seios com força solto um gemido, eu já não me importava mais onde eu estava, eu só queria ele dentro de mim.

Desesperada pelo desejo abro sua camisa e beijo cada centímetro do seu peito seguido de mordidas, chupões e arranhões o que ocasionou num pequeno gemido que me deixou mais excitada.

Sr. Kim me virou de costas, erguendo meu vestido e esfregando sua ereção na minha bunda, em seguida afastou minha calcinha me penetrando com os dedos.

- Caralho Clary, você está tão molhada. – Ele sussurrou no meu ouvido, logo descendo a boca sobre meu pescoço o que fez eu soltar outro gemido.

Meus quadris se moviam inconscientemente sob seus dedos pedindo desesperadamente por mais, sinto uma mordida no pescoço que certamente deixaria uma marca, enquanto minhas mãos agarram sua calça puxando para mais perto.

Seus dedos se movem mais rápido e a essa altura eu nem me importava mais em controlar meus gemidos.

- Oh... Tae. – Eu gemi, sentindo que algo dentro de mim iria explodir a qualquer momento.

- Sim, Clary! É esse nome que você vai chamar a partir de hoje, eu quis te foder desde aquele dia no café. – Ele sussurra tudo em meu ouvido e não me aguentei em explodir sob seus dedos. Aquele sorriso estava lá, satisfeito com o seu trabalho.

Ele me desejava na mesma proporção que eu, seus olhos estavam gritando de desejo e eu não seria injusta de não retribuir o gesto, lhe beijo e vou descendo sobre seu peito até chegar no seu abdômen e o puxei pelo cós da calça me ajoelhando na sua frente.

Abro o zíper da sua calça sem pressa, sua expressão era de tortura, com vontade o abocanhei, fazendo pequenos movimentos enquanto minha boca o devorava. Sr. Kim jogava a cabeça para trás e gemia em demonstração do quanto ele estava se deliciando.

- Caralho, Clary... – Ele sussurra e fecha os olhos, enquanto eu passo minha língua em toda sua extensão e devoro com vontade, revelando meus dois anos de celibato. Meus movimentos se tornam intensos, combinando com a respiração rápida e ofegante dele, que deita para trás e se desfaz na minha boca, soltando um último suspiro.

Eu não sei o que me deu na cabeça, mas durante todo esse tempo sozinha eu nunca pensei em me envolver intimamente com alguém, mas com ele era diferente, meu coração queria ele e minha cabeça não queria obedecer.

- Precisamos voltar. – Digo me recompondo. Vou até o espelho ajeitar meu cabelo e sou pega desprevenida por um beijo totalmente diferente, era aquele beijo sem pressa, nosso primeiro beijo.

O chefe da minha melhor amigaOnde histórias criam vida. Descubra agora