Se a tua intenção é me causar ciúmes, está conseguindo

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Duas semanas se passaram, o assunto de Théo e meu namoro fake com o sr. Kim ficou abafado depois de muita insistência com a Yu, não vejo os dois desde então e também não faço questão, minhas aulas estavam iniciando, esse é o meu maior foco.

- Minha garotinha está na faculdade. – Yu sorria ao me deixar na porta da universidade a qual ela fez questão de me levar.

- Não é porque você é mais velha que tem que me tratar como filha. – Sorrio para ela que finge não me ouvir. – Então eu vou indo, nos vemos mais tarde.

A primeira aula terminou e eu diria que foi sensacional, algo me fazia feliz depois de anos e na saída da faculdade me deparo com Namjoon conversando com um dos meus professores.

- Clary, que bom te ver novamente. – Seu sorriso com covinhas estava estampado no rosto.

- Bom te ver também, mas o que faz aqui?

- Vim ver um amigo que também já foi, meu professor. – Ele põe as mãos nos bolsos meio sem jeito. – Você está ocupada agora?

- Clary... – Ouço aquela voz infernal me chamando, eu ainda não havia encontrado Théo aqui, mas pelo visto ele me achou.

- Com certeza não estou ocupada, vamos tomar um café? – Faço o convite para poder sair correndo antes que o babaca me alcance; pego a mão de Namjoon e acelero o passo da forma que posso, seria mais fácil se ele me guiasse, até porque eu chutaria que ele tem uns 2 metros de altura.

- Clary, calma. – Ele para bruscamente sem soltar a minha mão fazendo com que eu seja puxada de encontro ao seu corpo, olho para cima e nossos olhos se encontram numa hipnose na qual é cortada por mais uma voz familiar... sr. Kim.

- Interrompo algo? – Sua voz era calma e serena.

- Oh, perdão. – Me curvo para Namjoon.

- Não foi nada, eu que peço desculpas de ter parado do nada. – Ele mostra um largo sorriso com aquelas covinhas encantadoras, um sorriso que causa paz.

- Podemos conversar srta. Clary? – Sr. Kim me dá um olhar que me causa um arrepio.

- Eu estava indo tomar café com Namjoon agora. – Digo.

- Podemos tomar depois Clary.

- Clary... Namjoon... bem íntimos para pouco tempo. – Sr. Kim me fuzilava agora.

- Nos vemos depois V, tchau Clary. – Namjoon acena para nós dois nos deixando na calçada do café.

- Não temos mais nada para conversar sr. Kim...

- Se a tua intenção é me causar ciúmes, está conseguindo; mas te digo uma coisa, eu posso parecer bem obsessivo. – Seu olhar era algo que me causava frio na barriga.

- Já lhe falei que não temos nada. – Sorrio em tom de deboche.

Sua aproximação repentina me deixou imobilizada, ele tinha um certo poder sobre mim que eu não sabia descrever, mas também não queria me render, éramos de mundos tão diferentes, pessoas diferentes, não combinávamos em nada e eu sou totalmente desconfiada com tudo; o único problema é que minha cabeça era consciente, mas meu coração implorava para eu cair fundo nessa loucura. Sinto seu cheiro tão perto de mim, não ouso erguer os olhos para lhe ver, eu sabia como aquilo terminaria, eu rendida por um beijo daquela boca gostosa dele.

- Porque você finge não me querer? Você transpira desejo por mim e simplesmente foge. – Como ele ousa falar essas coisas.

- Posso até sentir desejo, mas não significa que vou me render, também posso sentir desejo por outros, Namjoon é um cara bem desejável. – Digo revidando suas palavras.

- Você não ousaria.... Não me provoca Clary, não me provoca. – Ele segurava minha nuca aproximando nossos rostos.

- O que você quer? – Interrompo aquela conexão, até ele me soltar e se afastar.

- Quero te ver. – Ele diz me encarando com aquele olhar de sedução. Vejo Théo se aproximando e no impulso seguro o rosto do sr. Kim e lhe beijo, foi algo inesperado tanto para mim quanto para ele, de imediato ele já retribuía me segurando firme, o beijo foi intensificando e eu precisava de mais, eu realmente queria ele e sempre fugia, porque fugir de um cara que eu queria e que me queria também? Porque não estamos no mesmo patamar? Ou porque eu me sentia inferior a ele? Ou até talvez com medo de me magoar? Tantas coisas passaram pela minha cabeça durante aquele beijo, mas a que ressaltava na minha mente: eu queria urgentemente ele!

- Clary... – Ele fala ofegando. - ...estamos no meio da rua... – Sua boca estava afastada da minha, mas meus olhos permaneciam fechados.

- Não para, por favor! – Minha voz suplicava por ele.

- Aqui não! – Ele me puxa para um carro próximo ao café. – Se você entrar no carro não vai ter volta mais, eu nunca mais vou te soltar! – Seu corpo pressiona o meu na porta do carro, meu coração parecia que ia saltar pela boca, a sensualidade na voz dele me deixou louca, minha cabeça gritava para eu correr o mais longe possível e meu coração se derretia todo por ele; e não era só o coração. – Vou aceitar esse silêncio como um sim. – Não pude revidar e nem queria, eu sinceramente não sabia exatamente o que eu estava fazendo.

O chefe da minha melhor amigaOnde histórias criam vida. Descubra agora