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Falcão 📌

Eu tava caminhando em direção ao bar, pra pegar umas cervejas, quando eu passo pelo o corredor do banheiro, vejo Gabriela beijando o cuzão do Azevedo.

Fiquei virado no ódio, papo reto.

Foi um bagulho estranho do caralho, ver ela beijando o cuzão do Azevedo.

O ódio subiu na cabeça.

Assim que eu vi, sai de lá, querendo voltar pra mesa pra não fazer merda, mas o ódio falou mais alto e eu fui até ela, que tava sozinha.

[...]

Gabi: Não tô te entendendo, Falcão. Tu chega do nada e começa a me xingar? — cruza os braços na altura do peito.

Falcão: Paga de doida não, caralho! Eu vi tu beijando o cuzão do Azevedo. — falo alto e respiro fundo.

Gabi: Eu devo te lembrar o que tu falou? — fala no deboche — Lembra que "o bagulho foi só uma transa"? Se eu beijei eu deixei de beijar, não tem nada haver com você, tu mermo disse que a gente não tem nada, não vem dar um de "ciumento" pro meu lado não. — fala na maior marra.

Falcão: Ciumento é o caralho! Tenho ciúme de ninguém não porra! — me estresso.

Gabi: Eu já falei o quão escroto tu é? Puta que pariu, fala um monte de merda na minha cara, me faz de boba e depois quer vim dar um de ciumento! Pelo amor, né? E ainda quer cobrar alguma coisa de mim, sendo que tava com uma ruiva no teu colo, por que tu não vai ficar com ela!? Sustenta teu b.o, tu mermo disse que o nosso bagulho foi só uma transa. — chego mais perto dela, virado no ódio.

Falcão: Eu falei pra tu que dá próxima vez que tu falasse assim comigo, ia ser sem pano. — seguro no braço dela, fazendo a mesma encostar suas costas na parede.

Gabi: Me solta! — seguro o braço dela com mais força — Tá machucando, Falcão! — seguro no queixo dela, fazendo ela olhar pra mim, mesmo ela tentando virar o rosto, não conseguia.

Falcão: Vou te dizer um bagulho. — prendo ela contra a parede, segurando o braço dela com força — Tu não vai pegar ninguém, se ligou? Tu não fica mais com ninguém.

Gabi: Para de ser assim, me solta, tá doendo!  — continuo segurando ela com força — Eu não beijei ele, ele que me beijou a força! — fui soltando ela devagar.

Falcão: E como eu vou saber que teu papo é verdadeiro? — abaixo o tom de voz.

Gabi: É só olhar no meu olho. — me olhou, fazendo eu olhar para aqueles olhos dela e me acalmar, soltando a mesma.

Falcão: Ele fez mermo esse bagulho com tu? — ela assente, respirando fundo e se virando pra sair — Foi mal, Gabriela. — seguro no braço dela sem força.

Gabi: Não me procura mais. — fala com voz de choro e se soltou, saindo de perto — Seu doente!

Dou um soco na parede, encostando minha cabeça ali.

Eu vou matar aquele cuzão, papo reto!

[...]

Azevedo: Qual foi do teu papo? — chegou na salinha.

Dei nem muito tempo pra ele pensar, já fui dando um soco na cara do cuzão.

Azevedo: Qual foi, Falcão? Tá ficando doido? Qual foi, porra! — me empurra.

Falcão: Tu beijou ela a força, cuzão!  — ele me olha com cara de pensativo.

Azevedo: Quem? Gabi? — olhei pra ele, sorrindo de lado no deboche.

Falcão: Filho da puta! — empurro ele.

Azevedo: Tá se doendo por ela, por quê? Tá ficando com ela? Tá comendo ela? — dou outro soco na cara dela, vendo ele vim pra cima de mim.

Falcão: Tô mermo, porra! Ela tá no meu nome caralho! — ele para de andar e me olha.

Azevedo: Eu pensava que ela tava dando moral pra mim.

Falcão: Foda se! Tu sempre faz essas palhaçada, porra! Chega nas mina beijando a força! — cheguei perto dele. — É a última vez que tu faz isso com ela e com qualquer uma do morro.

Azevedo: Foi mal, não sabia... — baixou a guarda.

Falcão: Vaza. — aprontei pra porta. Ele foi calado e fechou a porta da sala.

Agora era desfazer o erro que eu fiz. Me descontrolei, confesso. Mas porra, eu não consegui tirar Gabriella da minha cabeça a semana todinha, quanto mais eu tentava, mais ela vinha.

Papo foda isso.

Sentei na cadeira, olhando para minha mão vermelha e neguei com a cabeça.

Sobre Nós [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora