30.

511 65 11
                                    

Falcão 📌

Eu encarava Gabriela dançar até o chão, junto da mulher de Jacaré, que a incentivava. Ela encheu a cara de bebida hoje, achando que cachaça é água.

Tava bebendo metade do copo só em uma golada.

Alguns arrombados que estavam aqui, evitavam olhar pra ela quando ela tava com Manu, mas assim que ela saia de perto de Gabriela, olhavam pra ela na cara dura mermo, sem se importa com porra nenhuma. Parecendo uma carne, no meio de várias salsinha.

Já ela, parecia não ligar e não se importar, ou as vezes não estava percebendo. Do jeito que ela é, provavelmente nem percebeu.

Fico só palmeando ela, curtindo pra caralho. Ninguém diz que passou a madrugada toda dizendo comigo, que eu fiz dessa garrota uma mulher, em apenas uma noite.

Assim que ela vai andando em direção a casa, olho para todos, que estavam interditos e não estavam prestando atenção na gente e levanto de onde estava sentado, caminhando em sua direção.

Vejo ela entrando no banheiro e apreço os meu passos, colocando a mão na porta, impedindo ela de fechar. Ela toma um susto e coloca a mão no peito.

Gabi: Que susto! — olho para a sua cara — Você gosta de me assustar. — fala rindo.

Entro dentro do banheiro e fecho a porta, trancando ela. Ela me olha calada e eu apenas me encosto na porta, colocando a mão dentro do bolso e tirando o bagulho, logo levando em sua direção.

Gabi: O que é isso? — pega da minha mão e olha para o saquinho curiosa.

Falcão: Abre pra saber. — ela começa a abrir com delicadeza e eu observo cada movimento que ela faz. Logo, ela tira a tornozeleira de dentro do saco.

A tornozeleira de ouro e delicada, com pequenas pedrinhas de diamante. O nome "Gabriela", ao lado de um Falcão. Mandei fazer só pra ela, pensei em cada detalhe.

Gabriela encara a tornozeleira e sorrir, admirada.

Gabi: Que linda. — segura com o dedo indicador e logo coloca no meio da sua mão.

Falcão: Teu presente. — ela tira o olhar da tornozeleira e me olha, abrindo um sorriso para mim — Gostou? — pergunto, mas pela sua reação, já sabia da resposta.

Gabi: Eu amei, é perfeito! — vem até mim e me abraça. Eu apenas levo minhas mãos até a bunda dela — Esse Falcão é você? — sai do meu abraço, voltando a olhar para a tornozeleira. Eu apenas a encaro com a pergunta besta.

Falcão: Tu que não é. — ela bufa, voltando a me olhar — Claro que sou eu.

Gabi: Mesmo com sua ignorância, eu amei do mesmo jeito. Cada detalhe, é muito linda — sorrio fraco pra ela, mas logo vejo sua expressão do rosto mudar — Falcão, isso deve ter sido o olho dela cara. — dessa vez, quem bufa sou eu.

Falcão: Se eu dei, é porque não faz tanta diferença no meu dinheiro. Foi cara, mas não foi isso tudo, o bagulho foi barato comparado ao dinheiro todo que eu tenho. — ela me olha atenta.

Gabi: Desculpa. — sorri sem graça — Coloca? — bota o pé em cima da privada.

Me abaixo um pouco, colocando o bagulho nela. Ficou perfeito e adequado para ela. Né porque foi eu que dei não, mas o bagulho combinou com ela, tá nítido.

Sobre Nós [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora