Capítulo 32

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Black

Ela estava atenta a cada detalhe do bar e eu estava atento a cada detalhe dela. Assim que chegamos no bar, eu e Lauren sentamos em frente ao bar, e desde então estamos aqui, ela com uma taça de vinho e eu com um copo de uísque.

A mulher conseguiu atrair todos os olhares tanto do sexo masculino, quanto do sexo feminino para ela, eu tive que colocar uma mão na sua cintura, marcando território. A vontade era de desistir e levar ela direto para casa, talvez assim a gente conseguisse terminar o que começamos no banheiro do restaurante, mas se eu queria ganhar a confiança dessa morena arisca, eu precisava deixar os meus desejos reprimidos... por enquanto.

Eu sempre gostei de receber e dar prazer as minhas parceiras sexuais, ver elas vidradas de tensão era algo que eu amo, mas ver a minha Lauren louca pelo prazer que eu estava lhe proporcionando foi outro nível, não tem comparação. E porra, o gosto dela é muito melhor do que eu imaginava e eu já estou louco para provar novamente, acho que eu me viciei.

— Eu até que gostei daqui -Saí dos meus pensamentos.

— Eu sabia que você ia gostar, mas eu estava pensando, o que você acha de a gente tornar as coisas mais interessantes? - Ela me olhou desconfiada.

AA... marretinha gostosa.

— Não sei se eu devo confiar em você.

— Você deveria. Afinal, por que você ainda está estressada? Pensei que depois do melhor orgasmo que eu te dei na vida você iria estar mais calma. — Ela arregalou os olhos e suas bochechas começaram a criar uma coloração rosada.

Então quer dizer que ela fica com vergonha de falar sacanagem em público? Bom saber.

Ela olhou ao redor e por sorte não tinha ninguém perto da gente, a não ser o barman, mas o cara estava concentrado fazendo uma bebida.

— Você não pode ficar falando essas coisas em público. E outra, nem foi tão bom assim - Eu soltei uma risada.

Eu sabia que ela estava mentindo, já me relacionei com um bom número de mulheres, então eu sei como dar prazer e também quando elas estão sentindo prazer, e a minha morena gostou, não sou gostou, como se eu quisesse comer ela ali mesmo, ela teria cedido.

— Assim você fere o meu ego, morena -Levei a mão até o coração -Mas tudo bem, você não é muito adapta a desafios, entendo. — Ela me encarou de um jeito diferente, da forma que eu queria que ela reagisse.

O desafio banhava os seus olhos, eu conheço ela o suficiente para saber que ela não gosta de ficar para trás, que ela gosta de ganhar e quando entra em algo é para vencer.

— Diga logo o que é -Sorri.

— Vamos jogar um jogo chamado "Perguntando", cada um tem direito a apenas uma pergunta por rodada, e quando não quiser responder, toma a bebida.

— Eu topo, mas só se você também topar beber algo diferente.

Por que não? Nada poderia dar errado, isso seria bom, porque assim eu arranco algumas informações dela.

— Tipo? --Exclamei.

— Tequila -Porra, tanta bebida para a mulher escolher, e ela escolhe logo a que eu mais detesto.

Aceite, Black. É a sua oportunidade de arrancar algumas coisas dela, aceite.

— Ok, eu topo.

Ela não esperou nem eu terminar de falar, chamou o barman e mandou o homem encher 16 shots de tequila, e o homem se assustou com a quantidade, mas foi preparar. Eu não sei não, algo me diz que acabei de me envolver em uma roubada, porque eu e 8 shots de tequila, não é uma boa combinação.

— Tá, quem começa? — Perguntou assim que as bebidas chegaram.

— Damas primeiras.--Ela revirou os olhos, sabendo que eu estava fugindo de ser o primeiro.

— Por que você também resolveu vir para Las Vegas? — Eu imaginei que ela fosse fazer essa pergunta.

Então resolvi ser sincero.

— James já havia me oferecido a proposta de administrar a sede daqui, assim que o projeto começou a sair do papel. No começo eu não via muito sentido e nem me sentia pronto, mas quando eu fiquei sabendo que você iria ser direcionada para cá, eu pensei, por que não? — Ela bufou, mas eu vi um resquício de sorriso -Mas também aceitei, porque eu poderia provar para mim e para o meu irmão e pai que eu conseguia administrar algo maior do que o meu setor de finanças e talvez lá no fundo mostrar para mim mesmo, que eu sou um cara responsável, e não apenas um cafajeste como a mídia gosta de me descrever. — Seus olhos brilhavam, e eu achei lindo porque ela presta atenção ao que falei.

Ser um cara que infelizmente tem a sua vida muito exposta, acaba te trazendo urubus como a mídia, que está sempre querendo optar na sua vida, e também eles se acham no direito de decidir muitas vezes o que devemos fazer, vestir, e até mesmo no jeito de ser. Bem, digamos que eles não gostam muito de mim, porque eu não ligo para a opinião deles e sempre os ignoro.

— Eu te acho dedicado, por exemplo, eu já te dei milhões de foras e você continua dando em cima de mim -Nós dois rimos do comentário dela.

Porra, Lauren está rindo comigo... pela primeira vez.

— Porque você vale a pena –Respondi sendo cinsero.

Ela já não sorria mais, apenas me queimava com seus olhos, mas não de um jeito ruim, era de um jeito bom, que aquecia o meu corpo.

— Minha vez de perguntar -Ela concordou -Você já amou?

Ela quebra o contato dos nossos olhos, e então olha para a bebida e começa a circular com a ponta do dedo a boca do copo.

Ela está nervosa, conheço minha Lauren o suficiente para saber disso.

— Já, eu já amei - Senti uma fisgada no peito.

Então a pessoa que ela estava pedindo para não levar no dia que teve um pesadelo, foi o seu grande amor. Pode ser que ela o tenha perdido, e isso explicaria o seu jeito de ser. Mas eu não me conforto, porque depois dessa resposta, eu só tenho certeza de uma coisa, eu quero ela para mim...

Minha outra metade -Livro 3 da saga Irmãos BenacciOnde histórias criam vida. Descubra agora