Minha outra metade -Livro 3 da saga Irmãos Benacci

Capítulo 34

  Black

A quase meia hora que tinha a porra de um telefone maldito tocando, isso já estava me deixando puto. Quem diabos está me ligando de manhã cedo? E ainda em pleno sábado?

— Agrrr- Levei minhas mãos até a minha cabeça e tentei me levantar, porém, senti uma perna em cima de mim.

Quando olhei para o lado, Lauren estava toda arreganhada na minha cama e usando apenas uma lingerie. Por um momento eu me permiti reparar no seu corpo enquanto ela estava dormindo, a morena tinha curvas no lugar certo, os seios eram do tamanho perfeito para eu me infartar a vida inteira com eles e ainda não ser o suficiente.

— Porra -Levei um susto quando o telefone retornou a tocar.

Olhei para a Lauren para ver se eu tinha lhe acordado, mas ela continuava dormindo.

Afastei as pernas da morena com delicadeza para não lhe acordar e me levantei. Eu estava usando apenas a minha boxer branca. Será que a gente...

Eu vou matar a porra da pessoa que está me perturbando desde cedo. Tateei a minha mão pelo mesa, ainda meu sonolento e assim que achei meu telefone, atendi.

— O que é, porra? — Sai do quarto e fui para a mini sala.

— Você casou e nem chamou os seus melhores amigos para a cerimônia, seu puto? — Disse Luca do outro lado da linha.

Resmunguei.

— Eu não acredito que você me acordou este horário para ficar enchendo o meu saco. — Quando olhei para as horas no celular, vi que ainda eram 7:10 da manhã.

Escutei o Owen pedindo ao Luca para passar o telefone para ele.

— Você saiu ontem, não chamou a gente, depois foi se casar e nem para chamar nós dois aqui para ser o padrinho, você chamou. A gente teve que descobrir pelo site de fofoca aqui local, inclusive parabéns. Eu não disse que a minha ideia e a do Luca iria dar certo ?!—Do que diabos esses malucos estão falando?

— Olha, eu não sei porque vocês decidiram começar o dia enchendo o meu saco, mas eu já estou ficando puto. E outra, que história é essa que eu casei? — Dei um riso fraco —Vocês piraram de vez e agora deram para ficar inventando história, foi?

— Iremos te mostrar a reportagem e aí você tira conclusões. — Quando eu pensei que ele fosse desligar, ele fala: —E reze para a tia Ana não te matar quando descobrir que você se casou sem chamar ela. — E então desligou.

Não demorou muito para ele me mandar o link do site local de fofoca, esses malditos já gostam de ficar falando de mim, mas agora deram para ficar inventando história.

Assim que cliquei no link estavam destacados o meu nome e o da Lauren na cama com o título:

                                                                         The famous world
"Infelizmente o nosso querido Black Benacci acaba de se casar com a deusa Lauren Jones. Ela é uma advogada renomada em New York, filha de pai italiano e mãe brasileira que por sinal também trabalham com o mundo da lei, só que na Itália. A mulher exala pura sexualidade, e não temos como dizer quem foi o sortudo no meio disso, se foi ele ou ela, porque vamos ser realistas, ambos são um pecado. O casamento ocorreu ontem na capela do Elvis e não teve nenhum convidado. Uns dizem que eles estavam bêbados, outros dizem que eles se casaram porque realmente se amavam, inclusive fontes confiáveis nossas, nos informaram que eles viviam em pé de guerra dentro da Shympho, a maior empresa de tecnologia e segurança do país. Irei deixar aqui algumas fotos que conseguimos do casamento, e quero que vocês tirem a conclusão, e aí, eles se casaram por amor ou movidos pelo Álcool?"

Puta que pariu, que merda foi que a gente fez? Isso não pode estar acontecendo, deve ser algum engano. E o pior de tudo, é que muitas vezes eu não me lembro do que acontece quando eu estou bebo, a última recordação que eu, foi que a gente começou a pegar pesado nas perguntas, é que bebemos além da conta, depois é como se a minha cabeça tivesse apagado a memória.

Em cima da mesa perto de onde estava o meu celular, eu achei o documento comprovando o nosso casamento, e eu pensei que fosse falso, até ver o carimbo verídico do estado de Nevada, confirmando que o nosso casamento não valia apenas para a cidade de Las Vegas, mas em todo o país.

E o pior é que colocamos só o sobrenome que mais usados, no meu caso o Benacci e no dela o Jones. Devíamos estar tão bebia por causa da maldita tequila que mal lembramos do nosso nome completo.

Voltei para o quarto e Lauren estava sentada na cama despertando. Ela vai querer me matar, eu tenho quase certeza de que ela irá colocar a culpa em mim por ter invetado aquela brincadeira. Mas em minha defesa, eu jamais imaginei que iríamos terminar casados no final e também eu não obriguei ninguém, ela aceitou porque quis.

Ela olhou ao redor como se estivesse tentando entender onde estava, seus olhos me encontraram e então ela arregalou os olhos quando alternou entre mim e ela, eu ainda estava usando só a cueca.

— A gente... a gente transou? - Bem que eu gostaria.

Decidir provocá-la, afinal essa mulher quando estava brava era uma perdição de tão gostosa que ela fica.

— Você está se sentindo dolorida? — Ela olhou para o meio das pernas, e eu tentei me controlar para não rir.

— Não, mas...

— Então você não me teve no meio das suas pernas –Seus olhos se arregalaram com a minha fala.

Ela se levantou de uma vez da cama e começou a tentar fazer um coque no seu cabelo.

— Você é um idiota arrogante, isso sim, seu babaca. - Eu sorri.

Respire fundo, Black, você precisa falar para ela a merda que vocês dois se meteram.

Fechei os olhos e ensaie mentalmente o que iria lhe falar, porém, algo me interrompeu:

— Ai merda - Ela veio na minha direção mostrando site que falava sobre nós dois - O que está acontecendo? Eu vou acabar com esse site que só tem gente mentirosa -Ela riu, mas era uma risada de desespero -Onde se viu, ficar inventando uma coisa dessa, de que nós dois estamos casados? — Eu a deixei no quarto e fui até a sala pegar a nossa certidão de casamento -Black, você está vendo o que está acontecendo? — Voltei e lhe entreguei o papel na sua mão.

— Nós estamos realmente casados, e esse documento é verídico.- A mulher ficou branca como um papel e apontou para o selo que validava o documento.