Lauren
Sinto o frio arrepiar o meu corpo e isso me faz acordar. Ainda sonolenta eu olho no relógio que tem na cabeceira para ver que horas são, sete e vinte da noite. Eu estava tão cansada que dormi mais do que eu estou acostumada, era para ter sido só uma soneca, mas eu acabei estendendo.Outra para o outro lado da cama e percebo que Black já não está mais ali. Me levanto e vou até o banheiro para fazer as minhas necessidades.
Nada me faz esquecer a cena que presenciei mais cedo, os olhos da minha mãe brilhavam quando ela se tocou que o meu marido estava ao meu lado. Ela pode nunca ter me falado, mas eu sei que ela desejava que eu seguisse em frente e me abrisse para o amor novamente. Já o meu pai é mais neutro, então você nunca vai saber o que ele pensa, creio que os anos de profissão o fez aprender a esconder os seus sentimentos.
Pega a roupa mais fresca que eu encontro dentro da minha mala e a visto. Nada melhor do que um vestido soltinho para vestir nesse calor. Assim que eu termino o meu celular apita me dizendo que chegou mensagem, e então eu o pego e vejo ser da Amber.
Amber: Como estão as coisas por aí?
Começo a digitar uma resposta para ela.
Lauren: Estão bem, meus pais o conheceram e acho que gostaram dele. O meu pai como sempre fez a sua habitual pergunta e pelo seu rosto, gostou da resposta que o Black deu. Nem preciso falar da minha mãe, né? Ela ficou radiante por saber que eu o trouxe para ela o conhece- lô e ainda nos colocou para ficar no meu antigo quarto.
Amber já havia passado pelo interrogatório do pai, e hoje ele a trata como se fosse sua segunda filha, ainda mais por saber tudo o que ela já fez por mim. Meu pai já era protetor, mas depois de tudo o que aconteceu ele ficou o dobro, então sempre que alguém entra na minha vida para ficar, ele pergunta as intenções. No começo eu achava isso uma besteira, mas agora eu acho fofo e lindo que mesmo após crescida, ele não deixa de cuidar de mim.
Amber: Como você está se sentindo em relação a tudo isso?
Amber era outra que sempre protegia aqueles que ela se importava, apesar de ter descoberto sobre tudo o que aconteceu comigo apenas recentemente, ela sempre gostou de fazer essa pergunta em várias ocasiões.
"Como eu me sinto"
Isso sempre me ajudou a me sentir acolhida por ela e me fazia esquecer que eu estava longe de casa, porque eu sempre soube que eu tinha alguém a quem poderia contar.
Lauren: Estou feliz, me sinto... eu o amo.
Admiti.
Amber: Fico feliz em saber que você finalmente deixou seu coração se abrir para alguém, mas isso eu já sabia que iria acontecer. Porém, saiba que você não deve dizer isso para mim, mas sim para ele.
Mas é aí que está o problema, eu tenho medo de dizer a ele. Apesar de Black já ter dito que me ama, eu sinto que preciso encontrar um momento perfeito para admitir os meus sentimentos por ele.
Amber: Mas agora vai lá curtir os seus pais e o seu marido, não se esqueça que estarei sempre aqui.
Lauren: Lhe digo o mesmo.
Na hora que eu ia desligar o celular uma nova mensagem do maldito número que anda me perturbando chega.
Desconhecido: Imagino que deva estar calor na Itália.
Meu corpo inteiro se arrepia. Como ele descobriu que eu estou aqui?
Merda, a coisa está ficando mais séria do que eu imaginava, no começo eu pensei ser só para me assustar, porém, agora eu acho que essa pessoa está falando sério. Mas quem diabos pode ser?Deixo o celular em cima da cama e saiu do quarto. Eu preciso dar um jeito nisso, descobrir logo quem está me ameaçando e porque está fazendo isso.
Quando chego no andar de baixo escuto as vozes do Black e da minha mãe.
— Você está falando sério? — Minha mãe perguntou em meio aos risos para ele
–Estou. A sua filha foi a mulher mais difícil que eu já consegui conquistar, ela não caia na minha lábia de forma alguma, mas digamos que o universo nos deu uma ajudinha. Hoje eu não consigo mais ver a minha vida sem que ela esteja presente –Black sabe exatamente como mexer comigo, porque as suas palavras sempre me deixam sem palavras ou reação.
Entrei na cozinha onde eles estavam e ambos se viraram para mim.
— Boa tarde – Falei –Quer dizer, boa noite.
— Boa noite, minha filha –Falou a minha mãe.
Black veio até mim e beijou os meus lábios.
— Você parece meio tensa –Disse no meu ouvido –Está tudo bem?
Eu precisava contar para ele, mas não aqui, não na casa dos meus pais. Porque se não eles vão ficar preocupados e eu não quero que isso aconteça. Lhe dando o meu melhor sorriso, eu lhe respondo:
— Claro, está tudo bem. — Ele me olhou meio desconfiado, mas no fim acabou acreditando... eu acho.
— Eu decidi fazer o prato que você mais gosta, assim o Black pode provar –Disse minha mãe quebrando o silêncio.
— Tenho certeza de que ele vai gostar, afinal quem não gosta de arroz carreteiro? – Minha mãe havia me apresentado esse prato brasileiro quando eu tinha 8 anos, e Deus... eu nunca havia provado algo tão bom, digo isso porque eu não era muito fã de carne, mas quando provei pela primeira vez esse prato e logo em seguida churrasco, foi amor à primeira vista por ambos. — Cadê o meu pai?
— Ele foi se arrumar, Black e ele irão no seu Georgino –Minha mãe respondeu.
— Boa sorte –Desejei a ele que me olhou sem entender.
Seu Georgino era amigo da nossa família, ele é dono do mercantil que fica aqui no bairro. Meus pais sempre gostaram muito dele pelo fato de ele não nos tratar diferente devido à nossa conta bancária. Ele sempre foi muito gentil com a gente e é um homem humilde e honesto.
Se papai esta levando Black nele, só podia significar uma coisa. Black iria passar pelo seu último teste. Porque o seu Georgino me considerava como sua sobrinha de coração, e eu tenho certeza de que ele vai fazer algumas perguntas para o Black.
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Minha outra metade -Livro 3 da saga Irmãos Benacci
RomanceBlack Benacci é o maior cafajeste da cidade de New York, ele ama um rabo de saia e deixa isso bem claro com os seus rolos, mas o que ninguém sabe é talvez... mas só talvez o coração desse cafajeste esteja começando a querer uma dona. Exemplos de amo...