CAPITULO 19: MAS E SE EU NÃO TIVER ESCOLHA?

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Raios de sol, boa noite!
Meu Deus, eu nunca quis que chegasse tanto o final de semana para poder publicar esse capítulo.
Estou muito ansiosa para os próximos capítulos!
💛☀️

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AKK
Sábado - 20:30 PM

Akk tentava processar toda a informação que chegava até si, mas sentia uma dor incontrolável nas têmporas, como se tivessem acertado sua cabeça com um taco de baseball. Ele e Ayan tinham se encontrado na livraria no centro da cidade, felizmente o local tinha pouco movimento, o que possibilitou que conversassem à vontade.

- Então você quer dizer que sua mãe recebeu uma ligação informando que eu havia sofrido uma tentativa de ataque? - Akk repetiu a informação que tinha recebido, totalmente atordoado pela notícia.

- Eu liguei para o Khanlong e parece que apenas a minha mãe foi avisada!

Ayan projetou os ombros para frente e se apoiou na mesa para ficar o mais próximo possível de Akk, não podia arriscar que aquela informação fosse do conhecimento de mais ninguém.

- É como se a pessoa que ligou para ela quisesse que eu soubesse para…

– Contar para mim! - Akk completou seu pensamento sem qualquer esforço.

A dor de cabeça que antes o incomodava, agora parecia consumir seu corpo inteiro. Ele fincou as unhas das mãos nas pernas, buscando aliviar os tremores que o atingiram, mas era quase impossível.

Seu principal objetivo era não envolver mais ninguém naquela situação, mas em menos de dois dias a família de Ayan já poderia estava no meio da sua bagunça. Akk temia que algo pior acontecesse.

- O que mais eles falaram? - perguntou, mesmo sabendo que Ayan poderia não saber de muitas coisas.

- Nada, minha mãe não me disse mais nada além disso!

- Droga!

Akk se levantou da cadeira e caminhou até uma área mais distante da livraria. Haviam vários setores que dificilmente eram acessados pelos clientes, devido ao conteúdo dos livros dispostos nas prateleiras e por sempre frequentá-lá, ele já sabia onde poderia ir para ficar sozinho. Suas pernas tremiam mesmo em movimento, mas ele não parou até chegar ao final de um dos corredores, com duas prateleiras ao seu redor, o cercando como uma prensa de metal.

Ele deixou que seu corpo escorregasse pela parede e colocou o rosto entre as pernas. Era difícil demais acreditar que em tão pouco tempo sua vida tinha virado de cabeça para baixo e ele sequer sabia a quem deveria culpar por isso. Seria ele o responsável por todo o sofrimento que estava causando a si mesmo; ou seriam os seus princípios éticos e políticos que o proibiam de viver uma vida normal?

- Akk! - Ele ouviu a voz suave de Ayan e em seguida seus passos lentos se aproximando.

Não conseguia acreditar que ele ainda estava ali, ao seu lado, mesmo com todo o caos que o permeava.

- Você deveria ir embora! - sussurrou, já sem forças para discutir com ele. – É perigoso demais ficar perto de mim!

- Quando eu quiser ir, vou te avisar!

Ayan sentou-se de frente para Akk e pousou suas mãos pequenas nos joelhos do garoto. Akk sentiu-se envergonhado ao sentir seu toque, não por estar recebendo carinho dele, mas porque seu corpo inteiro tremia de medo e ansiedade.

- Eu não quero que você se machuque!

- Eu não vou! - Ayan acariciou seu joelho.

- Você não pode prever esse tipo de coisa, Ayan!

O Novato | AkkayanOnde histórias criam vida. Descubra agora