O Novato | Akkayan

CAPITULO 16: NÓS NÃO SOMOS COMO ELES

Olá, raios de sol, tudo bem?

Cheguei algumas horas atrasada, mas cheguei!

Assim com os últimos episódios, esse terá um aviso de gatilho.

Desejo a todos um ótimo final de semana! 💛☀️

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Gatilho: sequestro e uso de armas

Sexta-feira
17:32 PM

Quando Akk entrou na sala de reunião, todos os membros já estavam lá. Seus olhos se arregalaram com a cena pouco prevista, mas mais surpreso do que ele estava Aron. O homem que costumava ser sério e sem qualquer consideração, puxou Akk para si e o abraçou com força. Depois disso, passou as mãos em seus cabelos e o encarou nos olhos.

– Eu disse que ele estava bem, porra, eu disse! - Aron gritou em alegria, como se a melhor das notícias tivesse acabado de se revelar diante dele.

Ele se desvencilhou do abraço, mas Akk permaneceu imovel no mesmo lugar. Todos os membros do Movimento estavam ali, mas suas expressões mostravam uma obscuridade que evidenciava que suas mentes estavam longe.

Naquele momento, ele desejou perguntar se eles sabiam o que havia acontecido consigo e mentalizar uma explicação para tudo, mas Angel o puxou pelo braço e pediu para se sentasse antes mesmo que ele tivesse a oportunidade de falar.

Ao se aproximar dela, percebeu que seu braço estava ferido, havia sangue seco grudado em sua pele. Pela aparência, aquele machucado tinha no mínimo duas horas.

– O que houve, Angel? – Akk segurou o braço da mulher para olhar melhor o ferimento, não era um corte muito profundo, mas era obvio que havia sido feito com uma faca. – Quem fez isso em você?

– Akk, eu estou bem, não se preocupe…

– Você "está bem", Angel? – Ele se levantou, subtamente tomado pela indignação. - Ninguém aqui está bem, nenhum de nós, Angel! O fato do Aron ter me abraçado daquela forma apenas evidencia como todos estamos fodidos!

Ele se afastou da Lider do grupo, tentava buscar ar em seus pulmões mas a tarefa era difícil demais, era como se não existisse ventilação no ambiente. Ele olhou para as paredes, percebendo que todas as janelas estavam fechadas. Olhou também para a mesa onde Flo costumava deixar seu equipamento montado, mas não havia nada além de poeira sob a madeira.

Não levou nem dois segundos para que constatasse os fatos.

– Angel, onde foi que você conseguiu esse machucado?

Ele perguntou, ainda de costas para o grupo. Sentia sua voz inebriada pelo medo, lágrimas já se projetavam em seus olhos.

– Akk, não se preocupe comigo…

– Angel, eu fiz uma pergunta, porra! – Ele se virou e caminhou em direção a ela.

Todos os membros estavam com a cabeça baixa, exceto Angel, que o encarava tão seriamente que mal conseguia piscar.

– Se você se machucou sozinha, é só falar. Eu vou acreditar, Angel, eu acredito!

Akk parou a pouco menos de um metro de distância, seu coração já subia e descia no peito, evidenciando um choro quase histérico.

A possibilidade de outros membros terem sofrido uma perseguição veio até si diversas vezes naquele dia, mas imaginar a situação era totalmente diferente de vicê-la de fato. Os olhos caídos dos membros, o braço machucado de Angel, o alívio de Aron ao perceber que ele estava vivo, tudo aquilo era demais para Akk.