CAPITULO 10: QUENTE COMO O FOGO

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E aí, raios de sol? Tudo bem?

Completamos um pouco mais de um mês de "O novato", que também é a minha primeiro longfic publicada nessa plataforma.

Agradeço de coração a todo apoio que vocês estão dando para essa história. É muito gratificante poder usar meu tempo escrevendo sobre esses dois. Firstkhao são realmente meus tesouros, então publicar sobre eles é um presente para mim. Obrigada por lerem e me permitirem viver essa experiência! 💛☀️

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Ayan ficou alguns minutos olhando aquela pessoa no segundo andar da livraria. Se recordava da forma como Akk o havia tratado quando foi a sua casa na última quarta-feira e se perguntava se o universo tinha lhe presenteado com a oportunidade de sacanea-lo. Não era um garoto rancoroso, mas sempre que pensava em Akk sentia um desejo quase incontrolável de provocá-lo. Talvez a forma como as orelhas do rapaz ficavam vermelhas e a pontinha do seu nariz se enrugava todas as vezes em que ele ficava nervoso eram o que motivaram Ayan a buscar formas de deixá-lo irritado.

Mas naquele dia em especial ele não estava com energia suficiente para ser o causador da insônia de Akk. Iria fingir que não havia o visto, compraria o novo livro de ficção do seu autor favorito e daria uma passadinha na sessão de fotografia para folhear as últimas publicações antes de ir para casa e fingir que seus problemas não existiam enquanto assistia uma série com Pete. Porém, Akk o surpreendeu ao mandar uma mensagem e rompeu com todos os planos pré estabelecidos. Agora, pouco importava a calmaria de um sábado à tarde, Akk era a prioridade.

- Oi, Grandão! - Ayan cumprimentou ao fitar os olhos redondos e arregalados de Akk a alguns centímetros de distância.

- O quê...O que você faz aqui? - foi tudo o que conseguiu dizer, seu coração ainda palpitava sem parar no peito. Será que Ayan conseguia ouvir seus batimentos acelerados em meio a calmaria da livraria?

- Eu te segui! - Ayan brincou em um sorriso largo e um olhar malicioso. Tentando não se sentir afetado quando os olhos de Akk foram até sua boca e pararam ali por alguns segundos. - Ei, eu to brincando! - deu um soquinho em seu ombro e a mão de Akk foi imediatamente ao local atingido, fazendo um carinho ali. - Na verdade...

Ayan projetou o corpo para frente, ficando tão perto de Akk que conseguia sentir a respiração cortada do rapaz.

- Eu vim comprar alguns livros, já que meu tutor desistiu de me dar aulas.

- Bom para você! Eu preciso ir, com licença...

Akk começou a andar em direção as escadas, simplesmente desistindo da função de encontrar o livro que procurava. Agora, o objetivo era se ver o mais distante de Ayan e de preferência, em um local bem barulhento, para que pudesse abafar as batidas descompassadas do seu coração.

Ele nunca havia se sentido daquela forma. A sensação de ter as funções do corpo descontroladas ao ponto de sua respiração deixar de ser automática parecia algo que só acontecia nos romances que sua mãe o obrigava a assistir quando criança. Além do mais, porque tinha de ser Ayan a pessoa que o fazia sentir daquela forma? A maneira como a relação deles se estabeleceu foi completamente inusitada. No dia em que se conheceram, o garoto se apresentou como alguém imponente ao responder a professora, depois o levou até a enfermaria durante uma crise de ansiedade e além disso, todo aquele episódio confuso na quarta-feira quando deveriam ter estudado. O que Ayan queria, afinal de contas?

Assim que abriu a porta da livraria e foi tomada pela confusão do centro da cidade, Akk suspirou aliviado. Normalmente não gostava de lugares com muita movimentação, mas na condição em que estava, precisava disso para abafar a bagunça em sua mente até entender o que aquilo significava.

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